O Meio utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar sua experiência. Ao navegar você concorda com tais termos. Saiba mais.

As notícias mais importantes do dia, de graça

News do Meio

Assine para ter acesso básico ao site e receber a News do Meio.

Prisão de ex-diretor-geral da PRF aumenta pressão sobre Torres e Bolsonaro

Agentes federais amanheceram ontem na porta do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques com um mandado de prisão emitido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Ele é acusado de organizar blitzes no dia 30 de outubro de 2022, segundo turno das eleições, para dificultar o acesso de eleitores na Região Nordeste, onde o hoje presidente Lula havia liderado no primeiro turno. Vasques já é réu em outra ação por ter, como diretor da PRF, pedido votos em Jair Bolsonaro e, segundo a PF, poderia influenciar testemunhas na atual investigação. Pesaram contra ele imagens e planilhas encontradas em celulares de policiais rodoviários federais mostrando as cidades onde Lula teve mais votos no primeiro turno. Elas serviriam de base para o “policiamento orientado” no dia da eleição. Em seu despacho, Moraes classificou a conduta descrita pela PF como “ilícita e gravíssima”. Vasques foi transferido de Florianópolis, onde foi preso, para Brasília durante a tarde. (g1)

Cúpula da Amazônia termina sem metas de desmatamento ou petróleo

O texto final da Declaração de Belém, documento aprovado ontem pelos oito países da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), na Cúpula da Amazônia, deixou de fora metas claras para o desmatamento e a exploração de petróleo na região, restando apenas intenções sobre esses pontos. O objetivo de zerar o desmatamento ilegal do bioma até 2030, proposto pelo Brasil, não foi incluído por falta de consenso entre os países. Isso já era esperado, devido à resistência da Bolívia. Já o obstáculo imposto pelo governo brasileiro foi sobre a adoção de um veto à exploração de petróleo, por defender a atividade pela Petrobras. O documento fala sobre “consciência quanto à necessidade urgente de cooperação regional para evitar o ponto de não retorno na Amazônia” e do lançamento da Aliança Amazônica de Combate ao Desmatamento a partir das metas nacionais adaptadas a cada país. (Metrópoles)

Planalto usa AGU para forçar exploração de Petróleo na Amazônia

A Advocacia-Geral da União (AGU) deve emitir, nos próximos dias, um parecer favorável à exploração de petróleo na Foz do Amazonas. Um dos argumentos do Ibama para bloquear a obra é que a Petrobras não apresentou uma Avaliação Ambiental de Área Sedimentar (AAAS). A tendência é de que a AGU argumente que o estudo não é obrigatório, nem indispensável, para o licenciamento ambiental. Para isso, a equipe técnica deve apontar uma portaria intraministerial de 2012. Ainda assim, de acordo com o que deve informar a AGU, na ausência da AAAS seria preciso o aceite simultâneo dos ministérios das Minas e Energia e do Meio Ambiente, conta Malu Gaspar. O Ibama ainda terá a última palavra. (Globo)

Fala desastrada de Zema inaugura mal Consórcio Sul-Sudeste

Metade da Câmara, 70% da economia e 56% da população do Brasil. Esses números de Sul e Sudeste justificam a busca conjunta por protagonismo político dessas duas regiões. São esses os argumentos do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) em defesa do Consórcio Sul-Sudeste (Cossud), formado em 2018, mas oficializado recentemente. “Já decidimos que além do protagonismo econômico que temos, porque representamos 70% da economia brasileira, nós queremos — que é o que nunca tivemos — protagonismo político. Outras regiões do Brasil, com estados muito menores em termos de economia e população se unem e conseguem votar e aprovar uma série de projetos em Brasília. E nós, que representamos 56% dos brasileiros, mas que sempre ficamos cada um por si, olhando só o seu quintal, perdemos”, afirmou em referência a Norte e Nordeste. O que poderia ser apenas a apresentação de uma aliança estratégica acabou soando como uma fala divisória e preconceituosa, especialmente ao comparar o Nordeste com “vaquinhas que produzem pouco”. “Se não, você vai cair naquela história, do produtor rural que começa só a dar um tratamento bom para as vaquinhas que produzem pouco e deixa de lado as que estão produzindo muito”, afirmou ao mencionar uma das disputas da reforma tributária. As falas polêmicas deixaram o nome do político nos trending topics do X, o antigo Twitter. E ontem ele usou a rede social para afirmar que a união não é contra ninguém, mas para unir esforços. (Estadão)

Zanin já é ministro do Supremo

Sob o olhar das principais autoridades dos Três Poderes, o advogado Cristiano Zanin, de 47 anos, tomou posse na tarde de ontem e se tornou o mais jovem ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), além de ser o sétimo integrante da corte nomeado em governos petistas. Ex-advogado de Lula — o qual defendeu desde 2013, com especial destaque durante a Lava-Jato —, ele substitui Ricardo Lewandowski, de quem herda 520 processos. O novo ministro integra a Primeira Turma do STF, na qual não tramitam casos da Lava-Jato. A presidente, Rosa Weber, declarou a posse e, em rápida fala, deu as boas-vindas à Corte e desejou felicidade. O novo ministro participa de sua primeira sessão hoje, no plenário virtual. (CNN Brasil)

Com voto de Campos Neto, Copom corta juros em 0,5 ponto

O dia começou com Lula atacando o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ao afirmar a jornalistas estrangeiros que ele “não entende de Brasil”. Mas terminou com o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciando o primeiro corte na taxa básica de juros em três anos. A decisão não foi unânime. Cinco votos — incluindo o de desempate do próprio Campos Neto e os dos diretores escolhidos por Lula, Gabriel Galípolo (Política Monetária) e Ailton Aquino (Fiscalização) — levaram ao corte de 0,5 ponto percentual na Selic, passando de 13,75% para 13,25% ao ano. Outros quatro diretores queriam uma redução menor, de 0,25 ponto percentual. O corte era esperado pelo mercado, mas ficou acima da média das expectativas. A redução se deve à melhora do quadro inflacionário e das expectativas, que deram confiança para começar um ciclo gradual de política monetária, segundo o Copom. De forma unânime, o comitê, indicou que, “em se confirmando cenário esperado”, haverá novos cortes de 0,50 nas próximas reuniões. De março de 2021 a agosto de 2022, o BC elevou os juros em 11,75 pontos percentuais, no ciclo de alta mais agressivo desde a criação do regime de metas de inflação, em 1999. A Selic ficou estacionada em 13,75% por 12 meses. (Valor)

Lira trava votação do arcabouço fiscal; quer ministérios

Sem troca nos ministérios para acomodar o Centrão, sem votação do arcabouço fiscal. A decisão foi tomada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), com os líderes partidários. A apreciação do projeto de lei só deve ocorrer após a definição das mudanças no primeiro escalão do governo, com PP e Republicanos garantindo ministérios. A nova regra fiscal já passou pela Câmara, mas precisará de novo aval dos deputados devido às mudanças feitas no Senado. O governo quer a aprovação até o dia 11, lançamento do Novo PAC. Para isso, frente à pressão de Lira e do Centrão, integrantes da articulação política tentam convencer Lula a bater o martelo até esta sexta-feira, conta Igor Gadelha. (Metrópoles)

PF e Exército em choque pelo 8/1

A tentativa de golpe de 8 de janeiro botou de lados opostos os militares e a Polícia Federal. Ontem, o Exército apresentou as conclusões de seu inquérito sobre os distúrbios, isentando a tropa e apontando “indícios de responsabilidade” da Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial, que integra o Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Segundo o inquérito militar, devido à falta de planejamento, os militares em campo não tinham condições de reagir à investida golpista e, se houvesse planejamento “adequado” no início do governo Lula, seria possível evitar a invasão ou minimizado os estragos. (Folha)

Brasília volta do recesso com todos os olhos na decisão sobre juros

O Congresso retoma os trabalhos pós-recesso em uma semana importante para a economia, já que a expectativa é de início da trajetória de corte dos juros na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, que acontece amanhã e depois. A economia seguirá na lista de prioridades para o governo na Câmara e no Senado. Arcabouço fiscal, voto de qualidade do Carf — o tribunal da Receita Federal — e reforma tributária já estão na pauta dos parlamentares, assim como o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024. De olho no reequilíbrio das contas públicas, que precisam ficar zeradas no ano que vem, o governo deve enviar em breve um novo bloco de medidas para ampliar a arrecadação. Paralelamente, seguem as negociações da minirreforma ministerial para acomodar o Centrão e aumentar a base do governo nas votações. (Folha)

Brasileiros doaram R$17 M em Pix para Bolsonaro

Mais de R$ 17 milhões. Esse foi o montante recebido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro via PIX entre 1º de janeiro e 4 de julho, segundo relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Os R$ 17.196.005,80 foram transferidos em mais 769 mil PIX e correspondem a quase todo o valor de R$ 18.498.532, movimentado por Bolsonaro nesses seis meses. O Coaf indica no relatório que esses depósitos, “recebidos em situação atípica e incompatível”, provavelmente, foram feitos em função da vaquinha aberta para ajudar no pagamento de multas à Justiça. O relatório aponta os montantes de R$ 195.559 e R$ 30.698 como bloqueio judicial na conta do ex-presidente. Como parte da companha pró-doação, no fim de junho, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) pediu a seus seguidores que doassem “qualquer valor para que Bolsonaro pague essas multas e não sofra nenhuma retaliação por parte do Poder Judiciário”. Bolsonaro tem rendimentos mensais de mais de R$ 86 mil, incluindo salários como presidente de honra do PL e as aposentadorias de militar e deputado. O Coaf indica que ele recebeu R$ 230.366 em proventos nos seis primeiros meses deste ano. O PL, partido do ex-presidente, transferiu R$ 47,8 mil em dois lançamentos, enquanto outros 18 nomes depositaram entre R$ 5.000 a R$ 20 mil. Na lista estão empresários, advogados, pecuarista, militar, agricultor, estudante e duas pessoas “do lar”. (Folha)

Já é assinante? Faça login.

Assine para ter acesso ao site e receba a News do Meio