Meio

Os dados fortes da economia no Brasil e na China, juntamente com o apetite ao risco devido ao cenário incerto nos Estados Unidos e as tensões com os houthis no Iêmen, levaram o dólar ao menor valor desde 7 de novembro, enquanto Bolsa chegou à maior pontuação desde de 28 de outubro passado. O dólar comercial caiu 0,99%, a R$ 5,6863. No mês de março, a moeda americana desvalorizou quase 3,9% frente ao real e, no ano, acumula perdas de quase 8%. O índice DXY, que mede a força do dólar ante as principais moedas globais caiu 0,30%, a 103,41 pontos. O Ibovespa avançou 1,46%, a 130.834 pontos. No mês de março, o saldo está positivo em 6,5% e, no ano, os ganhos estão acumulados em quase 8,8%. Em Wall Street, Dow Jones subiu 1,12% e S&P 500 avançou 1%, enquanto Nasdaq valorizou 0,83%. (Valor Investe)

Foi muito ruim, pro bolsonarismo, o ato convocado pelo ex-presidente para a Praia de Copacabana, ontem. Foi ruim por todo lado. Ruim porque foi um fiasco, tinha muito pouca gente. Foi ruim por causa da foto, o flagrante da Avenida Atlântica feita por Alexandre Cassiano pro Globo. Vocês viram a foto, né? Bolsonaro discutindo e, lá no alto, o cartaz enorme. Sem Anistia. Aquela foto que dispensa legenda.

O Ministério da Saúde anunciou nesta segunda-feira a abertura de um novo edital de contratação para o programa Mais Médicos. Os municípios que já participam do programa poderão solicitar profissionais para as mais de 2,2 mil vagas abertas para atendimento e reposição de profissionais. Após esta etapa, as inscrições estarão abertas para médicos, que devem assumir os novos postos de trabalho a partir de maio. O edital também criará, pela primeira vez, um cadastro reserva de vagas para o programa, no qual os médicos da lista de espera poderão assumir, a qualquer momento, postos abertos com a saída de outros profissionais. (g1)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que prevê uma renúncia fiscal de R$ 27 bilhões com a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. Segundo o ministro, a expectativa inicial da equipe econômica era que a correção custasse R$ 32 bilhões no ano que vem, mas houve um recálculo porque o governo vai elevar a isenção do IR dos atuais R$ 2.824 para R$ 3.036, corrigindo o valor de dois salários mínimos. Os R$ 27 bilhões precisarão ser compensados com a criação de um imposto mínimo de até 10% para quem tem renda acima de R$ 50 mil por mês (R$ 600 mil por ano), incluindo lucros e dividendos. Haddad se reuniu na manhã desta segunda-feira com o presidente Lula, que pediu para não haja alterações nos descontos atualmente oferecidos no IR, como a isenção para contribuintes com doenças graves. De acordo com o ministro, Lula também pediu a inclusão do CNPJ na proposta de compensação pelo aumento da faixa de isenção, o que significa que também será considerada a cifra já paga ao Fisco via pessoa jurídica. Nesta terça-feira, haverá uma reunião com os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). E há a possibilidade de o anúncio ser feito depois. (Globo)

A costa brasileira registrou um recorde de acidentes envolvendo a exploração marítima de petróleo em 2024. De acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), ocorreram 731 acidentes em alguma etapa de exploração de petróleo em alto mar, equivalente a dois por dia, maior marca desde o início da série histórica, em 2011. Em 2023, foram 718 registros, ante 598 do ano anterior. O número de “quase acidentes” - eventos que não resultaram em danos materiais, ambientais ou vítimas, mas que poderiam ter levado a um acidente grave - também saltou de 970 ocorrências em 2022 para 1.375 no ano passado. O debate sobre a segurança dessas operações tem ganhado força com as discussões sobre o licenciamento para pesquisar o bloco 59, um dos que já foram leiloados na Foz do Amazonas, bacia que compõe a margem equatorial. (Folha)

O presidente americano, Donald Trump, elevou as tensões com o Irã nesta segunda-feira ao afirmar que qualquer novo ataque de militantes houthis, do Iêmen, será visto como uma ação direta do Irã e será respondida com “grande força”. “Cada tiro disparado pelos houthis será visto, de agora em diante, como um tiro disparado das armas e da liderança do Irã, e o Irã será responsabilizado e sofrerá as consequências, e essas consequências serão terríveis!”, escreveu Trump em sua plataforma Truth Social. O republicano anunciou no fim de semana uma nova campanha de ataques aéreos contra vários alvos controlados pelos houthis, no maior uso de força militar contra adversários estrangeiros pela administração Trump até agora. “Qualquer outro ataque ou retaliação dos houthis será recebido com grande força, e não há garantia de que essa força pare aí”, escreveu Trump. Nos últimos dois anos, os houthis têm como alvo navios militares e comerciais no Mar Vermelho, fechando uma hidrovia crucial para o comércio global. (Politico)

A BYD apresentou um novo sistema que permite carregar carros elétricos em um tempo semelhante ao de abastecimento em bomba de combustível. Em um teste com seu novo sedã Han L, o CEO e fundador da marca, Wang Chuanfu, disse que o modelo foi capaz de fornecer 470 quilômetros em autonomia de bateria com apenas cinco minutos de carga. Essa nova capacidade tem potencial de convencer consumidores a optarem por carros elétricos que não estão dispostos a esperar por horas para carregar a bateria do veículo. A velocidade de recarga está à frente dos superchargers da Tesla, que alcançam 275 km de autonomia em 15 minutos na tomada, ou os 325 km em dez minutos do novo Mercedes CLA. (Bloomberg Línea)

O conselho de administração da Natura aprovou um programa de recompra de 52,6 milhões de ações, segundo comunicado ao mercado. Essa quantidade de papéis equivale a 3,8% do total de ações e a 6,2% do que está em circulação. O anúncio ocorre após as ações tombarem 30% na última sexta-feira em reação ao balanço do quarto trimestre de 2024 divulgado na véspera, que fechou com prejuízo líquido de R$ 438,5 milhões. De acordo com o documento divulgado nesta segunda-feira, o objetivo é maximizar a geração de valor para os acionistas, por meio da aquisição das ações para permanência em tesouraria, bonificação ou cancelamento das ações, sem redução do capital social. O prazo máximo do programa é de 12 meses, com término em 17 de março de 2026. (Money Times)

O Banco Central comunicou nesta segunda-feira um vazamento de dados cadastrais de 25.349 chaves Pix vinculadas à QI Sociedade de Crédito Direto SA (QI SCD). Segundo o órgão, a exposição ocorreu entre os dias 23 de fevereiro e 6 de março devido a uma vulnerabilidade nos sistemas da instituição. Os dados vazados incluem nome do usuário, CPF com máscara, instituição de relacionamento, agência, número e tipo de conta. O BC enfatizou que senhas, saldos, movimentações financeiras e outras informações sigilosas não foram acessadas. Os usuários afetados serão notificados apenas pelo aplicativo ou internet banking da instituição financeira. O Banco Central alertou que não entrará em contato por telefone, e-mail, SMS ou aplicativos de mensagens. A autoridade monetária afirmou que a QI SCD já foi notificada e que medidas sancionatórias serão aplicadas, conforme a regulamentação vigente. (Poder 360)

No ato em que a expectativa era reunir um milhão de pessoas para pedir a anistia aos golpistas de 8 de janeiro – e, por tabela, a dos líderes do movimento, incluindo Jair Bolsonaro – o ex-presidente discursou para pouco mais de 18 mil pessoas em Copacabana ontem. O número foi informado pelo Monitor do Debate Político do Meio Digital, parceria da USP com a ONG More in Common. A baixa adesão, porém, não impediu que o ex-presidente falasse por 40 minutos, afirmando que, “mesmo preso ou morto”, continuará sendo um “problema” para o Supremo Tribunal Federal (STF). Durante o ato, Bolsonaro reafirmou que será candidato à presidência em 2026, embora esteja inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral, e se defendeu da acusação de golpe, da qual pode se tornar réu ainda neste mês.