Jimmy Carter, ex-presidente e referência ética nos EUA, faz 100 anos

Jimmy Carter, ex-presidente dos EUA e vencedor do Nobel da Paz. Foto: Alex Brandon / POOL / AFP

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Em meio a uma eleição presidencial acirrada e duas guerras nas quais atua indiretamente, os Estados Unidos param nesta terça-feira para uma celebração inédita: o centésimo aniversário de um ex-presidente. Jimmy Carter, democrata que governou o país entre 1977 e 1981, é um fenômeno não apenas pela longevidade. Foi o primeiro (e único) presidente a superpotência a se colocar contra as ditaduras latino-americanas durante a Guerra Fria. Adotou política de proteção ambiental muito antes de ser um tema popular. Mediou o acordo de Camp David, selando pela primeira vez a paz entre Israel e um país árabe, o Egito, o que lhe valeu um Nobel da Paz. Entretanto, teve a presidência manchada pela crise econômica e pelas humilhações internacionais com a vitória da guerrilha comunista na Nicarágua e a Revolução Islâmica no Irã, onde a embaixada americana foi invadida e seus funcionários feitos reféns. Acabou fragorosamente derrotado pelo republicano Ronald Reagan nas eleições de 1980.

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Mas foram as ações após sair da Casa Branca que fizeram desse filho de fazendeiros da Geórgia o que Joe Biden classificou como “uma força moral” dos EUA e do mundo. Comandou missões de paz a Cuba e ao Oriente Médio, adotou com ainda mais vigor a defesa dos direitos humanos e criou o Centro Carter, que, entre outras atividades, fiscaliza a lisura de eleições e diversos países. Ao mesmo tempo em que escreveu livros e participu de mutirões para construir moradias para famílias carentes. Aos cem anos, ainda vive em sua cidade natal, Plains, e leciona na escola dominical (equivalente ao catecismo católico) da igreja batista que frequenta. (CNN)

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