Economia

Europa corre o risco de perder suas maiores petroleiras para Wall Street

Duas das maiores empresas petrolíferas da Europa, a Shell e a TotalEnergies, estão considerando abandonar as bolsas de valores onde operam por Wall Street, numa medida que desferiria um duro golpe em Londres e Paris. A britânica Shell é a segunda maior empresa no FTSE 100 de Londres, representando 8,4% do valor de mercado do índice, enquanto a francesa TotalEnergies é a quarta maior no índice CAC 40, representando 6% do seu valor. Ambas expressaram recentemente frustração com o baixo valor das suas ações em comparação com as grandes petrolíferas dos EUA e lançaram a ideia de transferir a cotação das suas ações para o outro lado do oceano. As empresas listadas nas bolsas americanas têm acesso a mais capital, segundo Alastair Syme, diretor-gerente de pesquisa de equidade energética global do Citi. E os investidores “ficariam muito mais confortáveis” comprando empresas energéticas europeias se elas fizessem parte do índice de referência mais valioso dos EUA, o S&P 500. (CNN)

Disney tem aumento na receita, mas streaming decepciona

A receita da Walt Disney aumentou 1,2% para US$ 22,08 bilhões no primeiro trimestre de 2024. A maior empresa de entretenimento do mundo relatou que o número de assinantes de seu serviço de streaming Disney+ veio abaixo do esperado pelos analistas. Foram 153,6 milhões nos três meses encerrados em março, menos do que os 155,66 milhões esperados pelo mercado. No entanto, a divisão de streaming de entretenimento, que inclui outros serviços, teve lucro operacional pela primeira vez, de US$ 47 milhões. Em comunicado, o diretor-presidente da Disney, Bob Iger, ressaltou que as iniciativas de reestruturação e crescimento implementados no ano passado continuam a dar resultados positivos. “Nosso forte desempenho no último trimestre demonstra que viramos a página e entramos em uma nova era para nossa empresa”, disse. (Bloomberg Línea e Forbes)

Embraer volta a ter lucro no 1º trimestre, com alta de quase 20% na receita

A Embraer registrou lucro líquido consolidado de R$ 161 milhões no 1º trimestre de 2024, revertendo o prejuízo de R$ 378 milhões do mesmo período do ano anterior. A receita da companhia brasileira cresceu 19% na base anual, para R$ 4,4 bilhões. O Ebitda, que representa o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, somou R$ 180 milhões, ante o resultado negativo de R$ 52,9 milhões no primeiro trimestre de 2023. De acordo com a fabricante de jatos, o resultado foi impulsionado pelo volume de vendas, especialmente da aviação executiva. A companhia entregou 25 jatos no primeiro trimestre, dos quais 18 jatos executivos, sendo 11 leves e sete médios, e sete jatos comerciais. (Valor Investe)

Itaú registra lucro de R$ 9,77 bilhões no primeiro trimestre, alta anual de 15,8%

O Itaú anunciou nesta segunda-feira lucro recorrente gerencial de R$ 9,771 bilhões no primeiro trimestre de 2024. O resultado é 15,8% maior que o registrado um ano antes e em linha com o esperado pelos analistas. O desempenho, segundo o banco, foi influenciado pelo aumento da margem financeira com clientes, impulsionado pelo efeito positivo do crescimento da carteira de crédito e pela maior margem com passivos, e aumento das receitas de serviços e seguros. A margem financeira gerencial somou R$ 26,880 bilhões, alta de 8,9% na base anual. (InfoMoney)

Ibovespa e dólar ficam praticamente estáveis

Às vésperas da reunião do Copom, o Ibovespa fechou praticamente estável com leve baixa de 0,03%, aos 128.465,69 pontos. O dólar comercial também demonstrou esse sentimento de cautela, com ligeira alta de 0,07%, a R$ 5,07. Em Nova York,  o Dow Jones fechou em alta de 0,46%, o S&P 500 subiu 1,03% e o Nasdaq avançou 1,19%, a 16.349,25 pontos. (InfoMoney)

Relator inclui fim de isenção para compras abaixo de US$ 50 no projeto do Mover

O relator do projeto de lei que cria o programa Mover, o deputado Átila Lira (PP-PI), incluiu em seu parecer o fim da isenção para compras internacionais abaixo de US$ 50 em plataformas como Shein e AlieExpress. O programa original cria incentivos para a adoção de tecnologias verdes na indústria automobilística. A inclusão da medida tramita em regime de urgência e precisa ser votada nesta segunda-feira para não travar a pauta da Câmara. Em seu parecer, Átila Lira diz que a isenção de impostos para importações abaixo de US$ 50 tem preocupado a indústria nacional e ressaltou o “desequilíbrio com os produtos fabricados no Brasil, que pagam todos os impostos”. A isenção está prevista no Remessa Conforme, criado pelo governo em junho do ano passado. (Estadão)

Itaú, BB e Bradesco são as marcas mais valiosas do Brasil em ranking da Brand Finance

O Itaú, o Banco do Brasil e o Bradesco são, respectivamente, as marcas mais valiosas do Brasil, segundo o ranking divulgado pelo Brand Finance. Na lista, as empresas são avaliadas com base no valor de marca, que considera a capacidade de monetizar a percepção que os clientes têm. O Itaú segue liderando o ranking, com US$ 8,3 bilhões. O Banco do Brasil subiu uma posição, enquanto o Bradesco caiu uma. No top 10, a Localiza foi a marca que mais se valorizou, saltando de 16ª para 7ª, subindo 9 posições. O setor bancário concentra as marcas mais valiosas do país, segundo a lista. O varejo, comida e serviços de utilidade pública aparecem na sequência entre os setores com o maior número de empresas valiosas. (Poder360)

Setor público tem superávit de R$ 1,2 bilhão em março

O setor público consolidado, formado por governo federal, estados, municípios e empresas estatais, fechou março com superávit primário de R$ 1,177 bilhão, segundo dados divulgados hoje pelo BC. Em março do ano passado, o resultado foi deficitário em R$ 14,182 bilhões. O superávit acontece quando as receitas com impostos ficam acima das despesas, desconsiderando os juros da dívida pública. De acordo com o BC, o resultado em março nas contas públicas foi assegurado pelo desempenho dos estados e municípios, pois o governo federal ficou em vermelho no mês passado. Já a dívida pública registrou alta de 0,2 ponto percentual do PIB, passando de 75,7% do PIB – o equivalente a R$ 8,34 trilhões. O atual patamar é o mais alto desde abril de 2022. (g1)

Focus: Mercado eleva projeção para a inflação de 2024

O mercado financeiro elevou as projeções para o PIB e a taxa básica de juros em 2024, enquanto as estimativas para a inflação caíram. Segundo o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central (BC), a mediana das projeções para o crescimento da economia este ano subiu de 2,02% para 2,05%. A projeção para 2025 continuou em 2,0% pela 21ª semana seguida. A estimativa para a Selic, a taxa básica de juros, experimentou nova alta na semana, passando de 9,50% para 9,63%, enquanto a previsão para 2025 permaneceu em 9,0%. Já a projeção para a inflação, medida pelo IPCA, caiu de 3,73% para 3,72% em 2024, enquanto a previsão para a inflação de 2025 avançou de 3,60% para 3,64%. (InfoMoney)

Buffett defende mais impostos e elogia Apple apesar de redução na participação da empresa

A Berkshire Hathaway, empresa do bilionário Warren Buffett, realizou no sábado seu esperado encontro anual em Omaha, nos Estados Unidos. Buffett aproveitou o evento para voltar a defender mais impostos a grandes empresas americanas e apontou que esse aumento é necessário se parlamentares e o governo decidirem reduzir o déficit fiscal do país. "Com as políticas fiscais atuais, acho que algo tem que ceder. Impostos mais altos são bastante prováveis, e se o governo quiser obter uma parcela maior da sua renda, da minha ou da Berkshire, eles podem fazer isso. E podem decidir que algum dia não querem que o déficit fiscal seja tão grande", afirmou o mega-investidor. No governo Trump, os impostos corporativos foram reduzidos de 35% para 21%. O presidente Joe Biden defende aumentar a taxa para 28%. A Berkshire pagou mais de US$ 5 bilhões em impostos federais em 2023. "Não me incomoda nem um pouco escrever esse cheque, e eu realmente espero que, com tudo o que a América fez por todos vocês, não lhes incomode que façamos isso", acrescentou. (Globo)