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Dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio (PNAD) Anual de 2022 mostram que 75% dos trabalhadores brasileiros têm jornadas semanais de 40 horas ou mais, com uma média nacional de 39,2 horas. Quase um terço (32,6%) supera as 44 horas semanais, limite estabelecido pela CLT. Segundo a economista Lúcia Garcia, do Dieese, a desigualdade no mercado de trabalho é um dos principais fatores para a elevada carga horária. No cenário internacional, o Brasil se destaca por longas jornadas, com média de 39,2 horas por semana, enquanto países como Alemanha e França têm cargas de 35 horas. Além das horas trabalhadas, as desigualdades regionais e salariais também são preocupantes. No Norte e Nordeste, por exemplo, trabalha-se mais e ganha-se menos, o que obriga muitos trabalhadores a estenderem suas jornadas para aumentar a renda. (UOL)