Meio

A Meta anunciou que começará a testar o seu sistema de moderação de conteúdo, as “Notas de Comunidade”, a partir de 18 de março. O recurso permitirá que usuários do Facebook, Instagram e Threads adicionem notas contextuais a postagens, em uma abordagem semelhante à adotada pelo X, de Elon Musk. A decisão, anunciada em janeiro, marca uma mudança na política da empresa, que vem reduzindo suas iniciativas de verificação de fatos por terceiros e flexibilizando as regras de moderação. A rede social afirma que as notas só serão publicadas quando colaboradores com diferentes pontos de vista concordarem com sua utilidade, e que o conteúdo sinalizado não sofrerá penalidades no alcance, ao contrário das postagens verificadas anteriormente. Durante os testes, as notas terão limite de 500 caracteres e precisarão incluir links de suporte. (The Verge)

O ensino superior privado concentrou 79,3% das matrículas em 2023, impulsionado principalmente pela expansão do ensino a distância (EAD), segundo dados do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp). O número de ingressantes na rede particular cresceu 5,7 pontos percentuais desde 2013, mas o acesso por meio de políticas de bolsas, como Prouni e Fies, sofreu forte retração no período. O Fies, que financiou 732 mil contratos em 2014, registrou apenas 90 mil em 2023, uma queda de quase 88%. Já o Prouni, que atingiu seu pico em 2017 com 610,1 mil bolsas, caiu 34% desde então. O estudo aponta que cortes orçamentários e mudanças nas regras dificultaram o acesso ao ensino superior para estudantes de baixa renda. Por isso, o EAD se tornou o motor do crescimento do ensino superior privado, com 4,91 milhões de alunos em 2023, quase metade das matrículas totais. Enquanto isso, os cursos presenciais perderam espaço, com queda de 29,1% em uma década. Apesar do aumento de ingressantes na rede pública, a evasão é um problema, pois 54,2% dos alunos de cursos presenciais e 63,7% dos matriculados em EAD abandonam os estudos antes da conclusão. (Globo)

Travis Kalanick, ex-CEO da Uber, criticou a decisão da empresa de vender sua unidade de veículos autônomos, afirmando que isso pode ter comprometido seu futuro no transporte. No Abundance Summit, em Los Angeles, Kalanick disse que a Uber estava perto de alcançar a Waymo no desenvolvimento da tecnologia, mas que a nova gestão “matou o projeto”. A Uber vendeu sua divisão de direção autônoma para a Aurora em 2020, após investir centenas de milhões de dólares no setor e sem obter retorno imediato. No entanto, enquanto os carros da Waymo agora circulam por grandes cidades dos EUA, a Uber depende de parcerias para manter sua presença no mercado de robô-táxis. Recentemente, a Waymo fechou um acordo com a Uber em Austin, mas, se decidir operar sem intermediários no futuro, a plataforma de transporte pode acabar perdendo relevância. (TechCrunch)

Em busca de melhorar a aproximação do Executivo com o Congresso, Lula disse ontem que colocou “uma mulher bonita” nas Relações Institucionais para atingir o objetivo. A fala, criticada por apoiadores e opositores, revela o que, de fato, é um problema para o Governo. Sem o controle do orçamento, o Executivo perdeu o poder de barganha. E, vendo a popularidade do governo despencar, o centrão não está interessado em colaborar com a aprovação de pautas. Enquanto isso, a oposição se organiza. Uma manifestação pela anistia aos envolvidos na tentativa de golpe de Estado, convocada para domingo, integrou à pauta o “fora Lula”. Além da política nacional, para falar sobre os protestos na Argentina de Javier Milei, o Central Meio recebe a historiadora e jornalista Sylvia Colombo.

Mesmo com uma leve desaceleração da inflação dos alimentos em fevereiro, os preços continuam elevados, especialmente para itens básicos da refeição diária. Segundo cálculo da Lifetime Asset Management, a inflação do “prato feito”, composto por arroz, feijão, carnes e salada, subiu 9,2% nos últimos 12 meses, quase o dobro do IPCA acumulado no período (5,06%). As maiores variações foram do alho, que disparou 30,6%, enquanto as carnes ficaram 22% mais caras. Já o óleo de soja subiu 23,4%. Em contrapartida, a cebola teve queda expressiva de 33,6%, seguida por reduções nos preços do feijão (-18,6%), tomate (-10,2%) e arroz (-4%). A valorização do dólar no fim do ano passado pressionou ainda mais os custos, mas a expectativa de uma safra maior e a recente queda da moeda norte-americana podem ajudar a conter novos aumentos. Ainda assim, o cenário não aponta para um alívio significativo. (CNN Brasil)

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse em entrevista à GloboNews que o próximo presidente do Brasil, seja quem for, não conseguirá governar em 2027 com as atuais regras do arcabouço fiscal. Tebet afirmou que há uma “janela de oportunidade” no final de 2026 para discutir um novo ajuste nas contas públicas, sem risco de inflacionar a economia ou ampliar a dívida. A ministra reconhece que antes das eleições, medidas de corte de gastos dificilmente passarão no Congresso, mas defende que o governo eleito aprove reformas logo após o pleito. Tebet ainda reafirmou o compromisso com a meta de déficit zero em 2025 e elogiou Fernando Haddad, classificando o ministro da Fazenda como um “herói” na defesa da responsabilidade fiscal dentro do governo. A ministra também defendeu a recente decisão do governo de zerar a alíquota de importação de alimentos como carne, café e milho, uma medida que, segundo ela, estimulará a concorrência e ajudará a conter a alta dos preços. (InfoMoney)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a causar polêmica ao compartilhar em sua plataforma Truth Social a imagem de um triângulo rosa invertido, coberto com um sinal de proibido em vermelho. O símbolo, utilizado pelos nazistas para marcar homossexuais enviados a campos de concentração, foi postado pelo presidente ao republicar um artigo do Washington Times que elogiava sua política de banir pessoas transgênero das Forças Armadas. A repercussão foi imediata. O caso se soma a outras decisões e gestos do republicano, como a eliminação de programas de diversidade e a revogação de direitos para pessoas trans. Elon Musk e Steve Bannon já fizeram saudações historicamente ligadas ao nazifascismo. (g1)

No Pedro+Cora do dia 13 de março de 2025, os jornalistas Pedro Doria e Cora Rónai falam sobre as últimas novidades de inteligência artificial. No papo, falam sobre a IA Sesame que tem como principal funcionalidade o bate-papo por voz, a inteligência artificial chinesa Manus que criou o primeiro agente que realiza tarefas complexas de forma autônoma assumindo o controle de um computador e os aplicativos presentes nele e a IA francesa Mistral Saba que é um modelo de linguagem em árabe.

A banda Oasis vai ganhar um documentário sobre a aguardada turnê de reunião deste ano. O projeto será criado e produzido por Steven Knight, conhecido pela série Peaky Blinders, e dirigido por Dylan Southern e Will Lovelace, dupla responsável pelo documentário Meet Me in the Bathroom. Ainda não há detalhes sobre o formato do longa, mas há a expectativa de um filme que misture documentário e bastidores com os shows em si. O filme será produzido pela Magna Studios, com distribuição da Sony Music Vision, mas ainda não tem data de lançamento definida. O anúncio também informou que não há novas atualizações sobre o projeto no curto prazo. A referida turnê começa no dia 4 de julho em Cardiff, País de Gales, e deve se estender até novembro. (Variety)

O volume de serviços no Brasil caiu 0,2% em janeiro na comparação com dezembro, segundo o IBGE. O resultado interrompe a estabilidade registrada no mês anterior e reflete, principalmente, o recuo nos setores de transportes (-1,8%), serviços prestados às famílias (-2,4%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,5%). Apesar disso, as atividades de informação e comunicação e outros serviços avançaram 2,3% no período. Mesmo com a queda, os serviços ainda operam 15,9% acima do nível pré-pandemia, mas seguem 1,1% abaixo do pico histórico registrado em outubro de 2024. Na comparação com janeiro de 2024, o volume de serviços cresceu 1,6%, impulsionado pelo setor de informação e comunicação (7,5%), especialmente em serviços de tecnologia e telecomunicações. Já os transportes recuaram 0,6%, pressionados pela menor demanda por fretes rodoviários e transporte coletivo de passageiros. Em 17 das 27 unidades da federação houve retração no mês, sobretudo no Distrito Federal (-8,7%), Amazonas (-7,0%) e Pernambuco (-4,5%). São Paulo (0,9%), Rio de Janeiro (1,0%) e Santa Catarina (3,4%) foram os estados com crescimento que mais impactaram o índice. O turismo caiu 6,4% em janeiro, após um avanço de 3,1% em dezembro. O segmento continua acima do nível pré-pandemia, mas diminuiu o patamar de seu ápice, justamente de dezembro de 2024. (Meio)