Autoridade eleitoral romena proíbe candidatura à presidência de extremista de direita
A autoridade eleitoral da Romênia proibiu o candidato de extrema direita pró-Rússia Calin Georgescu de concorrer novamente à eleição presidencial de maio. A rejeição de sua candidatura, anunciada na noite deste domingo e condenada por líderes de partidos de extrema direita como antidemocrática, pode ser contestada no tribunal constitucional. Dezenas de apoiadores do populista se reuniram do lado de fora do escritório da autoridade eleitoral aos gritos de “liberdade”. Também tentaram forçar a passagem pelo cordão de segurança. Georgescu apresentou sua candidatura na sexta-feira apesar de já haver indícios de que não poderia participar. Em dezembro, o mais alto tribunal da Romênia anulou o pleito presidencial dois dias antes do segundo turno, citando alegações de interferência russa a favor de Georgescu, o que Moscou negou. Membros do governo americano dizem que o cancelamento é exemplo de governos europeus suprimindo a liberdade de expressão e oponentes políticos. (Guardian)
Meta cogitou aceitar censura para operar na China, diz denúncia
O depoimento de uma ex-funcionária da Meta indica que a empresa de Mark Zuckerberg estava disposta a se submeter a censura e a controlar posts de dissidências políticas para tentar ganhar a aprovação do Partido Comunista Chinês e levar o Facebook ao país.
Governadora de Pernambuco troca PSDB pelo PSD, de Kassab
Após nove anos no PSDB, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, deixará oficialmente a sigla para se filiar ao PSD nesta segunda-feira. A saída foi consumada no fim de fevereiro, e o ato de filiação acontecerá no Recife. Desde o ano passado, ela negociava sua ida para a legenda presidida por Gilberto Kassab. Além de ingressar em um partido que está em ascensão, a governadora vai comandar o diretório do PSD em Pernambuco. Interlocutores leem a ida de Raquel Lyra para o PSD como uma tentativa de se aproximar de Lula para articular um possível apoio à própria candidatura à reeleição. É provável que seu adversário seja o prefeito do Recife, João Campos (PSB), que é um importante aliado de Lula e foi reeleito no ano passado com 78,11% dos votos válidos, um dos maiores índices de votação entre as capitais brasileiras. (Folha)
Israel corta fornecimento de energia elétrica à Faixa de Gaza
Com o objetivo de pressionar o Hamas a libertar os reféns que ainda estão em seu poder, Israel anunciou que vai cortar a eletricidade na Faixa de Gaza. “Usaremos todos os meios à nossa disposição para garantir que todos os reféns retornem, e espero que o Hamas não esteja em Gaza no dia seguinte”, disse o ministro de Energia, Eli Cohen. “Chega de conversa, é hora de agir!” A medida segue a suspensão, na semana passada, de todas as entregas de ajuda humanitária para Gaza, pressionando o grupo terrorista a aceitar um acordo de cessar-fogo proposto pelos Estados Unidos. Enquanto o Hamas busca o início das negociações sobre a segunda fase da trégua, Israel quer estender a primeira fase para continuar a troca de reféns sem qualquer compromisso de encerrar permanentemente a guerra. (Politico)
Joel Rennó: “Empresas privadas costumam ser mais eficientes que estatais”
Neste episódio do Diálogos com a Inteligência, Christian Lynch recebe Joel Rennó, engenheiro, empresário e ex-presidente da Petrobras. No papo, questões sobre empresas que já foram estatais e hoje são privadas, bem como até que ponto o governo deve manter uma empresa estatal ou ser privatizada. Joel cita o governo chinês e como é o tratamento lá diante de seus comportamentos a cerca das indústrias chinesas, e também possíveis novos investimentos em pesquisas de novos poços de perfuração no Nordeste. Rennó também fala de sua passagem pela Vale.
Ministério da Defesa publicou no X em 2022 link para canal com pedido de golpe de Estado
Oito dias após a derrota de Jair Bolsonaro (PL) para Lula, o perfil oficial do Ministério da Defesa publicou um tuíte com o endereço de um canal no Telegram exibindo um pedido de golpe de Estado. A publicação, de 7 de novembro de 2022, segue no ar. O ministro da pasta era o general Paulo Sérgio Nogueira, que antes havia sido comandante do Exército. Ele é um dos réus do processo sobre a trama golpista, assim como Bolsonaro. O tuíte orienta o usuário a conferir na íntegra uma nota sobre o relatório do trabalho de fiscalização do sistema eletrônico de votação, mas o link publicado leva para o Telegram, onde há uma única mensagem publicada: “Dê o golpe jair”, ao lado de um emoji da bandeira do Brasil. O pedido de golpe foi postado por um canal no Telegram intitulado “Ministério da defesa”, com letra minúscula no nome da pasta e não oficial. Procurado, o ministério não quis comentar. Informalmente, membros da pasta não souberam dizer se o episódio se trata de um ataque hacker ou se houve o envolvimento de algum servidor. Antes da postagem do link com pedido de golpe, a conta da Defesa havia divulgado um aviso sobre o trabalho de auditoria das urnas. Uma nota replicada no site oficial da Defesa, ainda no ar, também de 7 de novembro, dizia que, dali a dois dias, o ministério encaminharia ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o relatório do trabalho de fiscalização do sistema eletrônico de votação, realizado pela equipe de técnicos militares das Forças Armadas. O documento, entregue no dia 9, não apontou qualquer fraude eleitoral e reconheceu que os boletins de urnas e os resultados divulgados pelo TSE eram idênticos. (Estadão)
“Mickey 17” custou caro demais para dar lucro nessa vida
Embora tenha tido "um começo decente" para um filme original no cenário atual, "Mickey 17" pode ter custado caro demais para "dar lucro ainda nessa vida". A comédia de ficção científica dirigida por Bong Joon Ho (O Parasita) e estrelado por Robert Pattinson, estreou em 28 de fevereiro na Coreia (país natal de Bong). Desde então, arrecadou mais de US$ 50 milhões globalmente, uma cifra pequena perto dos US$ 118 milhões gastos pela Warner Bros. em produção e os US$ 80 milhões em marketing. "Mickey 17" precisa ganhar cerca de US$ 275 milhões a US$ 300 milhões globalmente para entrar no azul durante sua exibição nas telonas, de acordo com executivos rivais com conhecimento de produções semelhantes.
Trump ameaça aumentar tarifas; taxação a aço e alumínio deve começar nesta semana
O presidente americano, Donald Trump, afirmou neste domingo que pode elevar ainda mais as tarifas de importação impostas ao México e ao Canadá. “As tarifas podem aumentar com o passar do tempo. Elas podem aumentar, não sei se é previsibilidade”, disse à Fox News ao ser questionado sobre a necessidade de clareza nas questões tarifárias para que os empresários tenham previsibilidade. Na semana passada, dias após a entrada em vigor de uma taxação de 25% sobre importados dos países vizinhos, o republicano anunciou um adiamento da cobrança até 2 de abril. Nesta semana, devem entrar em vigor o tarifaço, também de 25%, sobre importações de aço e alumínio, o que afeta o Brasil. “Soa bem dizer, mas por anos, os globalistas, os grandes globalistas, têm roubado os Estados Unidos. Eles têm tirado dinheiro dos EUA, e tudo o que estamos fazendo é recuperar parte dele.” (Financial Times)
Expressões relacionadas a mulheres, LGBTs, clima e imigração somem de documentos oficiais americanos
"Populações vulneráveis", "racismo", "transgênero", "sexualidade", "segregação", "pronomes", "preconceito", "pessoas grávidas", "desigualdade", "inclusão", "injustiça", "grandes empresas de mídia", "poluição", "pessoas grávidas", "imigrantes", "identidade", "violência de gênero", "feminismo", "Golfo do México" e "crise climática". As palavras acima são apenas algumas das listadas num compilado do jornal The New York Times com expressões que estão desaparecendo de documentos oficiais americanos após a posse de Donald Trump na presidência dos Estados Unidos. Os termos apareceram em memorandos do governo, em orientações oficiais e não oficiais de agências e em outros documentos ao qual o jornal teve acesso. Alguns ordenaram a remoção dessas palavras de sites voltados ao público ou a eliminação de outros materiais (incluindo currículos escolares) nos quais elas poderiam ser incluídas. Em outros casos, gerentes de agências federais aconselharam cautela no uso dos termos sem instituir uma proibição total. (New York Times)
‘Nó fiscal’ vai ficar claro no PLOA de 2027, avalia economista da IFI
O governo tem até 31 de agosto de 2026 para enviar o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para 2027. E quando o fizer, ficará claro o “nó fiscal” que o país se envolveu, segundo o economista Marcus Pestana, diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão de monitoramento das contas públicas, ligado ao Senado. Faltarão recursos para as despesas discricionárias do Poder Executivo (não obrigatórias, mas que incluem gastos importantes, como investimento e custeio da máquina pública). “Será possível para o governo manter de pé o arcabouço fiscal e cumprir as metas [de resultado primário] em 2025 e 2026. Mas, no projeto de lei orçamentária que vai antes da eleição, já vai ser difícil fechar as contas no papel para 2027”, afirmou Pestana. “No próximo mandato, inevitavelmente, seja quem for [o presidente], haverá um estrangulamento grave operacional do governo.” (Valor)