Governo desiste de receita para vacinação infantil
Mais de um mês depois de autorizada pela Anvisa, a vacinação de crianças entre cinco e 11 ganhou ontem suas regras. O governo desistiu da exigência de prescrição médica para a imunização, uma das novas bandeiras do ministro Marcelo Queiroga e do presidente Bolsonaro. O primeiro lote de vacinas pediátricas da Pfizer está previsto para chegar no dia 13, e, se o cronograma for cumprido, a imunização poderá começar entre os dias 14 e 15. As crianças serão vacinadas em ordem decrescente de idade, com prioridade para aquelas com comorbidades. (g1)
Lula e Gleisi falam em rever Reforma Trabalhista
Quem esperava um aceno do ex-presidente Lula (PT) ao empresariado já no primeiro turno vai continuar esperando. Como conta o Painel, o pré-candidato petista comemorou a contrarreforma trabalhista na Espanha, que revê mudanças na lei feitas em 2012 e que teria, segundo sindicatos, precarizado o trabalho sem novos empregos e renda maior. “É importante que os brasileiros acompanhem de perto o que está acontecendo na Reforma Trabalhista da Espanha, onde o presidente Pedro Sanchez está trabalhando para recuperar direitos dos trabalhadores”, escreveu Lula no Twitter. Gleisi Hoffmann, presidente do PT, foi além: “A reforma espanhola serviu de modelo para a brasileira e ambas não criaram empregos, só precarizaram os direitos. Já temos o caminho.” Um dos articuladores da reforma brasileira em 2017, o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (sem partido-RJ) criticou os líderes petistas, dizendo que o partido repete “os mesmos erros que geraram a grande recessão que o Brasil passou durante dois anos do governo Dilma”. (Folha)
Vacinação infantil começa na segunda quinzena de janeiro
A imunização de crianças entre cinco e 11 anos vai começar na segunda quinzena de janeiro, um mês depois de autorizada pela Anvisa. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse ontem que esse é o prazo para a chegada das vacinas da Pfizer para esse público, embora a faixa etária ainda não tenha sido incluída no Plano Nacional de Imunização. Segundo os governadores, 90% dos municípios têm condições de botar agulha no braço das crianças até 48 horas após a chegada das vacinas. Aliás, pelo menos 19 estados e o Distrito Federal já avisaram que vão ignorar a ideia de Queiroga (e Bolsonaro) de exigir prescrição médica para a imunização infantil. (g1)
Bolsonaro é internado para exames em SP
O presidente Jair Bolsonaro foi forçado a interromper suas férias em Santa Catarina na madrugada de hoje. Não por conta da tragédia humanitária na Bahia, mas para cuidar da própria saúde. Ele foi internado em um hospital de São Paulo para exames, segundo o cirurgião Antônio Luiz Macedo, que cuida do presidente desde o atentado a faca que ele sofreu em setembro de 2018. A suspeita é de uma nova obstrução intestinal, mas Macedo, que está voltando das Bahamas para o Brasil, diz que ainda é cedo para determinar se será necessária uma cirurgia. (UOL)
Auditores da Receita entram em greve
Em protesto contra os cortes no orçamento do fisco e a previsão de reajuste salarial apenas para a área de segurança, os auditores fiscais da Receita Federal optaram por entrar em greve. Numa assembleia que, segundo o sindicato da categoria, reuniu mais quatro mil auditores, eles decidiram, entre outras medidas, adotar a chamada “meta zero”, ou seja, a deixar sem conclusão ações de fiscalização e não preencher relatórios. Também ficou acertado que nenhum auditor aceitará substituir os mais de 600 colegas que entregaram seus cargos de chefia. Eles querem que o governo regulamente o bônus de eficiência da categoria e recue nos cortes de orçamento previstos. Segundo o sindicato, a Receita foi uma das áreas que perderam recursos para que fosse incluída no Orçamento da União da previsão de R$ 1,7 bilhão que serão destinados a reajustes salariais da área de segurança, como a Polícia Federal, base de apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL). (Poder360)
500 servidores da Receita entregam cargos
Já são quinhentos os servidores da Receita que entregaram seus cargos em todo o país, de acordo com o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil. Na carta de exoneração, os delegados argumentam que o órgão teve seu orçamento reduzido em mais da metade só na parte de tecnologia. Os cortes afetam também a administração das unidades e põem em risco até contas de água e energia. Este mesmo corte que afeta o núcleo de arrecadação do governo federal se equivale, em valor, ao aumento salarial garantido à Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Departamento Penitenciário Nacional. Cobrado, o Ministério da Economia explicou que o aumento se deve a uma “decisão do presidente da República”. (g1)
Governo resiste à vacinação de crianças
A resistência do governo Bolsonaro à vacinação de crianças contra a Covid-19 provocou uma crise na Câmara Técnica Assessora de Imunização (CTAI) Covid-19, como revela Malu Gaspar. Na última sexta-feira, quando o grupo se reuniu para avaliar liberação pela Anvisa da imunização na faixa dos cinco aos 11 anos, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, pressionou os técnicos a adiarem qualquer decisão até que fosse ouvido um grupo de médicos contrários à vacinação e defensores de tratamentos ineficazes. Os integrantes da CTAI ameaçaram entregar os cargos e aprovaram por unanimidade a recomendação da Anvisa, reforçando a posição com uma nota no dia seguinte. (Globo)
Boric eleito, a extrema-direita não levou o Chile
Gabriel Boric, de 35 anos, será o próximo presidente do Chile. O ex-líder estudantil e deputado de centro-esquerda venceu ontem o segundo turno das eleições presidenciais, obtendo 55,87% dos votos, contra 44,13% do ex-deputado de extrema-direita José Antonio Kast. Além de ser o presidente mais jovem da história do país, Boric é também o mais votado: 4.620.671 votos, um recorde histórico no Chile, onde o comparecimento às urnas não é obrigatório. (g1)
Bolsonaro ameaça técnicos da Anvisa por vacina infantil
O presidente Jair Bolsonaro quer expor publicamente o nome dos técnicos da Anvisa responsáveis por liberar a versão pediátrica da vacina da Pfizer para crianças de cinco a 11 anos. “Queremos divulgar o nome dessas pessoas”, ameaçou durante sua live semanal. A direção da Anvisa já foi alvo de ameaças, que estão sendo investigadas pela Polícia Federal. A Anvisa liberou ontem a vacina infantil, mas ainda não há data para o início da imunização. As crianças dependem agora de o Ministério da Saúde adquirir doses, as ampolas infantis são diferentes, para inclusão no Programa Nacional de Imunização contra a Covid. (Metrópoles)