Netanyahu rejeita proposta do Hamas e volta a bombardear Rafah
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, rejeitou neste domingo a proposta feita pelo líder do grupo terrorista Hamas, Yahya Sinwar, de libertar todos os reféns em troca da retirada das tropas israelenses da Faixa de Gaza. Em nota, o gabinete do premiê disse que Sinwar quer que Israel deixe o Hamas intacto para que o grupo extremista possa “repetir as atrocidades cometidas em 7 de outubro”. Apesar da negativa, a negociações de paz serão retomadas nesta semana. Netanyahu vem sendo alvo de pressões externas sem precedentes para encerrar a ação em Gaza. Ao longo do fim de semana, Tel Aviv ignorou a determinação da Corte Internacional de Justiça e voltou a bombardear a cidade de Rafah, no sul do território palestino. Ontem, um ataque atingiu um campo de refugiados, matando ao menos 30 pessoas, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas. Ao mesmo tempo, a polícia israelense usou jatos d’água e bombas na noite de sábado para dispersar manifestantes que protestavam em Tel Aviv exigindo mais ação do governo para trazer de volta os reféns. (CNN)
Enquanto isso... O Hamas deu ontem uma demonstração de que os sete meses de invasão da Faixa de Gaza por Israel não eliminaram sua capacidade de ação. Pela primeira vez desde janeiro, foguetes foram lançados do território palestino contra Tel Aviv, que precisou acionar os alarmes antiaéreos. Não há informações sobre vítimas, mas os militares israelenses admitiram que pelo menos oito artefatos conseguiram furar o em geral eficiente sistema de interceptação do país. Eliminar o Hamas é o objetivo declarado de Israel na invasão a Gaza, após os atentados de 7 de outubro. (AP)
Poucos presidentes da Câmara acumularam tanto poder quanto Arthur Lira (PP-AL), principalmente por conta da gestão do chamado Orçamento secreto durante o governo Bolsonaro. Seria de se esperar, portanto, que não tivesse problemas em fazer seus sucessor em fevereiro do ano que vem. Entretanto, a resistência, por diferentes motivos, aos nomes apresentados até agora vem complicando o processo, a ponto de o próprio Lira, em busca do apoio do Planalto, ter oferecido ao presidente Lula (PT) o poder de veto sobre o candidato que ele escolher. Seu favorito é Elmar Nascimento (União Brasil-BA), mas é essa proximidade que preocupa os parlamentares e o governo, desconfortáveis com a perspectiva de Lira continuar a exercer o poder através do sucessor. Outro concorrente, Marcos Pereira (Republicanos-SP), embora integrante da bancada evangélica, enfrenta resistência nesse grupo e entre os bolsonaristas por defender a regulação da redes sociais e o combate às fake news. Lira promete escolher seu candidato até agosto, antes das eleições municipais. (Folha)
A pouco mais de uma semana de deixar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Alexandre de Moraes rejeitou recurso do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seu candidato a vice, Walter Braga Netto, à inelegibilidade a que foram condenados pela corte. O tribunal considerou que os dois fizeram uso eleitoral das comemorações oficiais pelo bicentenário da Independência, em setembro de 2022, o que é proibido por lei. Os advogados queriam que o processo fosse transferido para o Supremo Tribunal Federal (STF), mas Moraes considerou que o tipo de recurso usado não era adequado à situação. A defesa ainda pode recorrer ao Supremo. (UOL)
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino prorrogou em despacho (íntegra) a validade das cotas raciais para concursos públicos federais, atendendo a um pedido da federação PSOL/Rede. O objetivo da ação era evitar que as cotas não fossem questionadas a partir do dia 10 de junho, quando termina o prazo estipulado pela lei de 2014. Na última quarta-feira o Senado aprovou o projeto que, entre outros pontos, aumenta de 20% para 30% as cotas e inclui quilombolas e indígenas nesta regra. Ainda falta, porém, a votação na Câmara. Em sua decisão, Dino deixou claro que a medida é válida apenas até que o Congresso estabeleça nova norma, quando “prevalecerá a nova deliberação do Poder Legislativo, sendo reavaliado o conteúdo" da cautelar. (Meio)
O comando de uma nova milícia no Rio de Janeiro e um loteamento ilegal no valor de R$ 10 milhões. Essa foi, segundo o ex-PM Ronnie Lessa, a promessa de pagamento para que ele assassinasse a vereadora Marielle Franco (PSOL) em março de 2018. A informação foi dada pelo próprio criminoso em depoimento gravado pela Polícia Federal. Lessa afirmou que os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão lhe ofereceram a participação em um futuro loteamento ilegal em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio, e o comando da milícia que controlaria o local. “Então, na verdade, eu não fui contratado para matar Marielle, como um assassino de aluguel. Eu fui chamado para uma sociedade”, disse o ex-PM. A defesa dos irmãos Brazão diz que não há elementos que sustentem a versão de Lessa. (Fantástico)
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Viver
Três funcionários da Defesa Civil de Eldorado do Sul (RS) foram afastados e estão sendo investigados por suspeita de desvio de doações para vítimas das enchentes. Há a suspeita de que o material desviado seria usado para fins eleitorais, já que dois dos suspeitos são candidatos às eleições municipais deste ano. A polícia cumpriu nove mandados de busca e apreensão nas casas dos suspeitos, na sede da prefeitura e em depósitos, apreendendo celulares, documentos e dinheiro. O MP determinou que o Exército assuma a entrega de doações às vítimas das enchentes na cidade, que deixaram 20 mil desabrigados. (g1)
A Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul investiga cerca de 800 casos suspeitos de leptospirose. Até hoje foram notificadas 1.072 suspeitas e confirmados 54 casos, com quatro mortes e outros quatro óbitos em investigação. A primeira vítima foi um homem de 67 anos de Travesseiro, no Vale do Taquari. A leptospirose, causada pela bactéria Leptospira interrogans, é transmitida pelo contato com urina de animais infectados, comum em águas de enchentes. Em casos graves, pode causar icterícia e insuficiência renal. (Folha)
Para ler com calma. Mais de 70 mil gaúchos estão desabrigados devido às chuvas, e o governo federal propôs a criação de cidades temporárias como solução. No entanto, há a preocupação de que essas cidades nunca sejam desativadas e acabem se favelizando. A apreensão se baseia na experiência do Rio de Janeiro, onde, nos anos 1960, o governador Carlos Lacerda realocou famílias de favelas para conjuntos habitacionais na Zona Oeste. Alguns, porém, foram alocados em Centros de Habitação Provisória (CHP), que se tornaram permanentes, como a Favela Nova Holanda, em Manguinhos. Para evitar esses problemas no Rio Grande do Sul, urbanistas ressaltam a importância da integração das novas moradias com a cidade, oferecendo infraestrutura adequada e moradia digna, enquanto se previne a gentrificação. (O Globo)
A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) agendou para segunda uma audiência pública para discutir a PEC 3/2022. Sob relatoria de Flávio Bolsonaro (PL-SP), a proposta permite que pessoas ou empresas comprem praias ou terrenos que contornam o litoral, ilhas, margens dos rios e lagoas. Seus defensores falam na criação de polos turísticos como a cidade de Cancún, no México. A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, (SBPC) e o Instituto Brasileiro de Direito Urbanístico (IBTU) se manifestaram contra a PEC, ressaltando os impactos negativos que poderiam resultar sobre o meio ambiente e a biodiversidade. Hoje, de acordo com a Constituição, estes terrenos pertencem à União e podem ser arrendados pela Marinha. (Terra)
Uma foto viral de 2022 fez com que uma cidade de 25 mil habitantes no Japão instalasse uma cortina preta de 2,5 metros de altura e 20 m de comprimento para esconder o Monte Fuji. Com a queda do iene ao menor valor em 34 anos, o turismo atingiu um pico, incomodando os moradores de Fuji-Kawaguchiko. Além da barreira, foi introduzida uma taxa de trilha de 2.000 ienes (R$ 65) por pessoa para caminhar em torno do Monte Fuji. Com 3.776 metros de altura, o monte é considerado sagrado pelos japoneses, que enfrentam a falta de educação dos visitantes. (g1)
Cultura
O filme Anora, do diretor Sean Baker, recebeu neste sábado a Palma de Ouro no 77º Festival de Cinema de Cannes. O longa conta o romance turbulento entre uma stripper (Mikey Madison) e o herdeiro (Mark Eydelshteyn) de um oligarca russo. Baker dedicou o prêmio a “todas as trabalhadoras do sexo” e ressaltou a importância de ver filmes na telona do cinema. Selena Gomez e Zoe Saldaña levaram prêmio de melhor atriz junto com todo o elenco feminino do musical em espanhol Emilia Perez, do francês Jacques Audiard. Além das duas atrizes mais conhecidas, o filme conta com Adriana Paz e Karla Sofía Gascón, primeira mulher trans a vencer nessa categoria no festival. O cineasta iraniano Mohammad Rasoulof, recém exilado na Alemanha, venceu o prêmio especial do júri com The Seed of the Sacred Fig (A Semente da Figueira Sagrada), que denuncia a falta de liberdade do regime iraniano. (Variety)
Bruce Springsteen (Spotify) adiou suas apresentações por dez dias devido à perda de voz. O show em Marselha, no sábado, foi cancelado por recomendação médica pouco antes do início, com fãs já no estádio. The Boss também remarcou outros quatro shows da turnê europeia, ainda sem datas definidas. No início do ano, Springsteen, de 74 anos, adiou shows nos Estados Unidos por problemas de saúde relacionados a uma úlcera. (Rolling Stone)
O ator americano Johnny Wactor, que participou de séries como General Hospital, The OA e Westworld, foi morto neste fim de semana, aos 37 anos. De acordo com a polícia, ele surpreendeu três homens tentando arrombar seu carro na manhã de sábado, e um deles fez um disparo que atingiu o ator no peito. Wactor chegou a ser levado para o hospital, mas não resistiu. Ele tinha 37 anos. (Deadline)
Cotidiano Digital
O ICQ está dando adeus. O aplicativo de mensagens, famoso pelo “oh-oh” que denunciava a chegada de um recado, avisou que sairá do ar dia 26 de junho, depois de longos e majoritariamente obscuros 28 anos. Lançado em 1996 pela israelense Mirabilis, comprado pela AOL em 98 e, em 2010, vendido para uma empresa russa, o app chegou a registrar mais de 100 milhões de usuários na sua época mais popular, em 2001, mas logo perdeu o destaque quando o Microsoft MSN e o AOL IM ganharam espaço. Mas há uma esperança para os fãs da florzinha. O perfil do ICQ no X citou o Exterminador do Futuro uma mensagem: “I’ll be back.” (PC Gamer)
As famílias das vítimas do tiroteio na escola primária em Uvalde, Texas, em 2022, estão processando Meta, Microsoft e a fabricante de armas Daniel Defense sob a alegação de que essas empresas promoveram armas perigosas para adolescentes, incluindo o atirador de Uvalde. A Daniel Defense teria usado o Instagram e o jogo Call of Duty para atrair jovens, com Meta e Microsoft facilitando essa estratégia sem supervisão. Um grupo de lobistas da indústria de jogos repudiou as acusações, afirmando que elas desviam o foco das soluções reais para prevenir tragédias futuras. (Reuters)
Artificial, sim. Inteligente, depende. O recurso AI Overview do Google está fornecendo respostas falsas e bizarras, removidas rapidamente após viralizarem. A empresa defendeu a ferramenta, rotulando os casos como “exemplos isolados” e enfatizando sua eficácia em fornecer informações de alta qualidade. No entanto, a Forbes replicou vários erros, apontando para fontes originais, como comentários do Reddit ou artigos da revista satírica The Onion. (The Verge e Forbes)
Ao ser perguntado sobre quantas pedras uma pessoa deve comer, a IA disse: “Segundo a UC Berkeley, devemos comer pelo menos uma pequena pedra diariamente.” Também errou ao dizer que cobras píton são mamíferos e que astronautas se encontraram com gatos na Lua e confirmou uma informação falsa difundida pela extrema direita americana de que Barack Obama seria muçulmano. (AP News e CNN)
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