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Mendonça libera renegociação geral de acordos da Lava Jato

Multas ficam suspensas por 60 dias, enquanto empresas renegociam com AGU e CGU. Ação de partidos questionou acordos firmados anteriormente com o Ministério Público. PF avalia que Bolsonaro admitiu crimes em discurso na Paulista. São Paulo já tem mais casos de dengue em dois meses que em todo o ano passado. Tragédia do Ninho do Urubu vai virar série. E nos EUA a Suprema Corte começa a discutir caso que pode mudar a moderação nas redes.

Diante de multidão, Bolsonaro nega golpe e pede anistia

Ministros do STF avaliam que tom mais comedido do ex-presidente se deveu à contundência das provas contra ele e que a tarefa de atacar as instituições foi delegada ao pastor Silas Malafaia. Trump vence Nikki Haley no estado que ela governou e praticamente garante a candidatura à Casa Branca. Brasil tem conquistas inéditas no tênis e no futebol de areia, mas perde o pioneiro piloto Wilsinho Fittipaldi. Openheimer, favorito ao Oscar, leva o prêmio do sindicato dos atores. E a Apple planeja nos investimentos na “tecnologia de vestir”.

Edição de Sábado: O ruído que Lula cria

Se um observador de todo isento, sem lado no debate ideológico brasileiro, desembarcasse no último domingo em Adis Adeba, na Etiópia, para ouvir o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sairia espantado. Por um lado, Lula demonstrou extrema cautela em fazer qualquer especulação a respeito da morte de Alexei Navalny, o principal líder da oposição russa. Com 47 anos, em boa forma e saúde quando foi preso em 2021, Navalny morreu no sábado em sua cela. “Para que a pressa em acusar?”, disparou contra os jornalistas que lhe faziam perguntas. Não houve a mesma cautela para tratar de Israel. Pelo contrário — o presidente foi tão hiperbólico quanto é possível num debate político. Foi direto na ofensa máxima que pode se fazer contra um Estado nacional. “O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum outro momento histórico”, afirmou. E aí completou. “Aliás, existiu. Quando Hitler resolveu matar os judeus.” O problema das duas afirmações é que elas não guardam coerência entre si. Não demonstram um mesmo conjunto de critérios para observar o mundo. Não bastasse, geram ruído, insatisfação, desconforto.

Bolsonaro e militares se calam na PF

Defesa do ex-presidente alega que silêncio se deve à falta de acesso à delação de Mauro Cid, mas Valdemar Costa Neto e Anderson Torres falam aos agentes. No G20, Blinken diz que, apesar das divergências, EUA e Brasil trabalham juntos pela paz no Oriente Médio. Daniel Alves é condenado a quatro anos e meio de prisão na Espanha por estupro. Filho de Gal Costa se diz coagido por viúva da mãe. E nazistas pretos fazem Google rever geração de imagens por IA.

No G20, Brasil critica paralisia da ONU frente a guerras

Chanceler brasileiro cobra reformulação de organismos internacionais e diz que diferenças devem ser resolvidas com diplomacia, não conflitos armados. Lula recebe o secretário de Estado dos EUA em meio a crise com Israel. Brasil perde o economia Affonso Celso Pastore e o sociólogo Luiz Werneck Vianna. Rio declara epidemia de dengue. Google anuncia centro de engenharia em São Paulo. E confira as estreias de hoje nos cinemas.

A cor dessa cidade

Há dois momentos cruciais em que os moradores das grandes cidades olham para elas realmente com olhos de enxergar: no Carnaval e nas eleições municipais. No primeiro, aquela ocupação festiva de espaços normalmente hostis aos cidadãos projeta a sensação de que é possível ser feliz ali, apesar de tudo. No segundo, a frustração com o que gestores públicos são capazes de entregar para melhorar a experiência de quem vive nesses conglomerados urbanos faz sonhar com uma existência bucólica mais tranquila, que sequer existe mais. Para pular do desencanto à retomada das cidades, é preciso mudar o jeito de entendê-las. Elas são processos, não projetos. É assim que o arquiteto e urbanista Washington Fajardo as compreende. “Essa ideia de que a cidade é um projeto com início, meio e fim é a base do pensamento urbano modernista. A noção de que a cidade fica pronta. A cidade é um processo constante de transformação, de reciclagem, de renovação.”

Senado aprova fim da ‘saidinha’ de presos, mas Lula deve vetar

Aprovado por 62 votos a dois, o projeto sofreu modificações e vai passar novamente pela Câmara. Planalto e especialistas dizem que mudança dificulta ressocialização de presos e que 95% dos beneficiados voltam para cumprir a pena. Ministério da Justiça afasta a cúpula da penitenciária de Mossoró. Sam Mendes vai dirigir quatro filmes sobre cada um dos Beatles. E Musk diz que homem com chip no cérebro já consegue mover cursor de mouse com o pensamento.

Netanyahu e Lula aumentam tom da crise

Declarado “persona non grata” por Tel Aviv após comparar invasão de Gaza ao Holocausto, presidente brasileiro chama de volta embaixador em Israel. Moraes nega pedido de Bolsonaro para adiar depoimento à PF. Lewandowski autoriza envio da força nacional a Mossoró. Cirque du Soleil traz novo espetáculo ao Brasil. E o TikTok é o alvo da vez na União Europeia.

Lula compara Gaza ao Holocausto e cria crise diplomática

Netanyahu diz que presidente brasileiro “cruzou linha” vermelha, enquanto entidades judaicas de todas as vertentes políticas criticaram a comparação. Já o grupo terrorista Hamas agradeceu. Morre Abílio Diniz, fundador do grupo Pão de Açúcar. Oppenheimer domina o BAFTA, mais importante premiação britânica de cinema. E a Europa adota regras mais duras para publicidade online.

Edição de Sábado: Primavera cripto?

Nesta semana o preço do Bitcoin voltou a ultrapassar o marco dos US$ 50 mil. Há um frenesi no ar, mas é fundamental conhecermos a origem de todos os hypes. A do Bitcoin foi em janeiro de 2009, quando um usuário anônimo divulgou um software para download em um fórum online. Satoshi Nakamoto propôs uma tecnologia disruptiva. Um algoritmo criptográfico que podia manter, de maneira descentralizada, o registro de todas as trocas de uma moeda digital, ou criptomoeda. A cada 10 minutos, um novo bloco com o registro de todas as transações feitas é processado. Algumas novas criptomoedas são criadas e distribuídas para aqueles que realizaram o trabalho de manter a rede ativa por mais um bloco. Uma sequência infindável de blocos, ou blockchain.