News do Meio

Bolsonaro sobe, Queiroz cai

A avaliação do presidente Jair Bolsonaro subiu, chegou a 37% dos brasileiros que o consideram ótimo ou bom e, de acordo com o Datafolha, está em seu melhor ponto desde o início do mandato. No levantamento anterior, realizado entre 23 e 24 de junho, 32% dos brasileiros o aprovavam. Caiu ainda mais sua curva de reprovação — de 44% para 34%. A margem de erro é de dois pontos percentuais. (Folha)

Bolsonaro entre dois mundos econômicos

Ontem à noite, logo após uma reunião no Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro se apresentou à imprensa acompanhado dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre. “Nós respeitamos o teto dos gastos. Queremos a responsabilidade fiscal. E o Brasil tem como realmente ser um daqueles países que melhor reagirá à questão da crise. Assuntos variados foram tratados, como privatizações, outras reformas como a administrativa”, afirmou. Tentava ali responder a seu ministro da Economia Paulo Guedes, cujo nome não foi citado mas que estava a uns metros de distância. Na terça, Guedes falara de debandada no ministério após dois secretários pedirem o chapéu. Falou ainda na possibilidade de impeachment, caso o teto de gastos seja cruzado. Mas reformas liberais não avançam e os questionamentos sobre como o presidente vê sua política econômica ressurgem. (Poder 360)

Equipe econômica em debandada

O secretário especial de Desestatização, Salim Mattar, e o de Desburocratização, Paulo Uebel, pediram demissão ontem, no final do dia. São a sétima e oitava baixas da equipe econômica que assumiu o governo junto ao ministro Paulo Guedes. “Ele me diz que é muito difícil privatizar”, explicou Guedes, a respeito de Mattar. “Ele reclama que a reforma administrativa parou, disse sobre Uebel. “Se me perguntarem se houve uma debandada hoje, houve”, continuou. “Quem dá o timming é a política, quem tem voto é a política. Se o presidente da Câmara quiser pautar algo, é pautado. Se o presidente da República quiser mandar uma reforma, é mandado. Se não quiser, não é mandado. Quem manda não é o ministro e nem os secretários. E os secretários, enquanto o negócio não anda, podem desistir ou insistir. A nossa reação à debandada que aconteceu hoje é acelerar as reformas. É mostrar que, olha, nós vamos privatizar. Nós vamos insistir nesse caminho. Pelo menos, nós vamos lutar.” Ao assumir o cargo, Paulo Guedes falava em vender estatais à soma de R$ 1 trilhão. Em 2019. Desde então, nenhuma estatal foi vendida e uma foi criada. (Poder 360)

Protestos de rua forçam renúncia de governo. No Líbano.

Demorou seis dias, não mais. O governo libanês renunciou coletivamente após ficar claro que a explosão do último dia 4 ocorreu por inépcia crassa. Ao todo, morreram mais de 150 pessoas, seis mil se feriram e centenas de milhares ficaram sem moradia. No anúncio, feito pelo premiê Hassan Diab, ele afirmou que continuará no comando do Executivo enquanto o Parlamento se reúne com o presidente para escolher o novo gabinete. Diab não chegou a ficar um ano no cargo — seu antecessor, Saad Hariri, havia renunciado em outubro. (New York Times)

Bolsonaro e Temer, juntos

O presidente Jair Bolsonaro convidou, e o ex-presidente Michel Temer aceitou liderar uma missão de ajuda ao Líbano que o Brasil enviará. “Nos próximos dias partirá do Brasil rumo ao Líbano uma aeronave da Força Aérea Brasileira, com medicamentos e insumos básicos de saúde, reunidos pela comunidade libanesa radicada no Brasil. Também estamos preparando o envio, por via marítima, de 4.000 toneladas de arroz para atenuar as consequências das perdas de estoque de cereais destruídos na explosão”, afirmou o presidente. (Poder 360)

Brasil chega este fim de semana às 100 mil mortes

Tocar a vida. Após as quase 100 mil mortes, que possivelmente o Brasil baterá nos próximos três dias, foi o que disse o presidente brasileiro. “A gente lamenta todas as mortes, está chegando a 100 mil, vamos tocar a vida e buscar uma maneira de se safar desse problema”, afirmou o mandatário em transmissão ao vivo no Facebook.

Bolsonaro chegou perto do Golpe, segundo ‘Piauí’

No último 22 de maio, quando ainda criava uma confusão por dia, o presidente Jair Bolsonaro chegou ao Planalto, pela manhã, decidido a enviar o Exército para destituir os onze ministros do Supremo. “Vou intervir”, afirmou, de acordo com apuração da repórter Monica Gugliano, da revista Piauí. Ele reagia ao ministro Celso de Mello, que havia consultado a Procuradoria-Geral da República sobre apreensão do celular do presidente. O general Luiz Eduardo Ramos, ministro-chefe da Secretaria de Governo, afirmou gostar da ideia. Foi o ministro-general Augusto Heleno, da Segurança Institucional, quem pôs panos quentes em troca de assinar uma nota com tons fortes. Por boa parte daquela manhã, os ministros reunidos com o presidente — o que incluía o da Justiça, André Mendonça —, debateram sobre como seria a maneira ‘legal’ de usar as Forças Armadas para destituírem os ministros do STF. Baseavam-se na leitura de um par de juristas que fazem parte dos quadros do Exército e que sugerem que as Forças podem ser requisitadas pelo chefe de um dos Poderes para garantir a ordem. A leitura encontra muito pouco apoio entre juristas, e nenhum entre os ministros do Supremo. O governo não desmentiu a reportagem. (Piauí)

Explosão mata mais de 100 e desaloja 250 mil em Beirute

A capital libanesa, Beirute, foi atingida ontem por uma violenta explosão que atravessou quarteirões, matou pelo menos 100 na conta conhecida até esta manhã às 7h, e feriu mais de 4 mil. O Instagram @locatevictimsbeirut foi erguido para que as pessoas publiquem fotografias dos que ainda não apareceram. Segundo o canal de TV local MTV, pelo menos 250 mil pessoas ficaram sem suas casas. A crise pode se tornar rapidamente mais grave nos próximos dias — foram destruídos os silos de grãos do porto, levando 80% do estoque libanês de trigo num país em que o pão é a base das refeições. (Guardian)

Queiroz afirma que deu satisfação a Zero Um sobre rachadinhas

Investigado pelo Ministério Público do Rio por comandar um esquema de rachadinha dos salários de assessores no antigo gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa, o ex-chefe de gabinete Fabrício Queiroz afirmou em depoimento que se explicou para o filho Zero Um. “Tive contato com o senador — ele não era senador, era deputado, mas já estava eleito. Dei satisfação a ele do que aconteceu. Ele estava muito chateado, revoltado. Falou: ‘Não acredito que tu tenha feito isso. Não acredito’”, contou Queiroz ao procurador Eduardo Benones. “Eu tava com muita vergonha“, continuou. “Resumi para ele e nunca mais tive contato.” Queiroz também afirmou que seria assessor de Flávio ou do próprio presidente Jair Bolsonaro, em Brasília, não fosse o escândalo. “Era o certo, não é? Acho que sim. Só se eles não quisessem.” Assista ao vídeo do depoimento. (G1)

Ataque de Aras a forças-tarefas racha Ministério Público

A crise interna do Ministério Público se agravou, durante o fim de semana, com críticas de procuradores contra o procurador-geral, Augusto Aras. “O belo desenho institucional do MP na Constituição de 1988 está sob ameaça de ser grosseiramente rasurado”, afirmou Roberson Pozzobon, um dos integrantes da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, que Aras deseja desmantelar. O subprocurador geral Mario Bonsaglia foi no mesmo caminho. “O MPF vive a maior crise de sua história em meio a uma clara tentativa de centralização hierárquica.” Um dos preceitos do MP é de que o PGR não é chefe de todos, pois cada procurador é independente de acordo com a Constituição. Na sexta-feira, durante sessão do Conselho Superior do MPF, Aras já havia batido boca com um dos procuradores que concorreram ao seu cargo, Nicolao Dino, irmão mais velho do governador maranhense. “Vossa Excelência, com o peso da autoridade do cargo que exerce, e evocando o pretexto de corrigir rumos ante a supostos desvios das forças-tarefas, fez graves afirmações em relação ao funcionamento do Ministério Público Federal em debate com advogados”, atacou Dino. “Aqui não será palco político de Vossa Excelência e de ninguém”, lhe respondeu Aras tentando interromper o debate. A sessão foi bruscamente encerrada. Assista. A Quinta Câmara de Coordenação e Revisão da PGR, responsável por combate à corrupção, pediu a Aras que dê um mínimo de seis meses para operação das forças-tarefas que ele planeja reestruturar. (Poder 360)