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Cidadania e PDT fazem movimento de apoio a Lula

Nem bem esfriaram as urnas do primeiro turno, começou a corrida por alianças para a segunda rodada de votações, que acontece no próximo dia 30. Ontem, conta Guilherme Amado, o presidente do Cidadania, Roberto Freire, encaminhou à Executiva do partido uma recomendação de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A legenda, que está federada com o PSDB, é a primeira da coligação que apoiou Simone Tebet (MDB) a encaminhar uma posição no segundo turno. A reunião da Executiva acontece hoje, mesmo dia em que a cúpula do PDT definirá sua estratégia. Em telefonema à presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), o presidente dos trabalhistas, Carlos Lupi, disse que defenderá a adesão a Lula e que espera o mesmo do candidato Ciro Gomes. Lupi, porém, pediu que o programa petista incorpore três propostas de campanha do ex-ministro: educação em tempo integral, um programa para zerar dívidas no SPC e um plano de renda mínima — ideia apresentada pelo deputado estadual eleito Eduardo Suplicy (PT-SP). (Metrópoles)

O Brasil amanheceu mais bolsonarista — mas Lula é o favorito

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou à frente na contagem de votos do primeiro turno, mas o grande vitorioso foi o bolsonarismo, enquanto as pesquisas eleitorais despontaram como as maiores derrotadas, por subestimarem em muito o tamanho real do presidente. Em vez disso, com a apuração em 99,99%, Lula obteve 48,43% dos votos e vai para o segundo turno no dia 30 contra Jair Bolsonaro (PL), que chegou a 43,20%. A votação de Lula ficou dentro da margem de erro das pesquisas, mas elas não anteviram a performance do presidente. O Datafolha previa que Bolsonaro chegaria a 36%, dos votos válidos; no Ipec, eram 37%; no Ipespe, 35%. Mas não foi só isso. Candidatos bolsonaristas, especialmente ex-ministros, tiveram desempenhos inesperados em praticamente todas as esferas de governo. As urnas mostraram também uma inversão no segundo pelotão. Simone Tebet (MDB) chegou em terceiro lugar, com 4,16%, enquanto Ciro Gomes (PDT) amargou 3,05%. O ex-ministro só ficou à frente da senadora no Ceará, seu reduto eleitoral, onde obteve 6,80%, contra 1,22% de Tebet.

Após debate baixo, Brasil vai às urnas decidir se dá a Lula vitória no 1º turno

Considerado o último evento capaz de determinar se a eleição presidencial será decidida no primeiro turno, o debate (veja a íntegra) realizado na noite de ontem pela TV Globo foi marcado por troca de acusações, protagonismo de candidatos nanicos e um número incomum de direitos de resposta concedidos. Logo no início, respondendo a uma pergunta do Padre Kelmon (PTB), que mais uma vez atuou como sua linha auxiliar, o presidente Jair Bolsonaro (PL) fez ataques pesados ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a quem chamou de “chefe de uma grande quadrilha”. A ofensa deu início a uma sequência de direitos de resposta, na qual Lula prometeu revogar todos os decretos de Bolsonaro impondo sigilo de 100 anos a informações sobre seu governo. Lula também obteve direito de resposta quando Bolsonaro, em pergunta a Simone Tebet (MDB), o chamou de “mentor” da morte, em 2002, do prefeito petista de Santo André Celso Daniel. A senadora reclamou com o presidente: “Eu acho que falta ao senhor coragem de perguntar isso ao candidato do PT. E vamos tratar do Brasil. Vamos tratar dos reais problemas”, disse Tebet. A constante troca de direitos de resposta entre Lula e Bolsonaro também foi criticada pela senadora Soraya Thronicke (União Brasil). “Enquanto eles brigam, a boiada passa. Enquanto eles brigam, nos distraindo, o Brasil passa fome, o Brasil ainda encara escândalos de corrupção”, disse ela, que protagonizou um dos momentos cômicos da noite ao se confundir com o nome de Padre Kelmon e chamá-lo apenas de “candidato Padre”. A corrupção foi um tema recorrente, com Ciro Gomes (PDT) dizendo que deixou o ministério de Lula “por conta das contradições graves de economia [...] e, mais grave ainda, das contradições morais”. Ele também questionou Bolsonaro sobre o “Orçamento secreto” e outras denúncias contra seu governo. Felipe D’Ávila (Novo) e Lula discutiram as políticas de cotas, e o petista ainda se envolveu em um embate com Padre Kelmon, a quem chamou de “candidato-laranja”. (g1)

Partido de Bolsonaro ataca urnas, TSE reage

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reagiu duramente a um texto sem assinatura divulgado ontem pelo PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, apontando supostas “falhas e irregularidades” nas urnas eletrônicas. Segundo a Corte, as informações na “auditoria” do PL são “falsas e mentirosas, sem nenhum amparo na realidade”, numa “clara tentativa de embaraçar e tumultuar o curso natural do processo eleitoral”. O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, mandou que o material fosse anexado ao inquérito das fake news no Supremo Tribunal Federal (STF). (Metrópoles)

Mais uma pesquisa, Quaest, sugere vitória de Lula no 1º turno

Mais uma pesquisa, a Quaest/Genial, divulgada nesta madrugada, aponta a possibilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vencer as eleições já no próximo domingo. Ele passou de 44% para 46%, no limite da margem de erro de dois pontos, enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) caiu de 34% para 33% e Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil) mantiveram-se em 6%, 5% e 1%, respectivamente. Com isso, o petista aparece com 50,5% dos votos válidos, descontados nulos e brancos. Na eventualidade de um segundo turno, Lula venceria com 52%, contra 38% de Bolsonaro. (UOL)

PF investiga assessor de Bolsonaro por depósitos suspeitos de dinheiro

Atendendo a pedido da Polícia Federal, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou a quebra do sigilo bancário do tenente-coronel do Exército Mauro César Barbosa Cid, ajudante de ordens e um dos colaboradores mais próximos do presidente Jair Bolsonaro (PL). A PF diz ter encontrado no celular do militar, examinado no inquérito sobre vazamento de investigações, referências a transações financeiras suspeitas, como depósitos fracionados e saques elevados em dinheiro. A movimentação, dizem os agentes, serviria para pagar contas da família de Bolsonaro e de pessoas próximas à primeira-dama Michelle. O Palácio do Planalto diz que não há irregularidade e que o dinheiro vem das contas pessoais do presidente. (Folha)

Bolsonaro é proibido de conduzir live eleitoral no Alvorada

O presidente Jair Bolsonaro (PL) fez ontem sua agora diária live num local não identificado, após o corregedor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Benedito Gonçalves, negar recurso contra a própria decisão proibindo o uso dos palácios da Alvorada e do Planalto em gravações para campanha eleitoral. O ministro também vetou a utilização de recursos e pessoal da presidência, especialmente o tradutor de libras, aos quais Bolsonaro só tem acesso por ser presidente da República. O Planalto e a campanha da reeleição não informaram onde foi feita a live. (g1)

Lula inicia campanha contra abstenções por vitória no 1º turno

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), voltou a ter chances de vencer a eleição ainda no primeiro turno, segundo pesquisa do Datafolha divulgada ontem. Ao subir de 45% para 47%, no limiar da margem de erro de dois pontos, e chegou a 50% dos votos válidos, descontados brancos e nulos – no levantamento anterior, ele tinha 48% dos votos válidos. Enquanto isso, o presidente Jair Bolsonaro (PL) permaneceu com 33%, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) recuou de 8% para 7%, a senadora Simone Tebet manteve 5% e os demais candidatos não chegaram a um ponto. Em caso de haver um segundo turno, Lula venceria Bolsonaro por 54% a 38%. A pesquisa trouxe más notícias para o presidente. O voto de 81% dos eleitores já estaria consolidado, e a maioria dos que podem mudar tende a escolher o petista. Bolsonaro segue com a maior rejeição, 52%, enquanto Lula é descartado por 39% dos entrevistados. (Folha)

Em meio a protestos, Rússia faz recrutamento forçado

Grupos de defesa dos direitos humanos acusam o governo russo de recrutar à força para o Exército jovens detidos em manifestações contra a invasão da Ucrânia. Aqueles que se recusam são ameaçados com processos que podem levar a até 15 anos de prisão. Pelo menos 1.300 pessoas foram presas nesta quarta-feira em protestos em Moscou e em São Petersburgo contra a escalada do conflito. Os atos aconteceram um dia depois de o presidente Vladimir Putin anunciar a convocação de 300 mil reservistas, segundo estimativas do Ministério da Defesa, para reforçar as tropas no país invadido. A medida é uma reação à contraofensiva ucraniana que retomou territórios ocupados pelos russos no Norte do país. Em pronunciamento, Putin também insinuou a possibilidade usar armas nucleares no conflito. (CNN)

STF limita decretos de Bolsonaro sobre armas

Em votação eletrônica, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) manteve, por nove votos a dois, as liminares do ministro Edson Fachin que suspenderam trechos dos decretos do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de portarias ministeriais facilitando a compra e o porte de armas. Somente os ministros nomeados por Bolsonaro, Kássio Nunes Marques e André Mendonça, divergiram. As decisões de Fachin foram tomadas sob o argumento do risco de violência nas eleições, em processos movidos por PT e PSB, para os quais os decretos violam dispositivos do Estatuto do Desarmamento, aprovado em 2007. As liminares foram também uma forma de frustrar a estratégia de Nunes Marques, que interrompeu há um ano o julgamento das ações com um pedido de vistas e ainda não devolveu os processos. (g1)