CNI/Ibope põe Bolsonaro líder com Marina perto

A nova pesquisa CNI/Ibope saiu. Bolsonaro lidera, tem 17% dos votos, com Marina Silva em segundo, 13%. Os dois empatam no limite da margem de erro, calculada em 2 pontos percentuais — o que é improvável. O pedetista Ciro Gomes tem 8%, o tucano Geraldo Alckmin 6% e Álvaro Dias, do Podemos, 3%. Votos brancos e nulos somam 33% e outros 8% não responderam. Jair Bolsonaro também lidera na rejeição: 32% dos eleitores afirmam que não votariam nele de jeito algum. Ele empata com Fernando Collor de Mello. Lula está quase lá: 31% de rejeição, seguido de Alckmin, com 22%.

De presto, a pesquisa aponta dois dramas. O primeiro é o buraco que o PT cava para si, ao insistir no fingimento de que Lula está na disputa. Para o cientista político André Singer, estratégia arriscada. O segundo é o do PSDB, lembra Catarina Alencastro, no Globo. A esta altura do jogo, Aécio Neves tinha 21% na mesma pesquisa, em 2014. Em 2006, o próprio Alckmin contava com 19 pontos.

O Ibope também mediu o cenário — improvável — em que Lula aparece na corrida. O ex-presidente teria 33% das intenções de voto, Bolsonaro 15% e, Marina, 7%. Ciro e Alckmin apareceriam empatados com 4%.

Enquanto isso... O governo Temer só piora em percepção. Reprovado por 72% em março, alcançou 79% agora.

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Eduardo Cunha vai continuar preso. Mas conforme hoje se aproxima, e este é o último dia de atividade do Supremo antes do recesso de meio de ano, as decisões vão vindo. E o ministro Marco Aurélio Mello deu liminar autorizando a liberdade do ex-presidente emedebista da Câmara. Livre por um caso de desvio de R$ 11,5 milhões ao erguer a Arena das Dunas de Natal, seguirá preso por já ter sido condenado por outros desvios — do FI-FGTS. (Globo)

E... Pode vir uma última surpresa ainda hoje da Segunda Turma, de acordo com a Coluna do Estadão.

Enquanto isso, já em liberdade, José Dirceu está fazendo circular, em vídeo de WhatsApp, o anúncio de que seu livro de memórias vai sair.

O Supremo Tribunal Federal deve retomar hoje o julgamento das 19 ações que questionam o ponto da reforma trabalhista que extinguiu a obrigatoriedade da contribuição sindical. Ontem, a sessão terminou com um empate: Edson Fachin é a favor da cobrança compulsória, e defendeu que estabelecer o fim da obrigatoriedade do tributo pode inviabilizar a atividade dos sindicatos. Luiz Fux é contra, e afirmou que “cabe à lei dispor sobre a contribuição sindical, não havendo qualquer comando na Constituição que determine a compulsoriedade da cobrança”. A decisão deverá ser cumprida por juízes de todo o país. (Jota)

Domingo, véspera do jogo contra o Brasil, os mexicanos vão às urnas eleger um novo presidente. O PRI, partido do atual titular, Enrique Peña Nieto, deve perder e cair para terceira força do país. O PAN, outro grande partido e que esteve no poder entre 2000 e 2012, também deve diminuir. Os eleitores se queixam de escândalos e demonstram cansaço com a política tradicional. O favorito é Andrés López Obrador, que vem da esquerda e promete rígidas políticas anticorrupção. (Globo)

Um homem armado entrou ontem na redação da Capital Gazette, jornal de Annapolis, capital do estado americano de Maryland, e disparou contra jornalistas. Matou cinco pessoas. O assassino já havia processado o jornal se queixando da cobertura feita quando foi preso anteriormente. Na Justiça, perdeu.

Viver

Nunca antes na história das Copas... A FIFA tinha usado o número de cartões amarelos como critério de desempate para a classificação. Dessa vez, usou. E quem se deu mal foi o Senegal, que perdeu de 1 a 0 para a Colômbia e deixou a vaga nas oitavas para o Japão — os senegalenses tinham dois cartões amarelos a mais. (Melhores momentos.)

Pois é. Os japoneses garantiram a vaga mesmo perdendo para a já eliminada Polônia, que jogou pela honra e venceu por 1 a 0. (Melhores momentos.)

Breiller Pires: “Dilemas éticos à parte, esta primeira fase da Copa fica marcada pelas seleções que souberam perder com dignidade. Senegal, que empatou em número de pontos e saldo de gols com o Japão, mas ficou fora das oitavas pelo critério do cartão, deixa um exemplo de nobreza e espírito esportivo. Aliou Cissé, único técnico negro entre as 32 equipes do Mundial, evitou culpar o regulamento ou a postura japonesa pela eliminação de seu time. Reconheceu que os comandados poderiam ter aproveitado melhor as oportunidades de gol. Assim, não dependeriam de resultados para se classificar. Senegal se propôs a jogar um futebol ofensivo, corajoso e irreverente, empurrado por uma torcida que, tal qual os japoneses, fez questão de cuidar da limpeza das arquibancadas que frequentou e deu um espetáculo de simpatia com máscaras, fantasias e corpos pintados.”

Mas o caminho dos japoneses não vai ser fácil. Seus adversários serão os belgas, que venceram a Inglaterra por 1 a 0 com um golaço e terminaram a primeira fase na liderança da chave. Já os ingleses enfrentarão os colombianos. (Melhores momentos.)

Enquanto isso... Tunísia e Panamá se despediram da Rússia. Se deram melhor os tunisianos, que arrancaram a virada no segundo tempo, venceram por 2 a 1 e encerraram uma seca de vitórias em Mundiais que durava desde 1978. (Melhores momentos.)

Agora, com as partidas já definidas, a Copa entra em sua fase decisiva. Hoje o dia é de descanso, mas no fim de semana começa o mata-mata das oitavas de final. (Folha)

Para assistir no sábado: Dois jogaços. Às 11h, a Argentina enfrenta a França. Os franceses defendem uma invencibilidade de 40 anos contra sul-americanos em Copas. Mas adivinha para quem foi a última derrota? Pois é, para os hermanos, que dão um banho no confronto. Logo depois, às 15h, tem Portugal e Uruguai, um encontro inédito na Copa do Mundo que colocará de um lado Suárez, camisa 9 da Celeste e goleador do Barcelona, e do outro, o melhor do mundo, Cristiano Ronaldo, camisa 7 de Portugal e do Real Madrid.

E o jogo para ver domingo: Espanha e Rússia, às 11h. O time espanhol vai tentar dar fim a um tabu: nas 14 participações em mundiais, a Roja sempre foi eliminada por um anfitrião quando o enfrentou no duelo mata-mata.

Foi do fotógrafo mineiro Eugênio Sávio a foto do jogo entre Brasil e Sérvia. É de Paulinho se equilibrando na ponta do pé esquerdo, como se estivesse flutuando, enquanto os jogadores sérvios, preocupados, acompanham a jogada. Foi tirada da tribuna da imprensa — ele só ficou sabendo que poderia tirar fotos do jogo 55 minutos antes da partida e não pôde se juntar aos colegas no gramado. A imagem viralizou. Mas foi, provavelmente, a última de Sávio em um jogo neste mundial — horas depois da partida, ele recebeu a notícia de que o pai morreu no Brasil.

O contagiante espírito da Copa

Tony de Marco

 
Vuvuzeloop

Cultura

Em São Paulo, o fim de semana é de música: são 155 shows em mais de 30 palcos espalhados pela cidade no Big Dia da Música, que acontece amanhã. No sábado também tem  batalha de MC's no Red Bull Station, a partir de 16h30. E a banda paulistana Gueto faz show neste domingo no Sesc Belenzinho, às 18h.

No Rio, o Parque Lage promove uma virada com filmes políticos — para pensar 1968 e 2013 — de sexta para sábado. A Cia. Teatro Voador Não Identificado apresenta a partir desta sexta 33 sessões únicas da história de As Mil e Uma Noites — de sexta à domingo às 20h, até setembro, no Teatro do Oi Futuro. E a artista Ana Kesselring expõe os seus trabalhos recentes com cerâmica em Corpos Estranhos, em cartaz no Paço Imperial.

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Luiz Alfredo Garcia Roza, com uma longa carreira de psicanalista, tornou-se a um dado momento escritor de romances policiais. Berenice Procura (trailer), agora tornado filme, é o único no qual o investigador não é seu tradicional detetive Espinosa. Quando um crime bárbaro ocorre em Copacabana, é a taxista Berenice, interpretada por Cláudia Abreu, que vai resolvê-lo. Para quem gosta do gênero, um livraço. O filme promete. Mas há também Os Incríveis 2 (trailer), no qual uma reformulação da família de heróis faz da mãe, e não do pai, quem é convocado para enfrentar o crime. O desenho da Pixar foi construído no detalhe para 2018. O doc Auto de Resistência (trailer) mergulha na violência da PM do Rio de Janeiro. O trailer é duro. O filme, mais. Veja as outras estreias da semana.

Cotidiano Digital

A Bird levantou US$ 300 milhões numa terceira rodada de investimento. É uma das três startups distribuindo patinetes elétricos pelas cidades americanas, um serviço de aluguel semelhante ao das bicicletas por aplicativos. A avaliação da empresa subiu a US$ 2 bilhões. Tem um ano de idade. É uma opção mais barata ao Uber, e serve para percorrer aquele quilômetro e meio entre a saída do metrô e o escritório. Trata-se, provavelmente, do negócio do ano no Vale do Silício.

Pedro Doria: “O modelo que estão seguindo é o da Uber. A maneira de montar um gigantesco portfólio de consumidores é seduzindo-os e aos motoristas simultaneamente. O segredo que permitiu à Uber se tornar líder está no capital que levantou. Foi tanto dinheiro que lhe permitiu cobrar menos do que taxistas, pagar um percentual alto aos motoristas, e se estabelecer rápido em incontáveis cidades no mundo. Tudo ao mesmo tempo. Este é o jogo da Bird. A maneira como nos movemos pelas cidades vai mudar radicalmente. Talvez, patinetes elétricos façam parte da equação para pequenas distâncias. Em breve, vamos começar a vê-los também em nossas cidades.” (Globo ou Estadão)

Kurt Wagner conversou com Google Duplex, o sistema de inteligência artificial capaz de fazer-se passar por uma pessoa marcando uma reserva. O repórter do Recode esteve num pequeno grupo de convidados do Google num restaurante de Mountain View, no Vale. Cada um teve a oportunidade de atender à ligação e conversar com a inteligência artificial. “A voz parecia a de um homem adulto, não um robô, principalmente ao telefone”, ele escreve. Wagner tentou enganar o sistema. Quando informou que reservas não seriam possíveis para o dia pedido, o software repassou a ligação para um ser humano. Extrapolou suas capacidades. O veredito: não está pronto. Mas impressiona.

Que princesa Disney é você? A Nametests, uma empresa que se popularizou no Facebook produzindo testes sobre quem o usuário é em inúmeros universos, tinha uma falha que permitiria a qualquer um minimamente habilitado pegar os dados pessoais de 120 milhões de pessoas. O escândalo da Cambridge Analytica envolveu 87 milhões.

Um número: 72% dos americanos acreditam que os serviços de mídias sociais censuram pontos de vista políticos.

Em tempo: nenhum fato, nenhum relatório, nenhum vazamento sugere que exista censura ideológica. Mas a percepção existe.

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