Paulo Guedes quer fazer limpa nos bancos públicos

Uma das primeiras ofensivas do governo Bolsonaro na economia deve ocorrer nos bancos públicos. Uma equipe de ‘voluntários’, profissionais de carreira de Banco do Brasil, Caixa e BNDES, está listando as pessoas com salários entre R$ 30 e R$ 60 mil para indicar quais têm laços com PT e MDB. Paulo Guedes quer fazer uma limpa. Concursados serão substituídos, indicados, demitidos. Os bancos aumentaram seus quadros desde a virada do século. O novo governo planeja extinguir alguns cargos. (Estadão)

Já estão definidas as linhas de atuação do BNDES sob Joaquim Levy. São quatro: logística e infraestrutura, privatizações e desmobilização de ativos, inovação e novas tecnologias e reestruturação das finanças de estados e municípios. As estatais, principalmente as que dependem de subvenção do Tesouro, deverão ser privatizadas e o modelo destes contratos deve ficar a cargo do banco. (Globo)

Pois é... O BNDES terá uma linha de crédito direta para startups, anunciada ainda este mês. Voltada para empresas que já têm faturamento acima de R$ 1 milhão, os empréstimos ficarão abaixo de R$ 10 milhões. (Estadão)

Vera Magalhães: “O que é maior? Ser diretor financeiro do Banco Mundial ou presidente do BNDES? Na opinião de ex-auxiliares de Joaquim Levy, só uma justificativa explica ele considerar que é o segundo: a perspectiva de ficar na fila para voltar ao comando da economia e ‘consertá-la’, algo que ele achava que passaria para a história tendo feito no governo Dilma. Levy seria um ‘plano B liberal’ para Jair Bolsonaro, algo que não havia no radar. A percepção do mercado era a de que, se Paulo Guedes caísse ou se inviabilizasse, haveria risco à propensão liberalizante do governo. ‘Levy é um seguro liberal para o Bolsonaro. Só não sei se o Guedes se deu conta disso’, diz um conhecido de ambos.”

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Em depoimento à juíza Gabriela Hardt, substituta de Sérgio Moro em Curitiba, o empresário Fernando Bittar prestou um depoimento contraditório a respeito do sítio de Atibaia utilizado pela família do ex-presidente Lula. O Ministério Público afirma que a propriedade era do petista — Bittar nega. Diz que a comprou com suas economias, mas que Lula é quem o usava. Foi ele quem acompanhou as reformas que, garante, acreditava estarem sendo pagas pelo ex-presidente. Lhe pegou de surpresa, garante, a notícia de que havia notas fiscais em seu nome. E não sabia que as empreiteiras OAS e Odebrecht pegaram a conta. Segundo Bittar, as obras faziam parte de seu plano de vender o sítio a Lula, nunca concretizado.

Aliás... Em evento no Tuca, São Paulo, o ex-ministro José Dirceu afirmou acreditar que Bolsonaro ficará muito tempo no poder. “É uma luta de longo prazo, não nos iludamos”, disse à plateia. “É um governo que tem base social, muita força e muito tempo.” Para Dirceu, a derrota do PT não foi apenas política mas também ideológica. (Estadão)

Galeria: Esta semana fez 100 anos o armistício da Primeira Guerra Mundial. O espanhol El País selecionou imagens icônicas do conflito.

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HealthTech

O Google tem, espalhadas pela corporação, uma série de projetos vinculados à saúde. Foram surgindo em grupos distintos na empresa, sob o comando de executivos diferentes, que em geral não conversam entre si. Um é o Google Fit, um pacote de software voltado para Android (celulares) e WearOS (relógios). São os sistemas que contam passos, medem frequência cardíaca, acompanham o usuário no dia a dia. A Nest, subsidiária que produz aparelhos para a casa inteligente, está organizando uma linha para dar autonomia a idosos que moram sozinhos. A turma do Google Brain, de inteligência artificial, está desenvolvendo um sistema que facilitará a médicos a inserção de anotações no prontuário, para que possam dedicar mais tempo aos pacientes. São apenas as principais iniciativas. Para reorganizar tudo sob um mesmo comando e dar uniformidade estratégica aos projetos, a companhia contratou David Feinberg, CEO da Geisinger Health, para assumir as rédeas, criando quase que uma empresa subsidiária nova voltada a este mercado.

A startup brasileira Vibe VivaBem, que criou uma plataforma que empresas oferecem a seus funcionários, para estimular hábitos saudáveis, monitorar a saúde, e chega ao ponto de ajudar a marcar médicos e encontrar o melhor preço de remédios, ganhou ontem o Prêmio Edson de Godoy Bueno de Inovação. A entrega foi feita durante o Fórum Inovação Saúde, realizado no Museu do Amanhã, Rio de Janeiro.

Cultura

Morreu ontem, aos 95 anos, Stan Lee, uma das maiores lendas da indústria de quadrinhos. O escritor, editor e publisher foi responsável pela criação de super-heróis icônicos da Marvel Comics, como Homem-Aranha, X-Men, Thor, Homem de Ferro, Pantera Negra e o Quarteto Fantástico. Revolucionou o mundo dos quadrinhos ao imbuir seus personagens com as dúvidas e neuroses de pessoas comuns, além do senso de humor. Na adversária DC, do Super-Homem, não havia nada do tipo. Ele criou personagens de carne e osso, com personalidade. Revolucionou ainda uma segunda vez ao fazer com que todos participassem de um só universo, de forma que o herói de uma revista poderia aparecer com o de outra, os acontecimentos aqui repercutiam ali, construindo não só histórias individuais mas uma grande saga que encantou fãs desde os anos 1960. Também teve seu lado polêmico: foi frequentemente criticado por negar direitos e royalties a colaboradores. A pior briga, com o desenhista Jack Kirby, envolve a própria autoria do Quarteto Fantástico, que inaugurou o jeito Marvel de contar histórias. Kirby morreu dizendo ter sido o criador solitário, da concepção, ao texto, aos desenhos. Lee garantia ter concebido e escrito. A briga dentre os dois é uma das mais célebres na história dos super-heróis. Fato é que Lee seguiu com sucesso e, tendo migrado para a DC, Kirby não voltou a emplacar algo grande. E ninguém nega que é Stan Lee o pai do maior dentre todas as criações que lhe são atribuídas, o Homem-Aranha, adolescente-herói, que muito cedo descobriu que “com grande poder vem grandes responsabilidades”. Lee era, para muitos, a personificação da Marvel — se não dos quadrinhos em geral. (New York Times)

Vencedor de cinco Prêmios Eisner, o Oscar dos quadrinhos, Brian Michael Bendis conta sua história — em quadrinhos — com seu herói, Stan Lee. (New York Times)

Para assistir: O documentário With Great Power: The Stan Lee Story (trailer).

Para ler: Incrível, Fantástico, Inacreditável. A Biografia em Quadrinhos do Gênio que Criou os Super-Heróis da Marvel (Amazon) e Excelsior!: The Amazing Life of Stan Lee (Amazon).

E uma galeria: A vida de Stan Lee, em centenas de fotos.

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Toy Story 4 ganhou seu primeiro teaser. O vídeo mostra o reencontro de Woody, Buzz, Jessie, o Sr. Cabeça de Batata e outros personagens que marcaram a história da animação. A confusão se instala com a chegada de um novo brinquedo, chamado de Forky, que insiste não ser um brinquedo. O filme chega aos cinemas americanos em 21 de junho de 2018.

Enquanto isso... A Warner Bros. divulgou o primeiro trailer de Pokémon: Detetive Pikachu. No filme, o pai do personagem de Justice Smith é sequestrado e ele une forças ao Pikachu para descobrir o mistério. O elenco ainda conta com Kathryn Newton, que vive uma jornalista que os ajuda na missão. A estreia está marcada para 9 maio de 2019.

Cotidiano Digital

Foi, segundo o Facebook, um teste de rotina que derrubou a rede social, mantendo-a inacessível para uns, instável para outros, durante parte do dia de ontem. Instagram e WhatsApp também sofreram.

Pois é... Enquanto cai num lado, fazem a festa no outro. As reações, no Twitter, foram as mais divertidas possíveis.

Viver

Uma das rodovias mais perigosas do mundo para a vida selvagem está no Brasil. É a BR-262, que liga as cidades de Campo Grande e Corumbá, no Mato Grosso do Sul. O biólogo Wagner Fischer, da UFMS, tem monitorado a estrada há mais de duas décadas. De 1996 a 2000, ele contou 930 animais atropelados — 29 espécies de répteis e 47 espécies de aves. Um estudo separado sobre mamíferos, a ser publicado em breve, inclui mais de 2.200 espécimes. Seu estudo inspirou outros, que confirmam a conclusão inicial: para a vida selvagem, a BR-262 é a estrada mais mortal do Brasil e uma das mais mortíferas do mundo. (New York Times)

Aliás... O vídeo de um filhote de urso que tenta subir por uma encosta traiçoeira e coberta de neve para encontrar sua mãe viralizou nas redes sociais na semana passada. Para além da mensagem motivacional, no entanto, muitos cientistas expressaram preocupação sobre a forma como o vídeo foi filmado. Isso porque, à medida que drones se tornam menores e mais baratos, os especialistas pedem que as pessoas tomem cuidado ao colocá-los voando perto de animais selvagens. O barulho, por exemplo, pode assustá-los e estressá-los.

Agora é oficial: a Harley-Davidson lançará sua primeira moto elétrica em 2019. A marca mostrou sua primeira motocicleta elétrica na semana passada, no Milan Motorcycle Show. Com o nome de LiveWire, a moto traz um design muito mais completo que o protótipo anterior. Ainda não foram divulgadas, no entanto, especificações como velocidade, alcance, etc.

Por falar... Paris planeja lançar uma grande frota de bicicletas elétricas em um esquema financiado pelo governo. O objetivo é reduzir o congestionamento e a poluição na região. Pois é. A partir de setembro de 2019, a agência regional de transportes Ile-de-France Mobilités fornecerá até 10 mil bicicletas elétricas para locação de longo prazo, e pretende expandir o esquema para 20 mil, o que tornaria o programa de locação de bikes elétricas o maior do mundo.

Conhecidas como fonte energética renovável e limpa, as usinas hidrelétricas construídas em barragens estão começando ser questionadas por uma parte dos cientistas especializados. Isso porque, segundo novos estudos, elas se tornam insustentáveis dependendo de onde forem construídas. E a insustentabilidade não é apenas ambiental, mas também econômica: muitas das usinas não entregam o nível energético prometido. As represas impactam a ecologia dos rios, danificam as florestas e a biodiversidade. Além disso, as barragens normalmente têm um tempo limitado de vida, que gira em torno de 30 anos, o que as tornam insuficientes como uma estratégia sustentável de longo prazo. “A questão que se coloca é: Será que esse modelo é o que mais interessa do ponto de vista de custo benefício? Há estudos do próprio governo brasileiro que mostram, falando de maneira bem simples, que não adianta aumentar o tamanho da banheira se não tiver mais água para colocar nela”, diz o geógrafo Brent Millikan, diretor da International Rivers. (Globo)

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