News do Meio

Bolsonaro diz que Brasil está quebrado como se não fosse com ele

Enquanto a equipe econômica defende que a economia está numa trajetória em V, para Bolsonaro o Brasil está quebrado. “Chefe, o Brasil está quebrado, e eu não consigo fazer nada. Eu queria mexer na tabela do Imposto de Renda, teve esse vírus, potencializado por essa mídia que nós temos. Essa mídia sem caráter”, disse, ontem, ao um apoiador na frente do Palácio da Alvorada. A fala foi para justificar não ter cumprido umas de suas promessas de campanha de aumentar o limite da faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. (Folha)

Índia veta exportação de vacinas para o Brasil

Autorizada pela Anvisa, a iniciativa da Fiocruz de importar dois milhões de doses da vacina de Oxford sofreu um revés. O Instituto Serum, laboratório indiano responsável pela fabricação do imunizante, informou que o governo da Índia vetou a exportação do produto até que toda sua população em grupo de risco seja imunizada – o país tem 1,3 bilhão de habitantes. De acordo com Adar Poonawalla, CEO do Serum, a venda para outros países só será possível após o governo indiano receber 100 milhões de doses. (Globo)

Vacina de Oxford pode chegar este mês ao Brasil

A Anvisa autorizou a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) a importar dois milhões de doses da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pelo laboratório AstraZeneca. A autorização não implica liberação imediata da imunização, uma vez que ainda não foi feito o pedido de licença emergencial, o que a Fiocruz pretende fazer até a quarta-feira. A expectativa do Ministério da Saúde é iniciar a vacinação entre os dias 20 de janeiro e 10 de fevereiro. As vacinas que a Fiocruz vai importar foram fabricadas na Índia.

Prefeito do Rio passará Natal de tornozeleira

O presidente do Superior Tribunal de Justiça, Humberto Martins, transformou na noite de ontem a prisão preventiva do prefeito afastado do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos), em prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica. O ministro justificou sua decisão dizendo que o prefeito faz parte de grupo de risco de Covid-19. Ele precisará permanecer em endereço fixo, não pode ter contato com qualquer pessoa fora familiares, médicos ou seus advogados e terá de entregar telefones e computadores.

Prefeito do Rio Marcelo Crivella é preso

Enquanto esta edição do Meio fechava, agora de manhã, a Polícia Civil e o Ministério Público batiam à porta do prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos). Foi preso. Ele é investigado a respeito do suposto ‘QG da propina’ instalado em seu governo. Também foram presos o empresário Rafael Alves e o delegado Fernando Moraes, enquanto o ex-senador Eduardo Lopes, contra o qual também há mandado de prisão, não foi localizado. A investigação começou em 2018, a partir da delação do doleiro Sergio Mizrahy, que afirmou fazer a lavagem de dinheiro do esquema. Segundo a polícia, empresas que queriam fechar contratos ou tinham dinheiro a receber do município entregariam cheques a Rafael Alves, irmão de Marcelo Alves, então presidente da Riotur. Em troca, Rafael facilitaria a assinatura dos contratos e o pagamento das dívidas. Como o vice de Crivella morreu durante o mandato, o presidente da Câmara dos Vereadores, Jorge Felippe (DEM) deve assumir a prefeitura. O ex-prefeito Eduardo Paes (DEM), que venceu o atual por 64% a 35%, assume o governo logo que virar o ano. (G1)

Coronavírus 70% mais contagioso já circula na Europa

Países de quase todos os continentes suspenderam voos provenientes do Reino Unido após Londres confirmar a descoberta de uma cepa mais contagiosa do coronavírus. No sábado, o premiê Boris Johnson disse que a variação é 70% mais contagiosa que o vírus ‘normal’. Matt Hancock, ministro da Saúde, reconheceu que a nova cepa está fora de controle, o que motivou a decretação de lockdown completo no Natal londrino. Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Bélgica, Bulgária, Canadá, Colômbia, El Salvador, França, Holanda, Irã, Irlanda, Israel, Itália, Suíça e Turquia já haviam confirmado a suspensão de voos até a noite de ontem.

STF: vacina pode ser obrigatória mas não forçada

A vacinação contra a Covid-19 será obrigatória, mas ninguém será forçado a tomá-la, de acordo com o Supremo Tribunal Federal. Nove ministros seguiram o voto de Ricardo Lewandowski: impor a vacina seria inconstitucional, mas União, estados e municípios podem aplicar medidas restritivas, definidas em lei, a quem não quiser se imunizar. A única divergência, embora parcial, foi de Nunes Marques, para quem a obrigatoriedade é “último recurso” e o Ministério da Saúde deveria ser ouvido. Marques foi nomeado pelo presidente Jair Bolsonaro, crítico feroz da obrigatoriedade. Lewandowski também concedeu liminar autorizando estados e municípios a comprarem vacinas aprovadas no exterior se a Anvisa não expedir liberação em 72 horas. A medida já estava prevista em lei, mas apenas para o governo federal. (Poder 360)

Ministério quer para si toda a CoronaVac do Butantan

Está na mesa do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, um contrato que pode no limite impedir o governador paulista João Doria de fazer sua própria campanha de vacinação assim como impedi-lo de vender o imunizante para os outros estados. Isto exigirá, porém, uma drástica mudança de rumo do governo federal. Após reunião com o ministro, o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), disse à jornalista Bela Megale que a União vai assinar ainda nesta semana a compra de 45 milhões de doses da CoronaVac, desenvolvida pela chinesa Sinovac e produzida no Brasil pelo Instituto Butantan — que é ligado à Secretaria de Saúde de São Paulo. Parte da exigência do ministério seria de que toda a produção seja destinada ao programa nacional de vacinação. Mas o contrato para que a aquisição pelo SUS ocorra já foi encaminhado pelo Butantan. O Ministério da Saúde ainda não deu resposta. (Globo)

Vacinação vai durar 16 meses diz ministério

O Ministério da Saúde informou ao ministro Ricardo Lewandowski que a vacinação nacional contra a Covid-19 começará cinco dias após a Anvisa aprovar um imunizante. Primeiro aconteceriam quatro fases de vacinação de grupos prioritários com um mês cada. A imunização da população em geral viria em seguida e duraria 12 meses. No domingo, Lewandowski deu 48 horas para que a pasta informasse as datas de início e fim do programa de vacinação, omitidas do planejamento entregue ao Supremo na sexta-feira, mas o Ministério da Saúde alega que não tem como precisar um dia de início por depender dos pedidos de registro ou autorização emergencial das vacinas na Avisa. Nenhum laboratório fez o requerimento até o momento. (Poder360)

Biden eleito oficialmente e, do G20, só Bolsonaro não viu

No mesmo dia em que os americanos já distribuíam a vacina da Pfizer que a FDA havia autorizado na véspera, em cada estado do país os eleitores designados cumpriram seu papel ritual. Sem votos fora do lugar, no Colégio Eleitoral, confirmaram os resultados das urnas e elegeram formalmente Joe Biden para a presidência dos EUA por 306 votos a 232. “Não consigo me ver arriscando nossas normas, tradições e instituições para mudar os eleitores para Trump apenas porque alguns acreditam que houve muita fraude”, comentou Lee Chatfield, o deputado republicano que preside a Assembleia Legislativa do Michigan. Ele foi pressionado pelo presidente para votar uma resolução que mudasse os votos dos eleitores do Colégio em seu estado. Ainda há um passo formal — o Congresso Nacional recebe e sanciona no dia 6 de janeiro os resultados de cada estado, mas o processo de escolha do novo chefe de Estado se encerrou. (New York Times)