News do Meio

Um milhão de mortos

Mais de um milhão de mortos por coronavírus. O número é alcançado quase nove meses após o primeiro óbito oficial devido à doença, em 11 de janeiro, e quase sete após a OMS declarar que a Covid-19 era uma pandemia. O dado é baseado em estatísticas reunidas pela universidade americana Johns Hopkins, que registrava precisamente 1.002.129 óbitos até as 6h25 de hoje, horário de Brasília. Especialistas acreditam que os números reais de casos e de mortes são muito maiores — e que a marca já foi superada há várias semanas.

Campanha eleitoral começa com dificuldade de evitar aglomerações

Líder das pesquisas em São Paulo, Celso Russomano (Republicanos) escolheu não fazer campanha no domingo, primeiro dia em que se pode legalmente pedir votos a prefeito e vereador. Em segundo, o prefeito Bruno Covas fez campanha interna, com militantes do PSDB, num encontro que foi transmitido pela rede. O terceiro colocado, que é Guilherme Boulos (PSOL), fez uma caminhada pela Zona Leste, em São Mateus, onde inaugurou um comitê. Boulos e equipe usaram máscaras e um carro de som pedia que as pessoas evitassem aglomerações — mas centenas de apoiadores se aproximaram. O psolista afirmou que, em seu governo, a periferia será o centro e que contesta, simultaneamente, os governos de Jair Bolsonaro e de João Doria. (Estadão)

Bolsonaro aprovado por 40%

De acordo com pesquisa realizada pelo Ibope e encomendada pela Confederação Nacional da Indústria, o presidente Jair Bolsonaro é avaliado como ótimo ou bom por 40% dos entrevistados. 29% consideram regular e outros 29% ruim ou péssimo. Desde o início da pandemia, este é o primeiro levantamento realizado face a face, que dá à pesquisa maior garantia de qualidade. Como foi realizada de domicílio em domicílio, inclui aqueles que seguem mantendo a quarentena. 51% aprovam o governo na segurança, 50% na forma de governar. 49% consideram Bolsonaro superior a Michel Temer, como presidente. O governo é reprovado por 57% no trato do Meio Ambiente. 55% consideram a gestão ruim em Saúde e, 52%, em Educação. A margem de erro é de dois pontos percentuais. (G1)

Impeachment de Governador do Rio começa por unanimidade

Foi por unanimidade — 69 votos a zero — que os deputados estaduais do Rio encaminharam a julgamento o governador Wilson Witzel. Acusado de crime de responsabilidade por desvio de dinheiro público, cinco deputados e cinco desembargadores do Tribunal de Justiça local definirão primeiro se ele deve ser afastado do cargo e, depois, se perderá os direitos políticos. Na próxima terça-feira a Assembleia Legislativa escolherá os parlamentares, enquanto no TJ serão sorteados os desembargadores. O prazo do processo é de 120 dias a começar de hoje. “Esta casa está em vias de aceitar, pelo visto já é unanimidade, então para que vou tentar me defender”, questionou Witzel por vídeo remoto. “Não posso me defender quando os juízes já previamente manifestaram que vão votar sim no meu processo. Que julgamento é esse?” Witzel é acusado de ter recebido pelo menos meio milhão de reais em contratos falsos do escritório da primeira-dama — dinheiro oriundo da saúde, durante a pandemia. (G1)

Bolsonaro mente perante a ONU

Em discurso gravado para a abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o Brasil é vítima de uma campanha de desinformação a nível internacional. “A Amazônia brasileira é sabidamente riquíssima”, afirmou. “Isso explica o apoio de instituições internacionais a essa campanha escorada em interesses escusos que se unem a associações brasileiras, aproveitadoras e impatrióticas, com o objetivo de prejudicar o governo e o próprio Brasil.” De acordo com a versão do presidente, Amazônia e Pantanal, por serem biomas úmidos, não permitem que o fogo se propague. São as queimadas provocadas por índios e caboclos, para fazer a roça em terras já desmatadas, que fazem levantar fumaça. Bolsonaro também defendeu a ação de seu governo contra a pandemia da Covid-19. “Por decisão judicial, todas as medidas de isolamento e restrições de liberdade foram delegadas a cada um dos 27 governadores das unidades da Federação. Ao Presidente, coube o envio de recursos e meios”, sugeriu, para dizer que esteve de mãos atadas. Nas contas do presidente, seu governo pagou mil dólares a 65 milhões de pessoas no que classificou como o maior programa de assistência aos mais pobres da história do país. Bolsonaro ainda encaixou, no discurso, um apelo à liberdade religiosa e pelo combate à cristofobia. Assista. (Poder 360)

TRE-RJ forma maioria e prefeito deve ficar inelegível no Rio

O prefeito carioca, Marcelo Crivella, está a um passo de ser proibido de concorrer à reeleição no pleito deste ano. Seis desembargadores, entre eles o relator do processo, Cláudio Dell’Orto, votaram por sua inelegibilidade no Tribunal Regional Eleitoral. A maioria já está formada — eram necessários quatro votos. O julgamento não se encerrou porque o desembargador Vitor Marcelo Aranha pediu vistas do processo. Prometeu que o traz de volta na quinta-feira, quando votará. A Procuradoria Regional Eleitoral e o PSOL pediram cassação e inelegibilidade do prefeito por conta de um evento onde carros e funcionários públicos municipais, durante o expediente, foram utilizados para campanha eleitoral do filho de Crivella, Marcelo Hodge. Durante seu discurso, o prefeito agradeceu o empenho da Companhia de Limpeza Urbana na ajuda a seus candidatos. Os desembargadores consideraram que houve uso de dinheiro público para benefício do candidato, constatando abusos do poder econômico e político. (G1)

Morte de juíza muda o jogo eleitoral americano

A morte da juíza Ruth Bader Ginsburg, na última sexta-feira, promete agitar a campanha eleitoral americana. O presidente Donald Trump afirmou que pretende indicar o nome para substituí-la ainda esta semana, possivelmente uma mulher conservadora. E o senador Mitch McConnell, líder da maioria na Casa, quer começar a sabatina imediatamente e confirmar a substituição ainda este ano. No último ano da presidência de Barack Obama, porém, quando o juiz Antonin Scalia morreu ainda em fevereiro, McConnell já controlava uma maioria republicana no Senado e impediu a avaliação de qualquer candidato do presidente. Afirmava que era ano eleitoral e o presidente eleito é quem deveria determinar quem substituiria o velho magistrado. Agora, a menos de um mês e meio da eleição, mudou a orientação. No centro do debate está a questão do aborto, hoje considerado direito de todas as mulheres americanas, mas que pode ser revertido se houver maioria conservadora na Suprema Corte. (New York Times)

Bolsonaro: Brasil ‘de parabéns’ na preservação ambiental

O fogo já toma quase metade das áreas indígenas regularizadas na região do Pantanal, revelou um levantamento inédito da Agência Pública. A apuração, que analisou todos os focos de incêndio registrados em 2020, revelou que o número começou a aumentar no final de julho, mas explodiu em agosto e setembro – 72% dos focos do ano ocorreram apenas nesses meses. Os dados de satélite revelam também que, em alguns dos locais que mais sofreram com as queimadas, os focos de incêndio surgiram e se multiplicaram primeiro em propriedades privadas. Além disso, parte do fogo teve início em áreas de reserva legal e de mata nativa de donos de terra, que são protegidas por lei e devem ser preservadas.

Intimado a depor, Bolsonaro entra com recurso

A Advocacia-Geral da União entrou com recurso no Supremo para que o presidente Jair Bolsonaro não precise depor pessoalmente no inquérito que apura se houve interferência sua na Polícia Federal. Ele já foi intimado pela PF, que propôs como datas 21, 22 ou 23 de setembro, às 14h. Mas a AGU deseja que o presidente responda às perguntas por escrito. (G1)

Num rompante, Bolsonaro desiste do Renda Brasil

O presidente Jair Bolsonaro publicou ontem cedo, em todas suas redes, um vídeo no qual se posta irritado com as manchetes dos jornais do dia. Não gostou de saber pela imprensa que a equipe econômica estudava o congelamento de benefícios e aposentadorias, além da desvinculação com o salário mínimo, para financiar o programa Renda Brasil — uma versão ampliada do Bolsa Família. “É um devaneio de alguém que está desconectado com a realidade”, afirmou o presidente. “Quem porventura vier propor uma medida como essa, eu só posso dar cartão vermelho. É gente que não tem o mínimo de coração, o mínimo de entendimento como vivem os aposentados.” A ideia, que saiu do Ministério da Economia, foi divulgada inicialmente por Waldery Rodrigues, secretário especial de Paulo Guedes. Guedes que tirou o corpo fora. “Como todos os jornais deram isso, que o presidente vai tirar dinheiro dos frágeis e vulneráveis para passar aos paupérrimos, o presidente repetiu o que tinha dito antes”, disse o ministro. “E levantou um cartão vermelho, que não foi para mim.” Ao sair do Planalto, Guedes se queixou de que estava havendo barulheira. “Aí descredenciou a ideia do Renda Brasil.” (G1)