Arrecadação Federal soma mais de R$ 200 bilhões em agosto, novo recorde
A arrecadação total das Receitas Federais alcançou R$ 201,6 bilhões em agosto de 2024, um crescimento real de 11,95% em relação ao mesmo mês do ano anterior, conforme divulgado pela Receita Federal. Foi a maior arrecadação para o mês da história. No acumulado de janeiro a agosto, a arrecadação somou R$ 1,73 trilhão, registrando aumento real de 9,47%. A Receita atribui o resultado ao retorno da tributação sobre combustíveis e à atualização de bens no exterior. Somente o PIS/Pasep e a Cofins arrecadaram R$ 45,7 bilhões em agosto, um crescimento de 19,88%, impulsionado pelo aumento nas vendas e serviços. A Receita Previdenciária também teve destaque, arrecadando R$ 54,7 bilhões, alta de 6,95%, reflexo do aumento da massa salarial, enquanto o Imposto sobre rendimentos de capital arrecadou R$ 91,5 bilhões, crescimento real de 19,31%, influenciado pela tributação de fundos de investimento. (Meio)
Bets que não estiverem regularizadas até outubro serão suspensas, diz Fazenda
As empresas de apostas de cota fixa que não solicitaram autorização ao Ministério da Fazenda terão suas operações suspensas a partir de 1 de outubro. A Portaria sobre o assunto, publicada no Diário Oficial da União, estabelece que apenas as empresas que solicitarem autorização até a última segunda-feira poderão continuar operando até o fim de dezembro. Em 11 de outubro, esses sites serão desativados, com apoio do Ministério da Justiça e da Segurança Pública, Banco Central e Anatel. E a partir de janeiro de 2025, quando o mercado regulado de apostas for oficialmente iniciado no Brasil, apenas empresas que se enquadrarem na regulamentação da Fazenda poderão continuar suas atividades. As empresas aprovadas também precisarão pagar uma outorga de R$ 30 milhões para operar e seguir regras contra fraude, lavagem de dinheiro e publicidade abusiva. Em entrevista, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou possíveis regras de regulamentação, incluindo a de proibir o uso de cartã de crédito para fazer apostas. Ele classificou como uma “pandemia” o atual cenário de vício nos jogos online e que seria função do Estado cuidar dos dependentes. Já o secretário de Prêmios e Apostas, Regis Dudena, explicou que o objetivo da medida é separar as empresas que atuam legalmente das que utilizam o mercado de apostas para cometer crimes, como fraudes e lavagem de dinheiro. (Meio)
Mercado eleva perspectiva de inflação para 2024 pela nona semana seguida
Pela nona semana consecutiva, o mercado financeiro revisou para cima a estimativa de inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2024, subindo de 4,30% para 4,35%, conforme o Relatório Focus divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central (íntegra). O Produto Interno Bruto (PIB) também teve uma projeção aumentada, passando de 2,68% para 2,96%, assim como o câmbio, que saiu de uma previsão de R$5,35 para R$5,40. Os agentes financeiros mantiveram a expectativa de que a taxa Selic, atualmente em 10,50%, suba para 11,25% até o final do ano; a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), acontece a partir de terça-feira e há perspectiva de aumento do juro. (Meio)
Viagens de brasileiros aumentam 71,5% entre 2021 e 2023
Em 2023, o número de viagens realizadas por brasileiros atingiu 21,1 milhões, um aumento de 71,5% em relação a 2021, quando o total era 12,3 milhões, conforme dados divulgados pela PNAD Contínua, do IBGE (íntegra do estudo). Durante o auge da pandemia, em 2020 e 2021, houve uma retração significativa no turismo. A recuperação do setor é atribuída ao aumento das viagens pessoais, que representaram 85,7% do total, com o lazer sendo o principal motivo (38,7%). Sol e praia dominaram as escolhas de lazer (46,2%), seguidos por ecoturismo e natureza (22%) e cultura e gastronomia (21,5%). Contudo, a pandemia trouxe mudanças nos hábitos de viagem: a proporção de viagens para visitar amigos e parentes diminuiu, enquanto o lazer ganhou mais destaque.
Prévia do PIB cai 0,40% em julho, mas supera previsão, revela BC
O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), prévia do PIB divulgada pelo Banco Central (íntegra), recuou 0,40% em julho. A queda ocorreu após uma alta significativa de 1,40% em junho e apesar do resultado negativo, o resultado foi melhor do que previa analistas do consenso LSEG, que estimaram uma retração de 0,90%. Em comparação com julho de 2023, o IBC-Br apresentou uma alta de 5,3%. Nos últimos 12 meses, o índice acumula um avanço de 2%, enquanto, no acumulado do ano, a expansão é de 2,6%. No trimestre encerrado em julho, a atividade econômica registrou um crescimento de 1,3% em relação ao trimestre anterior e de 3,2% em relação ao mesmo trimestre do ano passado, reforçando a força da economia brasileira. Os dados do Banco Central, diferentemente de outros índices, não vêm acompanhados de mais detalhes, por isso não é possível destrinchar setores e as razões por trás dos números. (Meio)
Vendas no varejo crescem 0,6% em julho e acumulam alta de 5,1% no ano
Mais uma surpresa positiva. As vendas do varejo no Brasil voltaram a crescer em julho, registrando aumento de 0,6% em relação ao mês anterior, conforme dados divulgados hoje pelo IBGE (íntegra), e acima das previsões de 0,5%. O resultado recupera parte da perda de 0,9% verificada em junho. No acumulado do ano, o varejo nacional apresenta alta de 5,1%, e nos últimos 12 meses, o crescimento foi de 3,7%. Entre os setores com maior destaque está o de hiper e supermercados, com alta de 1,7% e sendo o setor que mais puxou o resultado para cima, além de outros artigos de uso pessoal e doméstico, que avançaram 2,1%.
Haddad diz que inflação causada por clima não pode ser controlada com juros
Na porta do Ministério da Fazenda, o ministro Fernando Haddad disse nesta quarta-feira que a inflação causada por fatores climáticos não pode ser controlada somente com aumento das taxas de juros. A fala do ministro acontece uma semana antes da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que pode aumentar os juros, hoje em 10,50% ao ano. Haddad também reforçou que a previsão de crescimento do PIB deve ficar em pelo menos 3% este ano, acima da estimativa anterior de 2,5%, a equipe econômica está revisando suas projeções e deve divulgá-las ainda esta semana. Além disso, o ministro comentou sobre a proposta de regulamentação para a tributação das grandes empresas de tecnologia, as Big Techs, e que a medida viria apenas se houvesse frustração de receitas, e nos moldes dos padrões internacionais da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). (Meio)
Inflação ao consumidor sobe 0,2% nos EUA em agosto, em linha com esperado
Boa notícia para o Federal Reserve. O Índice de Preços ao Consumidor registrou um aumento de 0,2% em agosto, mantendo o mesmo percentual do mês anterior, segundo o Bureau of Labor Statistics dos Estados Unidos (relatório completo). Nos últimos 12 meses, o índice geral subiu 2,5%. Entre os componentes principais, o índice de habitação foi o principal fator para o aumento da inflação, subindo 0,5% em agosto e o índice de alimentos desacelerou a 0,1% no mês, após um aumento de 0,2% em julho. Já o índice de energia caiu 0,8% em agosto, após uma estabilidade no mês anterior, com a gasolina caindo 0,6% e o gás natural 1,9%. O núcleo, quando se exclui itens mais voláteis, como alimentos e energia, subiu 0,3% em agosto, depois de um aumento de 0,2% no mês anterior.
Setor de serviços cresce pelo segundo mês seguido em julho e bate recorde
O setor de serviços no Brasil manteve sua trajetória de crescimento no mês de julho, com uma expansão de 1,2% em comparação com junho, de acordo com dados da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada pelo IBGE (íntegra). É o segundo mês seguido de alta, acumulando um ganho de 2,9% no período de junho a julho. Esse desempenho levou o setor a renovar seu patamar recorde, superando o nível do mês anterior. Na comparação anual, o crescimento foi de 4,3%.