News do Meio

Em plena pandemia, bares lotam no Rio

Aglomeradas na calçada, sem máscara e violando as regras de isolamento social. Foi assim a primeira noite da reabertura de bares e restaurantes no Rio de Janeiro após três meses de quarentena. Depois das 22h, alguns pontos tradicionais, como o Pavão Azul, em Copacabana, e o Guimas, na Gávea, ficaram lotados.

Com greve de entregadores, apps quase param

Os apps de entregas e transporte não chegaram a parar — mas houve atrasos e dificuldades em todo o país por conta da paralisação feita pelos homens e mulheres que trabalham para o sistema. Houve manifestações importantes em São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Salvador e Recife. Os restaurantes sentiram o impacto, recebendo poucos ou nenhum pedido. Os entregadores, que recebem entre R$ 4,50 e R$ 7,50 por corrida, pedem um adicional por quilômetro rodado e reajustes anuais. Questionam o que consideram bloqueios indevidos pelos aplicativos e equipamento de segurança durante a pandemia — não receberam. Pedem, também, seguros contra acidentes e garantias para aqueles que contraírem Covid-19. (UOL)

Mais de metade dos brasileiros não têm trabalho

Pela primeira vez, mais da metade dos brasileiros não têm trabalho. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, PNAD, apenas 49,5% das pessoas com idade de trabalhar estavam ocupadas no trimestre encerrado em maio: 85,9 milhões de pessoas — perda de 7,8 milhões em apenas três meses, sendo a maioria informal. É o menor nível de ocupação desde 2012, quando o levantamento passou a ser feito pelo IBGE. A taxa de desemprego, que mede a ocupação daqueles que buscam trabalho, subiu para 12,9% no trimestre encerrado em maio, ante 11,6% nos três meses anteriores. O número de desalentados, aqueles que desistiram de procurar um emprego, saltou 15,3% no trimestre, e agora está em 5,4 milhões, mais um recorde na série. E as pessoas que não estavam trabalhando nem procurando cresceram em nove milhões de um trimestre para o outro, chegando a 75 milhões. Todos recordes. (CNN Brasil)

Com CV falso, posse de Decotelli sobe no telhado

O Planalto adiou, na última hora, a posse do novo ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli. A Fundação Getúlio Vargas estuda denúncia de que há plágios em sua dissertação de mestrado. A Universidade Nacional de Rosario, na Argentina, nega que ele tenha o título de PhD emitido por ela — fez os cursos necessários, porém não defendeu uma tese de doutorado. E, na Alemanha, a Universidade de Wuppertal afirma que ele não fez pós-doc lá. Todo seu currículo está sendo questionado. (G1)

Boicote global ameaça Facebook

Uma onda de boicote global ameaça seriamente a rentabilidade das redes sociais, a começar por Facebook e Instagram. A campanha, puxada pelas ONGs anti-preconceito americanas NAACP, que nasceu do movimento negro, e Anti Defamation League, que combatia originalmente o antissemitismo, puxou inicialmente marcas de moda esportiva que têm tradição de abraçar causas sociais — The North Face e Patagonia. Mas logo vieram o apoio da Unilever, a segunda maior anunciante do mundo, e também da telecom americana Verizon, uma das grandes no país. A elas se juntaram, ao longo do fim de semana, Coca-Cola, Starbucks, Honda e PepsiCo. Todas se comprometem a suspender toda publicidade nas duas redes por algo entre 30 dias e até o final do ano. Pedem mais ações contra racismo, discursos de ódio e desinformação. Algumas dessas empresas também incluíram o Twitter, Instagram, Snapchat e YouTube. (The Verge)

Justiça do Rio dá foro privilegiado a Zero Um

A 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio aceitou ontem, por 2 votos a 1, o recurso imposto pela defesa do senador Flávio Bolsonaro e concedeu a ele direito a foro privilegiado. O inquérito que o investiga deixa então as mãos do juiz Flávio Itabaiana, aquele que pediu a prisão preventiva do ex-chefe de gabinete Fabrício Queiroz, e passa para a segunda instância. É justamente o TJ o foro de deputados estaduais, mandato que Zero Um ocupava quando da rachadinha. A defesa do hoje senador agora pedirá que as provas colhidas durante a prisão de Queiroz sejam desconsideradas. (Poder360)

Zero Um deve ser denunciado nos próximos dias

O Ministério Público do Rio de Janeiro deve denunciar o senador Flávio Bolsonaro nos próximos dias. Ele e seu ex-chefe de gabinete, Fabrício Queiroz. O filho Zero Um não será o único político denunciado no esquema das rachadinhas na Assembleia Legislativa do estado — também será apontado um segundo político, para evitar críticas de que houve direcionamento nas investigações. O primogênito dos Bolsonaro é acusado de peculato, por ter desviado dinheiro público ao obrigar servidores da Alerj a transferirem parte de seus vencimentos. De acordo com apuração de Chico Otávio e Juliana Dal Piva, também devem ser tipificados os crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro. Queiroz e sua mulher, Márcia, também devem ser enquadrados em obstrução de Justiça, que é o motivo da prisão preventiva de ambos. (Globo)

Bolsonaro vai prestar depoimento à PF

O presidente Jair Bolsonaro deve depor nos próximos dias — ao menos, esta é a informação passada pela Polícia Federal ao ministro Celso de Mello, do Supremo. Ele é investigado no inquérito que apura se houve intromissão de sua parte para colocar alguém que velasse por seus interesses no comando da própria PF, no estado do Rio. (Poder 360)

Em crise, Bolsonaro vê queda em pesquisas

A pesquisa Quaest, divulgada em primeira mão pelo Jota, indica que 54% dos brasileiros consideram que o país está piorando. É o mesmo percentual que considera o governo Bolsonaro ruim ou péssimo — o maior índice em todas as avaliações desde a primeira avaliação, em novembro de 2019. 21% consideram o governo ótimo e bom e, 23%, regular. Está crescendo a avaliação negativa por parte dos eleitores que votaram no presidente. E sua base mudou: o maior grupo de apoio está entre pessoas que ganham até 2 salários mínimos. (Jota)

Brasil supera 50 mil mortos por Covid, 100 mil podem vir em julho

O Brasil ultrapassou as cinquenta mil mortes por Covid-19 no sábado, pouco mais de três meses após registrar seu primeiro óbito em 17 de março, quando a pandemia já matava milhares na Ásia e Europa. É a maior tragédia do século 21. Se seguirmos nessa curva, o Brasil pode superar os Estados Unidos em número de mortes de Covid-19 no dia 29 de julho, aponta a projeção de um dos principais modelos matemáticos usados pela Casa Branca para definir suas estratégias. Nesse dia, o Brasil teria 137,5 mil mortos e os EUA, 137 mil. Pelas redes sociais, os ex-ministros Henrique Mandetta e Sergio Moro lamentaram. O presidente da Câmara também. Jair Bolsonaro não se manifestou, mas usou o Twitter para lamentar a morte do soldado do Exército Pedro Lucas Ferreira Chaves, que morreu após um salto de treinamento.