News do Meio

Conselho aceita oferta e Musk comprará o Twitter

Elon Musk, o homem mais rico do mundo de acordo com a revista Forbes, vai comprar o Twitter por US$ 44 bilhões (R$ 215 bilhões). O conselho de administração da empresa havia inicialmente rejeitado a proposta mas, sob pressão dos acionistas, capitulou. O negócio deve fechar o capital da rede social pela qual hoje transitam, diariamente, 217 milhões de pessoas. É pouco perante os bilhões que frequentam Facebook, Instagram ou TikTok, mas entre os usuários pessoalmente ativos no Twitter estão os mais influentes políticos, jornalistas, cientistas e artistas de boa parte das democracias. Os acionistas receberão US$ 54,20 por ação, segundo o Twitter. “Quero tornar o Twitter melhor do que nunca, aprimorando o produto com novos recursos, tornando os algoritmos de código aberto para aumentar a confiança, derrotando os bots de spam e autenticando todos os humanos”, escreveu Musk em comunicado sobre a aquisição na própria plataforma. O Twitter foi lançado em 2006 e vale US$ 40 bilhões. Em novembro de 2021, o cofundador Jack Dorsey deixou o cargo de CEO, passando o comando da empresa para Parag Agrawal, ex-diretor de tecnologia. (New York Times)

Macron é reeleito na França, mas extrema-direita vira 2a força

Cinco anos depois, Emmanuel Macron e Marine Le Pen voltaram ontem a se enfrentar no segundo turno das eleições francesas, e, como em 2017, o centrista venceu a disputa contra a ultradireitista. Primeiro presidente reeleito desde 2002, ele obteve 58,55% dos votos. Le Pen reconheceu a derrota, mas comemorou o próprio desempenho: ela obteve 41,45%, cerca de 12 milhões de votos, o melhor resultado da extrema-direita na história da França. Mesmo assim, a reeleição de Macron foi recebida com alívio pela comunidade internacional, uma vez que Le Pen é eurocética, crítica da Otan e tem fortes laços com o russo Vladimir Putin. Líderes como os presidentes dos EUA, Joe Biden, e da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, não esperaram o resultado oficial para cumprimentar o presidente reeleito. (CNN Brasil)

Bolsonaro perdoa Silveira e parte para a guerra contra STF

O presidente Jair Bolsonaro (PL) abriu ontem sua mais grave crise com o Supremo Tribunal Federal (STF) ao anunciar a graça presidencial, um indulto individual, ao deputado Daniel Silveira (PTB-RJ). Na véspera, a Corte havia condenado o parlamentar a oito anos e nove meses de prisão por atentar contra a democracia, defendendo a volta do AI-5 e incitando agressões aos ministros do Supremo. Em sua live semanal, Bolsonaro justificou a decisão dizendo que “a liberdade de expressão é pilar essencial da sociedade em todas as suas manifestações” e que havia uma “legítima comoção” na sociedade com a sentença. Silveira foi condenado por 10 votos a 1. Somente o revisor, ministro Nunes Marques, indicado por Bolsonaro, votou pela absolvição. (CNN Brasil)

PGR livra a cara de Bolsonaro. De novo.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) disse ontem ao Supremo Tribunal Federal (STF) não ver elementos que justifiquem uma investigação contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) por suspeita de tráfico de influência no MEC. Em um áudio divulgado em março, o então ministro da Educação, Milton Ribeiro, disse a um grupo de prefeitos que, atendendo a um pedido de Bolsonaro, daria prioridade a “amigos do pastor Gilmar (Santos)”. Santos e o também pastor Arilton Moura teriam montado um gabinete paralelo no MEC para cobrar propinas em troca da liberação de verbas. Relatora do caso no STF, a ministra Cármen Lúcia pediu o parecer à PGR. Na resposta, a vice-procuradora-geral da República, Lindora Araújo, disse que “uma mera citação” não pode tornar alguém investigado. Mesmo que venha de um ministro de Estado. (g1)

Federação de PT, PCdoB e PV planeja revogar reforma trabalhista

A revogação da reforma trabalhista e do teto de gastos públicos vai ser parte do programa da Federação Brasil Esperança, que reúne PT, PV e PCdoB e foi registrada ontem na Justiça Eleitoral. O documento foi resultado de dois dias de debates e teve como base as decisões do diretório nacional petista aprovadas na semana passada. Embora também tenha se manifestado a favor da revogação, o ex-presidente Lula, pré-candidato da federação, reconhece que há entraves para sua implementação. (Folha)

STM sabia de torturas no regime militar, mostra áudio

Os ministros do Superior Tribunal Militar (STM) durante a ditadura (1964-1985) tinham conhecimento da prática de torturas. Se ainda restava alguma dúvida, ela se desfez com a divulgação ontem por Miriam Leitão de gravações feitas em sessões da corte nos últimos dez anos do regime (ouça e leia as transcrições). O material foi copiado e analisado desde 2017 pelo historiador Carlos Fico, da UFRJ. Numa das gravações, feita em 1977, o general Rodrigo Octávio Jordão Ramos relata o caso de Nádia Lúcia do Nascimento, que sofreu um aborto decorrente dos maus tratos quando esteve presa no Doi-Codi. No ano seguinte, o general Augusto Fragoso disse ter passado por outras crises militares “em 30, 32 e 35” sem ver acusações tão graves. Havia entre os ministros quem duvidasse das acusações, especialmente quando envolviam militares e não policiais. Nas sessões secretas, também gravadas, o ministros faziam piadas com os relatos de torturas, conta Carlos Fico. (Globo)

PoderData põe Bolsonaro a 5 pontos de Lula

A saída de cena do ex-ministro Sérgio Moro (UB) deu um novo impulso à campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) à reeleição. Segundo pesquisa divulgada ontem pelo PoderData, a diferença entre ele e o ex-presidente Lula caiu para apenas cinco pontos: 40% para o petista e 35% para o atual mandatário na simulação de primeiro turno. Bem distante aparecem Ciro Gomes (PDT), com 5%; João Doria (PSDB) e André Janones (Avante), com 3% cada; Simone Tebet (MDB), com 2%; e José Maria Eymael (DC), com 1%. O levantamento indica também que Lula e Bolsonaro estão em empate técnico na preferência dos homens, das pessoas até 44 anos, dos moradores das regiões Sul e Sudeste e de quem tem ensino médio e superior. Lula lidera com folga entre as mulheres, pessoas acima de 45 anos, ensino fundamental e renda até dois salários-mínimos e moradores do Nordeste. Bolsonaro está na frente no Centro Oeste e no Norte e entre quem ganha acima de dois salários-mínimos.  (Poder360)

Weintraub: Bolsonaro mandou entregar FNDE ao Centrão

Foco das mais recentes denúncias de corrupção no governo, o Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação (FNDE) foi entregue ao Centrão por ordem do presidente Jair Bolsonaro (PL). A acusação foi feita pelo ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, que alega ter tentado protelar o cumprimento da determinação. “Ele falou: você vai ter que entregar o FNDE pro Centrão e eu falei: presidente, não faça isso. E eu fiquei adiando o máximo que eu podia, fiquei adiando”, afirmou em entrevista ao jornalista Iuri Pitta. Em junho de 2020, Marcelo Lopes da Ponte foi nomeado presidente do FNDE. Ele era assessor do presidente nacional do PP e hoje ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira. (CNN)

AGU pressiona Justiça Eleitoral para livrar Bolsonaro em escândalo do MEC

A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu ontem que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) arquive uma investigação contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) por suspeita de favorecimento a pastores no MEC. Em áudio divulgado no mês passado, o então ministro Milton Ribeiro dizia a prefeitos que, a pedido de Bolsonaro, dava prioridade à liberação de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para “amigos” do pastor Gilmar Santos. Ribeiro, que também é pastor, acabou exonerado. Segundo a AGU, o nome do presidente foi mencionado indevidamente, não havendo elementos que justifiquem a abertura de uma investigação. (Metrópoles)

Macron lidera, mas França ainda pode cair na extrema-direita

Déjà vu é a palavra que define a política francesa neste momento. O Emmanuel Macron e a candidata de extrema-direita Marine Le Pen vão reeditar no próximo dia 24 o segundo turno da eleição presidencial de 2017. Com 97% dos votos apurados, Macron lidera com 27,60%, seguido de Le Pen, com 23,41%%. O candidato do partido de esquerda França Insubmissa, Jean-Luc Mélénchon — terceiro colocado, com 21,95% —, não manifestou explicitamente seu apoio a Macron, mas disse que “não se deve dar um único voto a Le Pen”. Candidatos de direita, verdes, socialistas e comunistas pediram votos para o presidente, reeditando a chamada ‘frente republicana’, enquanto o também ultradireitista Éric Zemmour, que teve 7% dos votos, declarou apoio a Le Pen. (UOL)