Apesar de rejeição, Lula venceria todos os adversários no segundo turno, diz Quaest
Nova pesquisa da Genial/Quaest aferiu o cenário eleitoral para as eleições presidenciais de 2026. Apesar do mesmo instituto apontar alta na rejeição do presidente Lula, ele venceria todos os adversários testados num eventual segundo turno em 2026, com exceção de Jair Bolsonaro, com quem empata no limite da margem de erro. O petista aparece com 44% das intenções de voto, contra 40% do ex-presidente, que está inelegível até 2030. Nos demais cenários, Lula mantém vantagem: 44% a 38% contra Michelle Bolsonaro, 43% a 37% contra Tarcísio de Freitas, e vantagem ainda maior sobre nomes como Romeu Zema (43% x 31%) e Ronaldo Caiado (44% x 30%). A pesquisa também testou a rejeição dos presidenciáveis: Lula e Bolsonaro lideram com 55% cada, empatados tecnicamente com Eduardo Bolsonaro (56%). Já entre os nomes cotados para herdar o capital eleitoral da direita caso Bolsonaro siga fora da disputa, Tarcísio (15%), Michelle (14%) e Pablo Marçal (11%) aparecem empatados dentro da margem. Outro dado relevante é de que 44% dos entrevistados dizem ter mais medo da volta de Bolsonaro e 41% temem a permanência de Lula no poder. Para 62% dos entrevistados, inclusive, o atual presidente não deveria tentar a reeleição em 2026, enquanto 35% defendem uma nova candidatura. Sobre a ideologia política, apenas 12% dos entrevistados se declaram bolsonaristas, apesar de 21% dizer ser mais de direita. Já 33% afirmam não ter simpatia por nenhum grupo político, 19% se identificam como lulistas ou petistas e 12% se dizem mais de esquerda. (g1)
Trump aprofunda guerra comercial com tarifaço

Presidente americano rompe a ordem econômica global ao impor taxação sobre todos os produtos importados pelos EUA. Brasil ficou na faixa de menor alíquota, 10%, enquanto a China terá tarifa total de 54% e promete retaliar. Pesquisa Quaest confirma disparada na reprovação de Lula e acende alerta no governo. STF proíbe revistas íntimas “vexatórias” a visitantes em presídios. Perfis no Instagram com centenas de milhares de seguidores usam inteligência artificial para criar imagens sexualizadas de crianças e adolescentes. E confira as estreias nos cinemas.
Trump aprofunda guerra comercial com tarifaço
Assine o Meio em canalmeio.com.br/meio-premium/ . Hoje, No Pé do Ouvido, com Yasmim Restum, você escuta essas e outras notícias: Trump anuncia tarifas de 10% a 46%; Brasil é taxado com menor percentual. Cresce desaprovação do governo Lula entre mais jovens. Estudo sugere evolução no comportamento da energia escura. Festival É Tudo Verdade abre 30ª edição com documentário sobre Rita Lee. Nintendo Switch 2 chega em junho com novo Mario Kart. Dua Lipa confirma dois shows no Brasil em novembro. E estreias do cinema têm novidade para os amantes de games e Ísis Valverde em filme americano.
Jogos e sentimentos nos cinemas

Um filme baseado em um videogame que é sucesso há mais de 15 anos, estrelado por astros carismáticos e com muita badalação. O que pode dar errado? A julgar pelo histórico de adaptações, muita coisa, mas Um Filme Minecraft, destaque nas estreias de hoje, quer quebrar a escrita. Quem prefere uma diversão mais profunda conta com Love e Sex, dois filmes paralelos do norueguês Dag Johan Haugerud explorando as relações no século 21. Confira todas as estreias e veja os trailers.
Festival É Tudo Verdade abre 30ª edição com documentário sobre Rita Lee
Com documentário sobre as diferentes facetas de Rita Lee, o festival É Tudo Verdade, maior do gênero no país, abre sua 30ª edição nesta quinta-feira em sessão para convidados na Cinemateca, em São Paulo. Dirigido por Oswaldo Santana e codirigido por Karen Harley, Ritas constrói um caleidoscópio da personalidade da maior roqueira do Brasil. Partindo de uma entrevista inédita, o longa mostra Rita falando de suas origens, carreira e espiritualidade, com uma narrativa complementada por imagens de arquivo e outras fotos que ela mesma fazia com seu celular mostrando o dia a dia entre plantas, anotações e memórias. O evento acontece até o próximo dia 13 com exibições de documentários em São Paulo e no Rio. (UOL)
STF decide que visitas íntimas vexatórias em presídio são inadmissíveis
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram que as revistas íntimas vexatórias em presídios são inadmissíveis. De acordo com a tese construída consensualmente pelos magistrados, os visitantes não devem ser submetidos a situações degradantes e a revista precisa ser realizada por profissionais da saúde do mesmo sexo e com permissão da pessoa. Para que as revistas sejam menos invasivas, a Corte estabeleceu medidas que o poder público deve adotar nos presídios, como oferecimento de máquinas de raio X e scanners corporais. Os governos estaduais e federal terão prazo de 24 meses para adquirir os equipamentos. (UOL)
Paradoxo da Tolerância e o STF
Tem uma questão fundamental da política brasileira, hoje, sobre a qual tenho profunda dificuldade de me posicionar. Não é que eu não tenha opinião. É que não consigo chegar a uma conclusão. E minha dificuldade é a seguinte: qual o limite para o cerceamento de liberdades, pelo Supremo Tribunal Federal, neste momento político em que vivemos? Deixa eu dar dois exemplos em que a coisa me parece clara: o bloqueio de acesso às redes sociais pelo Monark, que fez parte da dupla que lançou o Flow, e pelo Paulo Figueiredo, que foi comentarista da Jovem Pan. O grande pecado do Monark é ter se manifestado a favor da existência de um Partido Nazista, no Brasil. Veja: muita gente tenta distorcer a coisa, como se o Monark defendesse o nazismo. Mas não foi exatamente isso que ele fez. Ele defendeu a tese de liberdade de expressão absoluta. Poderia ter partido defendendo tudo, na visão dele. Escravidão, nazismo, pedofilia, por aí vai. O Monark é, principalmente, ignorante. Ele não lê sobre política, sobre filosofia da política, ele não conhece os debates sobre liberdade de expressão. Então ele fala bobagem num nível incrível. Mas se a gente for proibir todo mundo que fala bobagem, vamos parar de fingir que existe liberdade de expressão no Brasil. A pena de censura total para o Monark é muito pesada, tira dele sua condição de se sustentar na profissão que criou para si. É uma pena absurda. Em algum momento a gente vai ter de voltar a levar a sério a ideia daquela fala apócrifa do Voltaire. Discordo em absoluto do que você diz, mas vou defender até o fim seu direito de dizê-lo. Muita gente pensa como o Monark. Se proibimos as pessoas de falarem bobagem, isso não impede as ideias de circularem. O que impede é de que ideias ruins sejam articuladas com clareza e possam ser respondidas e mortas do único jeito que ideias realmente morrem. Pelo convencimento de que são ruins. Quem vive a ilusão de que a censura mata ideias ruins e de que podemos escapar do trabalho árduo de convencer as pessoas do por que de serem ruins não entendeu nada nas aulas de história. O Paulo Figueiredo é exatamente o contrário. O problema dele não é que tem ideias ruins, muito menos ele tem qualquer coisa de ignorante e, nos meses finais de 2022, trabalhou ativamente, ao vivo e nos bastidores, para promover um motim dentro do Exército brasileiro. Ele queria um levante de soldados e oficiais para que pressionassem o alto-comando a embarcar numa tentativa de golpe de Estado. É um crime muito sério. O problema do que o neto do ditador fez com sua liberdade de expressão não tem a ver com suas ideias. Tem a ver com a ação que tentou inspirar a partir do que falou. Ou seja: ele trabalhou para que se rasgasse a Constituição e se reinstituísse, no Brasil, um regime militar. Entre o Monark e o Figueiredo existem inúmeras decisões tomadas pelo STF que, de formas ligeiras e ou mais intensas, restringiram liberdades de todo tipo de muitas pessoas. Por trás do argumento de quem defende o Supremo está o Paradoxo da Tolerância que foi apresentado, pela primeira vez, pelo filósofo liberal austríaco Karl Popper. Um paradoxo é, por definição, o encontro de duas ideias que se contradizem uma com a outra e que, no entanto, são simultaneamente verdadeiras. Meu ponto é o seguinte: quando alguém olha para as decisões do Supremo sobre liberdades e rapidamente diz, “ah, mas o Popper”, “ah, mas o Paradoxo da Tolerância” e aí se contenta de que essa resposta basta, essa pessoa não entendeu o que é o Paradoxo da Tolerância. Porque sua natureza é de apresentar uma tensão. Ele é para ser desconfortável. Quem não está desconfortável não entendeu nada. Não basta evocar o paradoxo. Precisamos esmiuçar cada detalhe de cada decisão. Isso quer dizer que, sim, em nome da defesa da democracia o Supremo Tribunal Federal pode e deve tirar liberdades democráticas essenciais. Só que isto não pode ser fácil. Não pode acontecer sem questionamento. Não pode ser sem um amplo debate público, um debate difícil, um debate no qual cada liberdade perdida seja profundamente lamentada. E isso não está acontecendo. Pelo contrário. Quem é democrata, muitas vezes, parece se comportar como torcida. E meu ponto aqui é o seguinte: basta olhar para os Estados Unidos hoje, para a democracia americana de joelhos perante Donald Trump, para compreender com clareza que existe uma ameaça real. A nossa democracia é mais frágil do que a deles. Se Jair Bolsonaro voltasse à presidência, ia ser igual só que pior por aqui. As chances de mergulharmos numa ditadura são imensas. Então, sim, a ação do Supremo e do TSE na defesa do regime é fundamental. E o Supremo está sozinho. Na terça-feira, o cientista político Octavio de Amorim, da FGV, disse isso no Central Meio. E ele tem toda razão. O Congresso Nacional não está nem aí para o fato de que se planejou um golpe militar em 2022. Nem aí. E, no Palácio do Planalto, temos um presidente apaziguador. Lula enfrentou o mais grave levante que um presidente teve de lidar desde 1964 e não foi capaz nem de falar sobre o golpe quando ele fez 60 anos. O Supremo está enfrentando o problema muito sozinho porque só o Supremo escolheu reconhecer que o problema existe e é grave. Só que a democracia também existe. Ela se baseia na ideia de que temos direitos essenciais. Um deles é o de nos manifestarmos politicamente na defesa de nossas ideias. Democratas têm a obrigação de tratar o cerceamento de qualquer um destes direitos como uma violência. Às vezes necessária, mas sempre uma violência. O professor Francis Fukuyama observa uma coisa bem interessante a respeito dessas duas virtudes das democracias: a tolerância com o pensamento diferente do nosso e a liberdade de expressão. Ambas estão sendo atacadas simultaneamente pela direita e pela esquerda, mas de formas diferentes. Essa direita trumpista, bolsonarista, rejeita diversidade de opiniões. É o que Trump está fazendo agora. Caindo em cima das universidades, de escritórios de advocacia, de jornalistas. Mas tem um pedaço da esquerda que, em nome de buscar resultados rápidos no que considera justiça social, está mais do que disposto a limitar liberdade de expressão e mesmo o devido processo legal. Para essa turma, o único conceito que vale do que é justiça social é o seu. Nenhum debate sobre isso é tolerado. O problema de não tolerar quem põe em risco a democracia não está no conceito. Quem põe em risco a democracia não pode ser tolerado mesmo. O problema é onde fica o limite. É quem realmente põe em risco a democracia. Um ex-presidente que planejou um golpe militar põe em risco a democracia. Generais que se mobilizaram neste processo são a mesma coisa. Mas quem mais? A famosa capa da revista Crusoé, que acusava o então presidente do Supremo Dias Toffoli de corrupção, foi censurada dentro do inquérito das fake news. Onde está a ameaça à democracia? Não está, né? É jornalista fazendo jornalismo. A censura foi imposta, depois retirada pelo Supremo. Todo poder precisa de freios e contrapesos. Toda decisão que retira direitos de qualquer cidadão, numa democracia, precisa ser devidamente questionada. Este julgamento que vamos enfrentar no segundo semestre, de homens que concretamente planejaram um golpe de Estado, é importante demais para não ser intensamente debatido. Meu ponto é o seguinte: a conversa sobre política é uma que abandonou princípios e virou briga de torcidas organizadas. Os golpistas precisam ser condenados não porque são de direita. Aliás, nem por serem de extrema direita. Eles precisam ser condenados, após um julgamento no qual terão todos seus direitos garantidos, por terem cometido crimes reais. Não pelo que falaram, mas pelo que fizeram. Pelas consequências de suas falas, não pelas palavras. Palavras que põem em marcha ações podem ser crimes. Mas é preciso mostrar com clareza o elo entre as palavras e as ações. Este não é um conceito novo. É o conceito que Karl Popper defendia. O crime é a ação. A pena vem nas consequências da ação, na proporção destas consequências. As consequências podem, e devem, incluir o risco ao qual toda a sociedade foi exposta. O Supremo está sozinho na luta contra os inimigos da democracia. Mas isto não quer dizer que o Supremo não deva ser criticado. Na verdade, justamente porque o Supremo está sozinho nesta luta é que ele deve ser criticado. É que devemos trazer para cá, para a praça pública, o debate sobre as decisões dos onze ministros. Para, inclusive, que o Supremo não esteja sozinho nas suas decisões.
Esquema no Instagram usava IA para imagens sexualizadas de crianças
Uma investigação do Núcleo, em parceria com a AI Accountability Network, revelou que ao menos 14 perfis no Instagram, com centenas de milhares de seguidores, publicavam imagens sexualizadas de crianças e adolescentes geradas por inteligência artificial. Os conteúdos, com traços infantis e corpos adultos, circulavam livremente na plataforma, mesmo com políticas da Meta que proíbem a sexualização de menores, inclusive por meios artificiais. As contas também redirecionavam usuários a grupos do Telegram, onde circulavam guias de criação de conteúdo ilícito e, em alguns casos, até material real de abuso infantil. A Meta, por sua vez, removeu 12 das contas, mas não respondeu sobre as falhas em seus sistemas de moderação. Segundo especialistas ouvidos na reportagem, imagens sintéticas como essas também alimentam a cultura do abuso e são especialmente difíceis de rastrear, já que escapam dos métodos tradicionais de detecção. (Núcleo)
Aprovação de lula despenca ainda mais na própria base eleitoral
A desaprovação do Governo Lula cresceu e chegou a 56% dos eleitores brasileiros, o pior índice desde o início do mandato. Já a aprovação do presidente caiu para 41%. Os dados são da pesquisa Quaest divulgada hoje. Mais uma vez, a aprovação de Lula caiu na base. É a primeira vez, por exemplo, que há empate técnico no Nordeste: 52% aprovam e 46% desaprovam. A margem de erro nesse segmento é de 4 pontos para mais ou menos. Também pela primeira vez desde o início do mandato, esse empate acontece entre os mais pobres. Na faixa da população com renda de até dois salários mínimos, 52% aprovam o presidente nesse segmento e 45% desaprovam. Hoje o Central Meio recebe os colunistas Christian Lynch e Deborah Bizarria.
A extrema direita vai às ruas

Os atos nas ruas mobilizados pelo campo bolsonarista, mesmo em torno de pautas que buscam acobertar ou anistiar crimes, sejam eles eleitorais ou de atentado ao Estado de Direito, mostram que o bolsonarismo segue com forte base social, apesar de ter perdido alguns tentáculos de seu núcleo duro político.