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Bolsonaristas temem efeito dominó após condenação de Jair

Efeito dominó. É o que temem parlamentares bolsonaristas após o voto do relator do caso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Benedito Gonçalves, a favor da inelegibilidade de Jair Bolsonaro. “Efeito dominó é a busca de um precedente. Podem usar a jurisprudência para outras pessoas, mesmo que situações não sejam da mesma dimensão. O Direito e a doutrina evoluem assim”, afirmou o senador Espiridião Amin (PP-SC), que criticou o voto pela condenação do ex-presidente. A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) reclamou da fundamentação jurídica do ministro e alertou sobre “efeito dominó” contra bolsonaristas. “Estamos vendo uma tentativa de sepultar o bolsonarismo. Mas estão dando grande tiro no pé, porque Bolsonaro vai sair muito fortalecido. Em 2024, vamos ver esse resultado nas eleições municipais”, disse o deputado Carlos Jordy (PL-RJ), líder da oposição na Câmara. “Estão fazendo um carnaval com o voto do relator, que todos nós já esperávamos que vinha pela condenação”, alegou o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O julgamento será retomado hoje para a apresentação dos votos dos outros seis ministros do TSE. (Estadão e CNN Brasil)

Relator quer Bolsonaro inelegível por oito anos

“Declaro sua inelegibilidade por oito anos seguintes ao pleito de 2022.” Esse foi o primeiro voto do julgamento de Jair Bolsonaro (PL) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, por atacar o sistema de votação e as urnas eletrônicas em reunião com embaixadores em julho do ano passado. O relator, ministro Benedito Gonçalves, disse não ser possível fechar os olhos para discursos antidemocráticos, criticou a banalização do golpismo e destacou os ataques do ex-presidente com uso da imagem das Forças Armadas. Ele pediu a condenação de Bolsonaro por “sua responsabilidade direta e pessoal pela conduta ilícita em benefício de sua candidatura à reeleição”. O general Braga Netto, candidato a vice, foi absolvido pelo ministro. “A reunião [com os embaixadores] não é uma fotografia na parede, mas um fato inserido em um contexto”, afirmou. Ele defendeu a inclusão da “minuta do golpe” entre as provas, criticada pela defesa de Bolsonaro. Segundo o ministro, o ex-presidente assumiu uma “antagonização injustificada” ao TSE. O relator defendeu que seu voto seja encaminhado ao Tribunal de Contas da União e a inquéritos criminais em curso no Supremo Tribunal Federal para apurar se cabem investigações das condutas em debate fora da Justiça Eleitoral. (Folha)

TSE retoma julgamento de Bolsonaro, que diz ter ‘bala de prata’ para 2026

Com o aguardado voto do relator Benedito Gonçalves, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), retoma hoje o julgamento que pode deixar inelegível o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Caso nenhum dos ministros peça vista, a estimativa é que o processo seja encerrado até quinta-feira, antes do recesso judiciário. A ação, proposta pelo PDT, se refere à reunião com embaixadores estrangeiros por Bolsonaro para disseminar informações falsas sobre o sistema eleitoral brasileiro. Em entrevista a Mônica Bergamo, ele admitiu que pode ser condenado, mas não falou eventuais sucessores, dizendo ter uma “bala de prata” para as eleições de 2026. Bolsonaro voltou a negar a acusação. “Eu mostrei como é o sistema eleitoral. Eu perguntei ‘alguém tem esse sistema no seu país?’ Não tem”, diz, afirmando ainda que está sendo julgado “pelo conjunto da obra” e que o TSE ignora a própria jurisprudência, incluindo fatos novos na denúncia. “O Michel Temer, em 2017, foi julgado no TSE e mantido no cargo. O ministro Gilmar Mendes disse, na época, que a Justiça Eleitoral não existe para cassar o mandato de ninguém. Muito menos de presidentes. Mas a jurisprudência de 2017 já não vale, [e o julgamento no TSE] é de acordo com a cara do freguês”, diz ele. Bolsonaro voltou a dizer, sem apresentar provas, que os ataques a prédios públicos no dia 8 de janeiro foram obra de apoiadores do atual governo. “No Brasil o golpe foi de senhorinhas com uma Bíblia debaixo do braço. De senhorzinhos com a bandeira do Brasil nas costas”, disse. (Folha)

Polícia Federal chega perto de Lira

Na investigação sobre desvios que podem chegar a R$ 8 milhões em contratos de kits escolares de robótica, a Polícia Federal encontrou documentos com registros de pagamentos atrelados ao nome “Arthur”. Um deles, que estava com Luciano Cavalcante, auxiliar direto do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), lista R$ 834 mil em valores pagos entre dezembro de 2022 e março de 2023, com ao menos 30 desembolsos, totalizando R$ 650 mil, para “Arthur”. Com Wanderson de Jesus, motorista de Cavalcante, os policiais apreenderam um livro-caixa, com saldos, repasses, destinatários e datas. As anotações, referentes a abril e maio deste ano, foram escritas à mão e estavam em um carro. O nome “Arthur” aparece 11 vezes em gastos totais de cerca de R$ 265 mil. O motorista afirmou à PF que os pagamentos foram feitos a pedido de Cavalcante, que seria o proprietário do veículo onde as anotações foram encontradas. Com a descoberta, a PF encaminhou a investigação para o Supremo Tribunal Federal (STF). A assessoria de imprensa do deputado afirmou que “toda movimentação financeira e pagamentos de despesas do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, seja realizada por ele e, às vezes, por sua assessoria, tem origem nos seus ganhos como agropecuarista e da remuneração como deputado federal”. (Folha e piauí)

Lula, e desta vez também Haddad, sobem o tom contra o BC

Pressão total, mas não só do governo. Esse é o cenário que o Banco Central enfrenta após manter a Selic em 13,75% ao ano. O Comitê de Política Monetária (Copom) não deu nem sinal de quando começará a cortar os juros. Devido à melhora da inflação, analistas esperavam ao menos essa sinalização. O presidente Lula também. Em Roma, antes de ir para Paris, ele voltou a criticar os juros, dizendo que a taxa é irracional e que o presidente do BC, Roberto Campos Neto, joga contra o país. “Não é o governo que está brigando com o BC, quem está brigando com o BC é a sociedade brasileira”, disse, citando a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, classificou a decisão de “descompasso”. Segundo ele, é o quarto comunicado “muito ruim” e que “contrata um problema para o futuro”. “Às vezes, ele corrige na ata, mas há um descompasso entre o que está acontecendo no Brasil, com o dólar, com a curva de juros, a atividade econômica”, afirmou na capital francesa. Nas últimas semanas, a cobrança extrapolou o governo. O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, afirmou que “não há no Brasil nenhuma atividade econômica que possa pagar os juros tão elevados”. E a empresária Luiza Trajano disse ter ligado “mais de 20 vezes para Campos Neto”. Essa pressão deve aumentar. Fabio Kanczuk, ex-diretor do BC, disse que o Copom foi muito mais duro do que o esperado. “A mediana das pessoas estava esperando alguma sinalização de que haveria um movimento para baixo em agosto, mas (o BC) não deu sinal nenhum.” (Estadão)

Bolsonaro pede que TSE o julgue como fez com Dilma e Temer

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começa hoje a julgar a ação do PDT que pode deixar inelegível o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O processo se refere a uma reunião com embaixadores estrangeiros na qual ele difundiu mentiras sobre o sistema eleitoral brasileiro. Ontem, em visita ao Senado, Bolsonaro, pediu que o TSE usasse o mesmo critério do julgamento da chapa Dilma-Temer, em 2017, quando a corte não aceitou a inclusão de novas provas na acusação. “Não pode a jurisprudência mudar de acordo com a cara de quem está sendo julgado, ou de acordo com a ideologia”, disse. O relator, ministro Benedito Gonçalves, deve incluir em seu voto referências às minutas golpistas achadas com auxiliares de Bolsonaro. (UOL)

Senado vai sabatinar hoje advogado de Lula para STF

A força do governo no Senado terá mais um teste hoje, com a sabatina e a votação do nome de Cristiano Zanin, advogado pessoal do presidente Lula, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele será ouvido pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) às 10h, e o parecer sobre sua aprovação deve ser votado até o fim do dia. Nas últimas semanas, Zanin se reuniu com mais de 70 senadores e, segundo fontes, conseguiu apoio até entre bolsonaristas, interessados em melhorar a relação com o Supremo. A sabatina, porém, contará com parlamentares pouco simpáticos ao indicado, como Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Marcos do Val (Podemos-ES) e, principalmente, Sergio Moro (UB-PR), seu antagonista nos processos contra Lula na Lava-Jato. (Globo)

Governo blinda Saúde na barganha com Centrão

Turismo, sim. Saúde, não. Essa foi a mensagem do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, sobre o que o governo está disposto a negociar para facilitar a articulação política e apoio no Congresso. Segundo Padilha, Lula não pretende fazer escolhas políticas para o Ministério da Saúde. “O presidente Lula, em nenhum momento, desde a montagem do seu governo, desde a escolha dos ministros e ministras, colocou o Ministério da Saúde como cota de qualquer partido”, afirmou. Por outro lado, seguem as negociações com o União Brasil para a troca da ministra do Turismo, Daniela Carneiro (União Brasil-RJ). A previsão é de que a substituição seja oficializada quando Lula retornar da viagem à Europa, iniciada ontem. Segundo Julia Duailibi, o anúncio não foi feito ainda porque o presidente espera que a ministra peça demissão, em vez de ser demitida, e quer fazer uma sinalização positiva ao partido e se reunir com as lideranças da legenda.(g1)

Bolsonaro já traça estratégias para o ‘pós-TSE’

O futuro eleitoral de Jair Bolsonaro (PL) começa a ser decidido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta quinta-feira. Para muitos analistas, é certa sua condenação por abuso de poder político devido às acusações sem provas contra o sistema eleitoral em reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada, em julho do ano passado. Nas últimas semanas, o ex-presidente evitou bater de frente com o TSE e deu a entender que se conformaria com o resultado, apesar de considerá-lo injusto. Se de fato for tornado inelegível, a estratégia de Bolsonaro será evitar indicar um sucessor e se agarrar à possibilidade de reverter a derrota com recursos, mantendo-se no cenário político. Por isso, segundo aliados, o ex-presidente tem sido orientado a não apoiar pré-candidaturas, evitando dar sinal de desistência antes do fim da batalha jurídica, já que, em caso de condenação, ele pode apresentar embargos ao próprio TSE e recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF). E o entendimento é de que, até a 2026, há tempo para essa briga nos tribunais. A lógica é a mesma usada em 2018 por Lula, que só lançou o nome de Fernando Haddad (PT) quando não havia mais jeito. Essa estratégia pode fortalecer Tarcísio de Freitas (Republicanos), visto como um sucessor natural. Sem uma pré-candidatura explícita, o governador de São Paulo pode manter o discurso de longo prazo em relação à reeleição estadual e evitar ataques tanto tempo antes do pleito presidencial. (Folha)

PF acha passo a passo do golpe no celular de Mauro Cid

Que o bolsonarismo pretendia um golpe de Estado para manter seu líder no poder após a derrota eleitoral, poucas dúvidas restavam. Agora sabe-se como a derrubada das instituições democráticas seria feita. Segundo reportagem de Robson Bonin, a Polícia Federal encontrou no celular do tenente-coronel Mauro Cid, antigo ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, um documento detalhando o passo a passo do golpe. Intitulado Forças Armadas como poder moderador, o texto de três páginas previa, entre outras inconstitucionalidades, a nomeação pelos comandantes das Forças Armadas de um “interventor” no Judiciário, o afastamento de ministros do TSE vistos como contrários a Bolsonaro – Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski, que seriam substituídos por André Mendonça, Nunes Marques e Dias Toffoli — e a convocação de novas eleições. Em mensagens recuperadas no celular de Cid, o coronel Jean Lawand Junior, subchefe do Estado-Maior do Exército, insiste que o ajudante de ordens convença Bolsonaro a “dar a ordem”, mas Cid diz que o chefe não confiava no Alto-Comando do Exército. (Veja)