PF acusa Bolsonaro de crime ao vazar investigação sigilosa
O presidente Jair Bolsonaro cometeu crime ao vazar, numa live em redes sociais, um inquérito sigiloso da Polícia Federal sobre um suposto ataque hacker ao TSE. Essa é a conclusão da investigação feita pela própria PF sob ordem do ministro do STF Alexandre Moraes. O presidente e o deputado Filipe Barros (PSL-PR), que teria obtido o inquérito, só não foram indiciados por terem foro privilegiado. (g1)
Barroso acusa Bolsonaro de auxiliar hackers que atacam TSE
O ministro Luís Roberto Barroso, que deixa a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no próximo dia 28, mostrou que vai sair atirando. Na cerimônia virtual ontem para a reabertura dos trabalhos da Corte, ele acusou o presidente Jair Bolsonaro de auxiliar “milícias digitais e hackers” ao vazar a íntegra de uma investigação sigilosa da Polícia Federal sobre um suposto ataque cibernético à corte. Bolsonaro é alvo de uma investigação no STF por conta do vazamento, feito em agosto do ano passado. Segundo o ministro, “faltam adjetivos para a atitude deliberada de facilitar ataques criminosos”. “O presidente da República vazou a estrutura interna da TI do TSE. Tivemos que tomar uma série de providências de reforço da segurança cibernética dos nossos sistemas para nos protegermos”, disse Barroso. (g1)
PF isenta Bolsonaro de crime no caso Covaxin
No que depender a Polícia Federal, o presidente Jair Bolsonaro (PL) não precisa se preocupar com uma das muitas acusações que lhe foram feitas pela CPI da pandemia. Em relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a PF concluiu que ele não cometeu crime de prevaricação na compra frustrada da vacina indiana Covaxin e que não era necessário tomar o depoimento do presidente. Em depoimento à CPI, o funcionário do Ministério da Saúde Luís Ricardo Miranda e o irmão dele, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), disseram ter relatado a Bolsonaro irregularidades na negociação da vacina, que ele prometeu levar a denúncia adiante, o que não fez. De acordo com a PF, não cabe ao presidente comunicar eventuais crimes. (g1)
Temporais provocam tragédia em SP
Chuvas pesadas caem em São Paulo desde o sábado e, até a noite de domingo, 23 pessoas haviam morrido — dentre elas, sete crianças. De acordo com as contas do governo estadual, outros 500 estavam desalojados. Há deslizamentos e alagamentos em todo o estado. O governador João Doria, que sobrevoou as regiões mais atingidas, anunciou a liberação de R$ 15 milhões para as cidades atingidas. (g1)
Moraes diz basta a Bolsonaro
Demorou, mas a paciência do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes parece ter se esgotado. Num gesto inédito na História do país, ele determinou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) preste depoimento presencial hoje à Polícia Federal, às 14h. Bolsonaro é investigado por ter vazado em uma live, em agosto do ano passado, a íntegra de uma investigação sigilosa da Polícia Federal sobre um ataque hacker ao STF. Em 29 de novembro, Moraes determinara que o presidente depusesse em 15 dias, mas, a pedido da AGU, estendeu o prazo para dois meses. Quando a AGU informou esta semana que Bolsonaro desistira de depor, Moraes decidiu intimá-lo. A situação não tem precedente. A recusa a cumprir uma decisão judicial é um crime de responsabilidade previsto explicitamente na Lei 1.079, o que ensejaria um processo de impeachment. Mas este, como todos os outros já apresentados, depende do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), aliado de Bolsonaro. (Metrópoles)
Covid: Alerta nas UTIs infantis de 7 estados
Pelo menos três estados — Mato Grosso do Sul, Maranhão e Rio Grande do Norte — estão com suas UTIs pediátricas para tratamento de covid-19 operando com ocupação máxima. A situação é agravada pela pouca disponibilidade desse tipo de leito nas redes públicas. No Ceará, Bahia, Pernambuco e Goiás, a ocupação passa de 80%, o que é considerado crítico. As crianças ainda não estão vacinadas ou não completaram a cobertura completa, o que as torna mais vulneráveis à variante ômicron. (Folha)
Covid chega à sua maior taxa de transmissão, no Brasil
A taxa de transmissão da covid-19 no Brasil atingiu o pior patamar desde, pelo menos, julho de 2020. Os dados são do Imperial College de Londres. Nesta semana, o número chegou a 1,78. Isso significa cada 100 pessoas com a doença contaminam outras 178, e indica descontrole na proliferação do vírus. (g1)
Morre Olavo de Carvalho, ex-astrólogo que se fez guru extremista
Morreu no fim da noite de ontem, nos EUA, o escritor Olavo de Carvalho, principal guru do movimento bolsonarista e que teve particular influência durante as eleições de 2018 e na primeira metade do governo. Ele tinha 74 anos e saúde debilitada. A família não divulgou a causa da morte, mas Olavo foi diagnosticado com covid-19 há dez dias e estava internado. No Twitter, o presidente Jair Bolsonaro (PL) lamentou. “Nos deixa hoje um dos maiores pensadores da história do nosso país. Olavo foi um gigante na luta pela liberdade e um farol para milhões de brasileiros”, escreveu. Após atuar como astrólogo e disputar o comando de uma comunidade mística de orientação islâmica nos anos 1970 e 80, Carvalho se autodeclarou filósofo e passou a escrever artigos, cada vez mais voltados à extrema-direita, em jornais. Em 2005, já cercado por oficiais de Justiça, radicou-se nos EUA de onde começou a ministrar cursos on-line, ampliando sua base de seguidores. Seu discurso de permanente guerra contra algo que chamava “marxismo cultural” se encaixou como luva no bolsonarismo, e ele era elogiado pelo presidente e por seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Sua influência no início do governo era tanta que indicou dois ministros da Educação, Ricardo Vélez e Abraham Weintraub, além do ex-chanceler Ernesto Araújo. De temperamento beligerante, o escritor logo entrou em conflito com os militares e viu seus pupilos serem alijados do poder um por um. O último que ainda trabalha no Planalto, Filipe Martins, perdeu qualquer influência. Alternava entre afagos e ataques a Bolsonaro, especialmente após a entrada do Centrão no governo. Também criava polêmicas com celebridades, o que lhe custou condenações na Justiça. Com a pandemia, tornou-se prolífico difusor de notícias falsas sobre a covid-19 e militante antivacina. (Poder360)
Planalto veta dinheiro para minorias e libera para polícia e políticos
O presidente Jair Bolsonaro sancionou na noite de ontem, com vetos, o Orçamento da União, aprovado pelo Congresso. Os cortes, detalhados somente hoje no Diário Oficial da União, atingem principalmente as áreas de pesquisa, educação, saúde, sustentabilidade e proteção a povos indígenas e quilombolas. A Fiocruz, por exemplo, perdeu R$ 11 milhões que iriam para pesquisa e desenvolvimento tecnológico em saúde. Já o programa de saneamento básico rural teve corte de R$ 40 milhões. O controle de desmatamento perdeu R$ 8,5 milhões. Não houve veto à verba de R$ 1,7 bilhão para reajuste da área de segurança nem ao Fundo Eleitoral de R$ 4,9 bilhões.