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Após 30 anos, Câmara aprova reforma tributária

Com folga. Foi assim que a reforma tributária foi aprovada na madrugada de hoje na Câmara. O feito pode ser considerado histórico. Há pelo menos 30 anos que se discute uma reforma dos tributos, que só agora começa a sair do papel. No primeiro turno, o texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/2019 passou com 382 votos a 118, além de três abstenções. No segundo turno, houve 375 votos a favor, 113 contrários e três abstenções. Para alcançar esse resultado, foi necessária muita negociação entre o relator Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), com governadores, prefeitos e setores econômicos. Como não houve tempo de colocar no texto todos os ajustes negociados ao longo do dia, logo após o primeiro turno, a Câmara aprovou, por 379 votos a 114, uma emenda aglutinativa, incluindo dispositivos como benefícios a mais setores e isenção para associações sem fins lucrativos ligadas a igrejas. Antes da primeira votação, em gesto simbólico, Lira deixou a presidência da sessão para destacar na tribuna o dia histórico e defender uma análise sem polarização política. “Deixemos as urnas de lado, voltemos os olhos para o país. Reforma tributária não será joguete na boca de ninguém”, afirmou. (Valor)

Câmara quer votar hoje a reforma tributária

Depois de muita negociação, a reforma tributária avançou na Câmara e deve ser votada hoje. O relator Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) apresentou a nova versão do texto na noite de ontem, cedendo em alguns pontos e abrindo caminho para a aprovação. Mas alertou que novas mudanças serão apresentadas ainda hoje, já que duas das principais reivindicações dos governadores não foram atendidas — a definição dos critérios de distribuição de votos no Conselho Federativo e a distribuição de recursos do Fundo de Desenvolvimento Regional. A PEC precisa de ao menos 308 votos em duas votações para seguir ao Senado. Entre as mudanças apresentadas por Ribeiro estão a criação de uma cesta básica nacional com alíquota zero e o início em 2026 da fase de transição da Contribuição Sobre Bens e Serviços (CBS), que unifica os tributos federais PIS, Cofins e IPI, e do Imposto Sobre Bens e Serviços (IBS), que unificará ICMS e ISS, recolhidos por estados e municípios. (Globo)

Lira tenta votar projetos demais e Câmara trava

A expectativa era aprovar a pauta econômica na Câmara até sexta-feira. Mas a realidade parece que vai ser outra. Alvo de uma ofensiva lobista, além da pressão de governadores e prefeitos, a reforma tributária dominou e travou a agenda. Líderes partidários e técnicos legislativos afirmaram ao Painel que pautar a reforma para esta semana foi um erro do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), que tentou impor seu ritmo sem consultar os líderes e as bancadas. Nos bastidores, alguns veem ainda uma intenção do alagoano de desviar a atenção das investigações sobre desvios no kit robótica. Além da reforma tributária, dois projetos são centrais para o governo. A votação do voto de qualidade no Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf) estava prevista para segunda-feira, mas alterações incluídas pelo relator, Beto Pereira (PSDB-MS), adiaram a apreciação. Enquanto isso não ocorrer, devido ao seu regime de urgência, o arcabouço fiscal não pode ser votado. Avalia-se, no governo e no Congresso, que a concentração de tantas pautas estratégicas em uma mesma semana tumultuou as negociações. (Folha)

TCU pode deixar Bolsonaro inelegível por mais tempo

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pode ficar inelegível até 2031. A decisão está nas mãos do Tribunal de Contas da União (TCU). Com base na decisão da última sexta-feira do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que tornou o ex-presidente inelegível por oito anos, o subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado pediu ontem ao TCU que apure o “dano ao erário decorrente do abuso de poder político e do uso indevido dos meios de comunicação, especialmente por meio de canal público”. A pena do TSE é contada a partir de 2 de outubro de 2022. Por isso, será aplicada até outubro de 2030, permitindo que Bolsonaro concorra às eleições presidenciais. Mas, caso haja uma decisão do TCU, os oito anos passariam a valer a partir da data do trânsito em julgado, levando o fim do prazo de oito anos para 2031. A representação do Ministério Público (MP) destaca que o próprio TSE decidiu comunicar sua decisão ao TCU “devido ao provável emprego de bens e recursos públicos na preparação de eventos em que se consumou o desvio de finalidade eleitoreira”. A representação ainda tem de ser recebida pelo presidente do tribunal, ministro Bruno Dantas. (Globo)

Lira quer votar reforma tributária até sexta

Numa reunião com líderes partidários que avançou pela madrugada de hoje, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decidiu abrir já nesta segunda-feira a discussão da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária. O objetivo é acelerar a tramitação, já que uma PEC tem um número mínimo de sessões para análise, e concluir a votação em dois turnos até a sexta-feira. Também hoje, Lira pretende botar em votação o projeto de lei que altera o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), que, por estar em regime de urgência, trava a tramitação de PEC. Outros temas que devem ser votados ainda esta semana são o arcabouço fiscal, que foi alterado pelo Senado e terá de ser apreciado novamente pelos deputados, e a recriação do Programa de Aquisição de Alimentos. (Globo)

Cármen Lúcia, a algoz de Bolsonaro

Apenas um voto, provavelmente da ministra Cármen Lúcia. É o que falta para Jair Bolsonaro ser condenado à inelegibilidade por oito anos por atacar o sistema eleitoral em reunião com embaixadores em julho passado. Ontem, na terceira sessão do julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foram proferidos mais três votos — dois pela inelegibilidade, seguindo o relator, e um contrário —, deixando o placar em 3 a 1. Já o vice da chapa, general Braga Netto, soma 4 votos por sua absolvição. A sessão será retomada hoje com os votos de Cármen, Kassio Nunes Marques e Alexandre de Moraes. Ontem, o ministro Raul Araújo votou contra a inelegibilidade e rejeitou a inclusão da “minuta do golpe” na ação. Em fevereiro, no entanto, ele foi a favor de juntá-la ao processo. Araújo minimizou as condutas de Bolsonaro e argumentou que o ex-presidente apenas “expôs sua posição política sobre temas abertos ao diálogo público”. Em seguida, o ministro Floriano de Azevedo Marques Neto votou pela condenação, rebatendo os argumentos de Araújo. Para ele, Bolsonaro decidiu “desafiar frontal e cabalmente o Judiciário” e colocou em risco a normalidade e a legitimidade das eleições. Já André Ramos Tavares atribuiu ao ex-presidente uma “tática eleitoral contra a democracia”. E afirmou que o julgamento se debruça sobre uma “estratégia política” de disseminação de fake news, que ganhou uma “etiqueta ideológica”. (Folha)

Bolsonaristas temem efeito dominó após condenação de Jair

Efeito dominó. É o que temem parlamentares bolsonaristas após o voto do relator do caso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Benedito Gonçalves, a favor da inelegibilidade de Jair Bolsonaro. “Efeito dominó é a busca de um precedente. Podem usar a jurisprudência para outras pessoas, mesmo que situações não sejam da mesma dimensão. O Direito e a doutrina evoluem assim”, afirmou o senador Espiridião Amin (PP-SC), que criticou o voto pela condenação do ex-presidente. A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) reclamou da fundamentação jurídica do ministro e alertou sobre “efeito dominó” contra bolsonaristas. “Estamos vendo uma tentativa de sepultar o bolsonarismo. Mas estão dando grande tiro no pé, porque Bolsonaro vai sair muito fortalecido. Em 2024, vamos ver esse resultado nas eleições municipais”, disse o deputado Carlos Jordy (PL-RJ), líder da oposição na Câmara. “Estão fazendo um carnaval com o voto do relator, que todos nós já esperávamos que vinha pela condenação”, alegou o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O julgamento será retomado hoje para a apresentação dos votos dos outros seis ministros do TSE. (Estadão e CNN Brasil)

Relator quer Bolsonaro inelegível por oito anos

“Declaro sua inelegibilidade por oito anos seguintes ao pleito de 2022.” Esse foi o primeiro voto do julgamento de Jair Bolsonaro (PL) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, por atacar o sistema de votação e as urnas eletrônicas em reunião com embaixadores em julho do ano passado. O relator, ministro Benedito Gonçalves, disse não ser possível fechar os olhos para discursos antidemocráticos, criticou a banalização do golpismo e destacou os ataques do ex-presidente com uso da imagem das Forças Armadas. Ele pediu a condenação de Bolsonaro por “sua responsabilidade direta e pessoal pela conduta ilícita em benefício de sua candidatura à reeleição”. O general Braga Netto, candidato a vice, foi absolvido pelo ministro. “A reunião [com os embaixadores] não é uma fotografia na parede, mas um fato inserido em um contexto”, afirmou. Ele defendeu a inclusão da “minuta do golpe” entre as provas, criticada pela defesa de Bolsonaro. Segundo o ministro, o ex-presidente assumiu uma “antagonização injustificada” ao TSE. O relator defendeu que seu voto seja encaminhado ao Tribunal de Contas da União e a inquéritos criminais em curso no Supremo Tribunal Federal para apurar se cabem investigações das condutas em debate fora da Justiça Eleitoral. (Folha)

TSE retoma julgamento de Bolsonaro, que diz ter ‘bala de prata’ para 2026

Com o aguardado voto do relator Benedito Gonçalves, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), retoma hoje o julgamento que pode deixar inelegível o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Caso nenhum dos ministros peça vista, a estimativa é que o processo seja encerrado até quinta-feira, antes do recesso judiciário. A ação, proposta pelo PDT, se refere à reunião com embaixadores estrangeiros por Bolsonaro para disseminar informações falsas sobre o sistema eleitoral brasileiro. Em entrevista a Mônica Bergamo, ele admitiu que pode ser condenado, mas não falou eventuais sucessores, dizendo ter uma “bala de prata” para as eleições de 2026. Bolsonaro voltou a negar a acusação. “Eu mostrei como é o sistema eleitoral. Eu perguntei ‘alguém tem esse sistema no seu país?’ Não tem”, diz, afirmando ainda que está sendo julgado “pelo conjunto da obra” e que o TSE ignora a própria jurisprudência, incluindo fatos novos na denúncia. “O Michel Temer, em 2017, foi julgado no TSE e mantido no cargo. O ministro Gilmar Mendes disse, na época, que a Justiça Eleitoral não existe para cassar o mandato de ninguém. Muito menos de presidentes. Mas a jurisprudência de 2017 já não vale, [e o julgamento no TSE] é de acordo com a cara do freguês”, diz ele. Bolsonaro voltou a dizer, sem apresentar provas, que os ataques a prédios públicos no dia 8 de janeiro foram obra de apoiadores do atual governo. “No Brasil o golpe foi de senhorinhas com uma Bíblia debaixo do braço. De senhorzinhos com a bandeira do Brasil nas costas”, disse. (Folha)

Polícia Federal chega perto de Lira

Na investigação sobre desvios que podem chegar a R$ 8 milhões em contratos de kits escolares de robótica, a Polícia Federal encontrou documentos com registros de pagamentos atrelados ao nome “Arthur”. Um deles, que estava com Luciano Cavalcante, auxiliar direto do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), lista R$ 834 mil em valores pagos entre dezembro de 2022 e março de 2023, com ao menos 30 desembolsos, totalizando R$ 650 mil, para “Arthur”. Com Wanderson de Jesus, motorista de Cavalcante, os policiais apreenderam um livro-caixa, com saldos, repasses, destinatários e datas. As anotações, referentes a abril e maio deste ano, foram escritas à mão e estavam em um carro. O nome “Arthur” aparece 11 vezes em gastos totais de cerca de R$ 265 mil. O motorista afirmou à PF que os pagamentos foram feitos a pedido de Cavalcante, que seria o proprietário do veículo onde as anotações foram encontradas. Com a descoberta, a PF encaminhou a investigação para o Supremo Tribunal Federal (STF). A assessoria de imprensa do deputado afirmou que “toda movimentação financeira e pagamentos de despesas do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, seja realizada por ele e, às vezes, por sua assessoria, tem origem nos seus ganhos como agropecuarista e da remuneração como deputado federal”. (Folha e piauí)

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