China reage a tarifaço de Trump e EUA ameaçam contra-atacar em guerra comercial
Donald Trump deu um passo adiante na guerra comercial e no risco de uma recessão com efeitos globais ao ameaçar a China com tarifas adicionais de 50% a partir de amanhã. Com o alerta, o presidente americano tenta voltar ao ataque após Beijing anunciar medidas de retaliação contra Washington na sexta-feira passada, com tarifas extras de 34%. As duas maiores economias do mundo seguem negociando, mas Trump afirmou que encerrará todos os contatos se os chineses não recuarem. E Beijing promete não recuar. Nesta terça-feira, o Ministério do Comércio chinês disse em nota que o país “vai lutar até o fim” e classificou as tarifas impostas por Washington como “chantagem”. O Central Meio de hoje recebe os cientista políticos Maurício Santoro e Carlos Pereira.
Em resposta a Trump, China anuncia tarifas de 34% aos EUA
A China informou hoje que vai impor tarifas recíprocas de 34% sobre todas as importações dos Estados Unidos a partir de 10 de abril. A medida cumpre a promessa do país asiático de um contra-ataque na guerra comercial global declarada por Donald Trump. Na quarta-feira, Trump anunciou tarifas de 34% sobre todas as importações de produtos chineses. O Central Meio recebe Christian Lynch e Leonardo Pimentel, que hoje, junto com Pedro Doria, Luiza Silvestrini e Flávia Tavares comemoram a centésima edição do programa.
Bolsonaristas se mobilizam para votar anistia em regime de urgência
Seis dias depois de a Primeira Turma do STF transformar em réus o ex-presidente e outros sete acusados de golpe de Estado, o projeto que anistia os envolvidos no 8 de janeiro virou prioridade nas conversas entre os líderes dos partidos de oposição ao Governo e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Deputados favoráveis à ideia devem se reunir com ele hoje para debater a tramitação da proposta. PL, União Brasil, Republicanos, PSD, PP, Podemos, Novo e PSDB se comprometeram com a iniciativa. A ideia é apresentar na quinta-feira um pedido para o texto ser votado em regime de urgência, diretamente no plenário, sem passar pelas comissões. O Central Meio recebe o cientista político e professor da FGV, Octavio Amorim.
Bolsonaro admite que cogitou ‘intervenção’ após eleições
O ex-presidente Jair Bolsonaro revelou sua estratégia de defesa diante da acusação no Supremo Tribunal Federal de liderar uma tentativa de golpe de Estado. Em entrevista à Folha de S. Paulo, Bolsonaro admitiu ter conversado com auxiliares sobre estado de sítio, estado de defesa e intervenção federal em 2022. “Tudo foi colocado na mesa”, ele disse, mas descartado “logo de cara”. De acordo com o ex-presidente, “não tem problema nenhum conversar”. Ele e os militares teriam chegado à conclusão de que, mesmo que houvesse uma alternativa para impedir a posse do presidente Lula, “não vai prosseguir, então esquece”. O Central Meio de hoje recebe o jurista Wálter Maierovitch e a colunista do Meio Mariliz Pereira Jorge.
PGR pede arquivamento de caso da vacina de Bolsonaro
A Procuradoria-Geral da República pediu o arquivamento da investigação contra Jair Bolsonaro pela fraude nos cartões de vacinação contra a Covid-19. Segundo o procurador-geral, Paulo Gonet, a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid — que disse que agiu a mando de Bolsonaro — não foi corroborada por outras testemunhas ou evidências. E a delação sozinha foi considerada insuficiente para responsabilizar o ex-presidente pelo crime. Para bolsonaristas, o pedido de arquivamento enfraquece a tese de perseguição política e fortalece as outras denúncias, ancoradas em elementos além da delação de Mauro Cid. O Central Meio recebe a jornalista e colunista do Meio Ana Carolina Evangelista.
Fux e Moraes divergem em julgamento do golpe; Denúncia pode ser aceita hoje
O Supremo Tribunal Federal deve decidir hoje se aceita a denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete. Ontem, o ministro Luiz Fux divergiu do relator Alexandre de Moraes e acolheu a preliminar que solicitava a análise do julgamento em Plenário. Mas os ministros formaram maioria para manter o julgamento na Primeira Turma. Também foi rejeitado o pedido de anulação da delação do tenente-coronel Mauro Cid, embora Fux tenha também apontado “fragilidades” no conteúdo. Hoje o Central Meio recebe o professor de Direito Penal da UERJ Davi Tangerino.
Começa o julgamento que pode tornar Bolsonaro réu por golpe de Estado
O Supremo Tribunal Federal começa hoje a decidir se aceita a denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete. A tendência é que se tornem réus por organização criminosa, abolição violenta do estado democrático de direito e golpe de Estado. Além de Bolsonaro, são acusados Walter Braga Netto, Augusto Heleno, Almir Garnier, Mauro Cid, Anderson Torres, Paulo Sérgio Nogueira e Alexandre Ramagem. A decisão deve ser tomada amanhã. O Central Meio recebe o jurista Rafael Mafei, professor de Direito USP e ESPM.
Lula aposta em segurança pública, religião, “prosperidade” e IR para atrair eleitor
Com a expectativa de aprovação no Congresso da isenção do IR para contribuintes que ganham até 5 mil reais por mês, o Governo mira numa mudança de discurso para atingir ainda mais o público de classe média, sem CLT. A Comunicação prevê o lançamento de uma marca para abarcar as iniciativas sociais do governo que tenham apelo entre empreendedores, jovens e evangélicos, o “Prospera Brasil”. O termo foi escolhido justamente para se conectar ao conceito da teologia da prosperidade, caro entre os evangélicos. Além disso, em agendas nesta semana, Lula adaptou o discurso: pediu a reza de um “Pai Nosso” ao lado de um líder religioso e afirmou que não vai permitir que “a república de ladrão de celular” assuste as pessoas nas ruas do país. O Central Meio de hoje recebe a jornalista e colunista do Meio, Ana Carolina Evangelista.
Lula sobre PEC da Segurança: governo não permitirá “República de ladrões de celular”
Com meses de atraso, o Congresso deve votar hoje o projeto de lei do Orçamento da União de 2025. O Central Meio recebe o cientista político e professor da UFMG, Bruno Wanderley Reis, que vai comentar a expectativa sobre essa aprovação e a série de negociações entre Executivo e Legislativo que levarão às eleições 2026. Como exemplo, o governo pretende enviar ao Congresso o texto da PEC da Segurança, numa tentativa de aumentar a participação da União nessa área. Ontem o presidente Lula defendeu a aprovação da PEC e disse que o Governo não pretende "permitir que a República de ladrões de celular comece a assustar as pessoas nas ruas desse país".