Ao ser substituída por Padilha na Saúde, Nísia afirma que foi alvo de misoginia
Ao discursar na cerimônia de posse de Alexandre Padilha como seu sucessor no Ministério da Saúde, Nísia Trindade exaltou o legado de sua gestão e disse que foi alvo de ataques misóginos enquanto ocupou o cargo. “Não posso esquecer que, durante os 25 meses em que fui ministra, uma campanha sistemática e misógina ocorreu de desvalorização do meu trabalho, da minha capacidade e da minha idoneidade. Não é possível e acho que não devemos aceitar como natural comportamento político desta natureza”, disse a socióloga e sanitarista, que desejou sucesso a Padilha e destacou a reconstrução do SUS e a ampliação da cobertura vacinal. Já Padilha, que deixa a pasta de Relações Institucionais, disse que seu foco será trabalhar pela redução do tempo de espera para quem precisa de atendimento especializado no SUS. Com Padilha na Saúde, Lula aposta em um tom político no ministério que impulsione os programas do governo. O Ministério da Saúde é a pasta que mais executa emendas parlamentares, o que faz a estrutura ser desejada pelos principais partidos do Congresso. (Estadão)
Secas e incêndios na Amazônia interferem no armazenamento de carbono
Um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), publicado nesta segunda-feira na revista científica Forest Ecology and Management, mostra que as secas e incêndios na Amazônia estão interferindo na capacidade da floresta armazenar carbono. De acordo com os pesquisadores, as ações humanas fazem com que os efeitos da seca sejam mais severos e tenha um impacto negativo na floresta, que pode enfrentar períodos de seca, mas não tão severas como as que têm ocorrido por causa das mudanças climáticas. “Sob secas severas, grandes áreas de florestas amazônicas podem secar e aumentar as cargas de combustível, resultando em maior inflamabilidade da floresta”, explicam. (CNN Brasil)
Ontário aplica sobretaxa de 25% à eletricidade enviada aos EUA
Província mais populosa do Canadá, Ontário começou a aplicar uma sobretaxa retaliatória de 25% sobre a eletricidade que envia a três estados americanos em resposta às tarifas de igual percentual impostas pelo presidente Donald Trump a produtos canadenses. O governador de Ontário, Doug Ford, confirmou a medida na manhã desta segunda-feira, com aumento do custo em cerca de US$ 10 por megawatt-hora para clientes americanos. Cerca de 1,5 milhão de lares e empresas americanos de Nova York, Michigan e Minnesota serão impactados, pagando, em média, US$ 100 a mais por mês pela conta de luz. “As tarifas do presidente Trump são um desastre para a economia dos EUA. Elas estão tornando a vida mais cara para as famílias e empresas americanas”, disse Ford, acrescentando que usará a receita extra sobre energia para apoiar trabalhadores e empresas locais impactados pelas tarifas dos EUA ao Canadá. Além disso, Ford disse que não hesitará em cortar todo o fornecimento de energia aos EUA se o governo republicar escalar a guerra comercial. O governo federal canadense também impôs suas próprias tarifas recíprocas sobre US$ 30 bilhões em produtos exportados dos EUA para o país, de roupas a suco de laranja. (BBC)
Presidente da COP30 convoca países para ‘mutirão global’ pelo clima
Em carta aberta aos países-signatários da Convenção-Quadro das Nações sobre a Mudança do Clima (UNFCCC), o presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago, convocou nesta segunda-feira um “mutirão global” contra as mudanças climáticas. Ao lembrar que 2024 foi o ano mais quente já registrado, ele pede que os países deixem para trás “a inércia, o individualismo e a irresponsabilidade”. Corrêa do Lago afirma que o evento marcado para novembro, em Belém (PA), terá como foco ampliar o financiamento climático para países em desenvolvimento, devendo atingir a meta de pelo menos US$ 1,3 trilhão por ano até 2035, além de acelerar a implementação das metas do Acordo de Paris. (g1)
Procura por crédito cresce 5% em janeiro no Brasil
Apesar dos juros altos, a busca por financiamento no Brasil começou 2025 em ritmo acelerado. O Índice Neurotech de Demanda por Crédito (INDC) registrou alta de 5% em janeiro na comparação com dezembro e 22% em relação ao mesmo período do ano passado, o maior crescimento anual desde maio de 2022. Natália Heimann, da Neurotech, destaca que a alta de mais de 20% do indicador na base anual é algo incomum para um mês tradicionalmente marcado por cautela financeira. O setor de serviços puxou o crescimento, com um aumento de 73% na procura por crédito em relação a janeiro de 2024. O segmento inclui empresas de energia, telefonia, tags de veículos e aplicativos de locação, que passaram a liderar a demanda desde outubro do ano passado. Já o varejo, que vinha sem variação positiva desde julho de 2023, avançou 31% na comparação anual e 42% em relação a dezembro. Em contrapartida, a procura por crédito no setor bancário e financeiro cresceu apenas 2% no comparativo anual e recuou 50% na comparação mensal. (CNN Brasil)
Gleisi Hoffmann assume ministério, mas não há consenso sobre presidência do PT
O presidente Lula dá posse hoje a Gleisi Hoffmann no mistério de Relações Institucionais. A ideia é melhorar a articulação do governo, preparar alianças para 2026, além de apaziguar os ânimos no PT, que está em guerra interna. O grupo de Gleisi tenta inviabilizar a eleição de Edinho Silva, candidato de Lula, à presidência do partido e, mesmo após a nomeação, a situação parece se manter. A indicação de Gleisi gerou reações negativas no centrão e no mercado, como tudo que Lula fez nos últimos meses. O receio é que a escolha de Gleisi enfraqueça ainda mais o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Isso porque, como presidente do PT, ela criticava abertamente a política econômica do ministro.
Agro deve impulsionar PIB em 2025 após retração, diz associação do setor
Depois de um 2024 marcado por adversidades climáticas e queda nos preços das commodities, o agronegócio deve ser “a grande resposta” para o crescimento da economia em 2025. A avaliação é do presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Caio Carvalho, que aposta em uma recuperação expressiva do setor impulsionada por uma safra maior e um ambiente externo mais favorável. “O agro vai ser a grande resposta de 2025, sem dúvida alguma. O PIB do setor vai ser bem alto”, afirmou ao Broadcast Agro. No ano passado, o PIB da agropecuária caiu 3,2%, sendo a única atividade econômica a registrar retração. O desempenho contrastou com o crescimento de 3,4% da economia brasileira, puxado pelos setores de serviços e indústria. A declaração de Carvalho vem no momento em que o governo tenta conter a inflação dos alimentos. Na última quinta-feira, o vice-presidente Geraldo Alckmin anunciou a isenção de tarifas de importação para produtos como carne, café, açúcar e milho. O presidente da Abag avalia, no entanto, que a medida terá impacto limitado para os produtores, já que envolve itens nos quais o Brasil é altamente competitivo e grande exportador. (InfoMoney)
Japão aposta em robôs para suprir falta de trabalhadores; mercado deve triplicar
Com o envelhecimento da população e a escassez de mão de obra, o Japão tem recorrido cada vez mais a robôs de serviço para manter setores como restaurantes e varejo funcionando. Segundo a empresa de pesquisa Fuji Keizai, esse mercado deve quase triplicar até 2030, atingindo ¥ 400 bilhões (cerca de US$ 2,7 bilhões). A necessidade de automação fica evidente diante da projeção de um déficit de 11 milhões de trabalhadores até 2040 e de um país onde 40% da população terá mais de 65 anos até 2065. Empresas já vêm se adaptando a essa nova realidade, sobretudo a Skylark, maior rede de restaurantes de serviço de mesa do Japão, já conta com cerca de 3 mil robôs para levar comida às mesas. (TechCrunch)
Brasil teve quase meio milhão de afastamentos de trabalho por saúde mental em 2024
O Brasil registrou, em 2024, quase meio milhão de afastamentos por transtornos mentais, o maior número dos últimos dez anos, e um aumento de 68% em relação ao ano anterior. Diante desse cenário, o Ministério do Trabalho anunciou a atualização da NR-1, norma que define diretrizes sobre saúde no ambiente corporativo. Agora, empresas poderão ser multadas caso sejam identificadas situações como metas abusivas, jornadas exaustivas, assédio moral e falta de suporte aos funcionários. Segundo especialistas, a crise tem causas diversas, desde o impacto prolongado da pandemia até o estresse gerado pela instabilidade econômica e a alta do custo de vida. Mulheres são as mais afetadas e representam 64% dos afastamentos, muitas vezes sobrecarregadas justamente pela dupla jornada e pela responsabilidade financeira de suas famílias. Além do impacto social, o problema também tem um custo alto para a economia. O governo estima que os afastamentos geraram um impacto de quase R$ 3 bilhões no INSS em 2024, enquanto a Organização Mundial da Saúde aponta que transtornos mentais causam a perda de 12 bilhões de dias úteis por ano no mundo, resultando em US$ 1 trilhão de prejuízo globalmente. (g1)
Arrecadação de ‘Ainda Estou Aqui’ em todo o mundo ultrapassa R$ 200 milhões
Turbinado pelo Oscar de melhor filme internacional, Ainda Estou Aqui segue conquistando plateias em todo o mundo. A arrecadação global do longa de Walter Salles chegou a R$ 202,4 milhões em 12 países em que está em exibição, segundo a plataforma IMDBPro. O Brasil responde por R$ 112,4 milhões desse total, mas o filme vem apresentando um bom desempenho também em mercados tradicionais, como EUA, Reino Unido e França. Baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, o longa conta a luta de Eunice Paiva (Fernanda Torres) para descobrir o paradeiro do marido, o ex-deputado Rubens Paiva (Selton Mello), desaparecido após ser morto sob tortura por militares durante a ditadura. (Folha)