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Giullia Chechia

Criadora de conteúdo multimídia do Meio. Responsável pelo No Pé do Ouvido, a newsletter em versão podcast, e outras invenções. Jornalista formada pela Cásper Líbero, com passagens por veículos como Jovem Pan, BandNews TV e Rádio Gazeta. Mergulha nos estudos sobre a política nacional e jamais despreza uma boa prosa, café puro e piadas ruins.

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Análise: Alcolumbre, Rubio, CPMI do INSS, crise nos Correios, indicado de Lula ao STF

O Central Meio é a live diária do canal Meio no YouTube que analisa, em tempo real, os principais fatos da política brasileira e internacional. No programa desta sexta-feira, 17 de outubro de 2025, a conversa entre os jornalistas Pedro Doria e Flávia Tavares e o cientista político Magno Karl passa pelo encontro nos EUA entre Mauro Vieira e Marco Rubio, as articulações de Davi Alcolumbre no Congresso, os desdobramentos da CPMI do INSS, a crise nos Correios e a expectativa em torno do indicado de Lula para a vaga de Barroso no STF, que deve ser anunciada ainda hoje. Quem traz os bastidores de Brasília é a repórter especial Giullia Chechia.

CPMI do INSS: e o jogo virou…

“O time entrou de salto alto, subestimou o adversário.” Há quase dois meses, foi o que disse o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT), diante dos jornalistas em uma coletiva de imprensa no Senado. Ali, com a cara fechada e sem responder a muitas perguntas, foi direto ao assumir a culpa pela dupla derrota na recém-nascida Comissão Parlamentar de Inquérito (CPMI) do INSS. Logo na primeira sessão, em 20 de agosto, o Planalto não conseguiu frear a oposição. O senador Carlos Viana (Podemos) conquistou a presidência com 17 votos, contra 13 dados a Omar Aziz (PSD-AM), o então favorito – apadrinhado pelo presidente Lula (PT) e pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). Eleito, indicou um relator também da oposição, o deputado Alfredo Gaspar (União). Ao admitir a falha de articulação, Rodrigues prometeu reorganizar a base governista para virar o jogo no qual o governo já entrava derrotado, numa partida requisitada pelo adversário. 

PGR pede arquivamento de investigação contra Bolsonaro por fraude em cartão de vacina

No dia seguinte à decisão que tornou Jair Bolsonaro réu por tentativa de golpe de Estado, a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou o arquivamento da investigação sobre uma possível fraude em certificados de vacinação contra a Covid-19, justificando a falta de evidências para sustentar a acusação. Entenda todos os detalhes neste episódio!

Os planos de Nunes

“Não tem coisa melhor do que o exercício da democracia. As pessoas têm o direito de se candidatar e de defender aquilo que acreditam.” Com essas palavras, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) comentou sobre a postura de Jair Bolsonaro (PL), que segue se posicionando como candidato à presidência nas eleições de 2026, apesar de sua inelegibilidade. Para o emedebista, embora Bolsonaro tenha seus direitos políticos cassados e enfrente a acusação de golpe de Estado — processo que começa a ser julgado nesta terça-feira, 25 —, o ex-presidente tem o direito de se manifestar. Nunes ainda questionou a legitimidade do Supremo Tribunal Federal (STF) para arbitrar o processo, argumentando que Bolsonaro não deveria ser julgado pela Corte, uma vez que “não tem foro privilegiado” por não ser mais presidente.

Golpe de Estado: denúncia contra Bolsonaro será julgada em 25 de março

O ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), agendou para o dia 25 de março o início do julgamento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), relacionada ao suposto envolvimento no plano golpista. O julgamento terá início na manhã de 25 de março e deve ser concluído no dia 26, com a previsão de três sessões para a análise completa do caso. A Primeira Turma é composta pelos ministros Cristiano Zanin, Carmen Lúcia, Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Luiz Fux.

Os principais pontos da denúncia da PGR contra Bolsonaro

“A responsabilidade pelos atos lesivos à ordem democrática recai sobre organização criminosa liderada por Jair Messias Bolsonaro, baseada em projeto autoritário de poder.” Esse é um dos fragmentos iniciais da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira, 18. Logo nos primeiros trechos do documento de 272 páginas, cunha-se o ex-presidente como a peça central, a liderança que orquestrou o projeto de implodir a democracia brasileira. Pelas ações encadeadas que culminaram no rompante, e pela tentativa em si, Bolsonaro é acusado de cinco crimes: golpe de Estado, liderança de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito, dano qualificado à União e deterioração de patrimônio tombado. Caso condenado, sua pena pode ultrapassar 30 anos de prisão.

DeepSeek, o chatbot de baixo custo que abalou Wall Street

Foto: Jean-Marc Barrere/Hans Lucas via AFP

“Essa companhia monumental é uma declaração contundente de confiança no potencial dos Estados Unidos sob um novo presidente”, declarou Donald Trump no Salão Roosevelt, em frente ao Salão Oval, na última terça-feira, 21, um dia após assumir a Casa Branca. O evento marcou o lançamento do projeto Stargate, uma joint venture de US$ 100 bilhões destinada a colocar os Estados Unidos na vanguarda da inteligência artificial (IA). “A Stargate construirá a infraestrutura física e virtual para alimentar a próxima geração de avanços em IA, e isso incluirá a construção de data centers colossais, estruturas muito, muito massivas”, declarou. Ao lado de Sam Altman, CEO da OpenAI, Larry Ellison, presidente da Oracle, e Masayoshi Son, CEO do SoftBank, Trump prometeu que o investimento inicial se expandiria para US$ 500 bilhões em quatro anos, iniciando uma nova era na corrida tecnológica global, com o claro objetivo de deixar a China a léguas de distância. Ali, o presidente fechou um acordo com os Estados Unidos, promovendo a empreitada como garantia do “futuro da tecnologia” na nação. 

Elon Musk: A Tomada do Twitter

Um garoto magricela e perspicaz, cuja inteligência se fazia inútil no parquinho. Ali, era constantemente intimidado pelos valentões. “Intimidado” é um modo sutil de dizer. Apanhava até o rosto sangrar. Os primeiros anos de vida do frágil rapaz emergem no documentário Elon Musk: A Tomada do Twitter. Na obra, o jornalista James Jacoby segue os passos do bilionário para entender como foi o processo de compra da rede — e o que isso significou para o mundo. Jacoby conta como o menino cresceu, fez crescer sua fortuna — sem deixar de lado o humor juvenil, nem as piadas infantis sobre pum que tanto o fazem rir — e construiu seu próprio playground global e sem regras: um espaço onde excêntricos e astutos se expressam sem limitações, atraindo seguidores que endossam suas ideias.

A literatura brasileira em Frankfurt

Projetado pelo arquiteto alemão Friedrich von Thiersch e concluído em apenas dois anos, entre 1907 e 1909, o Festhalle Frankfurt é um verdadeiro ícone da arquitetura. Com uma imponente cúpula de vidro e aço que se ergue a cerca de 40 metros de altura, o espaço permite a entrada de luz natural em cada um de seus 15 mil metros quadrados. Entre os dias 16 e 20 de outubro, no entanto, o que realmente brilhou ali foi o mercado editorial. O Festhalle sediou a 76ª Feira do Livro de Frankfurt, o maior encontro mundial do setor, que contou com a participação recorde do Brasil. 

Notas de poder: as músicas que marcam as eleições americanas

Foto: Saul Loeb/AFP

“Eu agradeço às minhas estrelas da sorte por estar vivendo aqui hoje. Porque a bandeira ainda representa a liberdade e eles não podem tirar isso. E tenho orgulho de ser americano, onde pelo menos eu sei que eu sou livre. Eu não vou esquecer os homens que morreram, que deram esse direito a mim”. Enquanto a multidão gritava “nós temos Trump”, o ex-presidente Donald Trump subiu ao palco da Convenção Nacional Republicana em Milwaukee ao som destes versos de God Bless the USA. A música de Lee Greenwood, sempre presente em seus comícios, naquele 15 de julho carregava um significado especial. O evento marcava sua primeira aparição pública após a tentativa de assassinato que sofrera dois dias antes. Com um curativo na orelha direita, o punho erguido e embalado pelo hino patriótico, ele transformou sua entrada em uma poderosa narrativa.